O pronome relativo “quem” deve ser empregado somente quando o antecedente no texto referir-se a uma pessoa ou a uma coisa personificada.
Estudar a língua portuguesa e sua gramática é fundamental para quem quer comunicar-se melhor e de maneira mais eficiente nos textos escritos e também na oralidade. Conhecer as classes de palavras é muito importante, mas mais importante ainda é compreender a função sintática dos elementos gramaticais que as compõem. Hoje falaremos sobre os pronomes relativos: você sabe o que são e para que eles servem?
Os pronomes relativos são os elementos responsáveis por retomar nomes ou pronomes já expressos anteriormente na oração, os chamados “antecedentes”. Além disso, os pronomes relativos introduzem as orações subordinadas adjetivas, atuando assim como elo de subordinação entre as frases. Entre os principais pronomes relativos está o “quem”, elemento que, quando mal empregado na oração, pode provocar deslizes gramaticais capazes de comprometer a coesão textual. Para você aprender a utilizar esse termo corretamente, acompanhe algumas dicas de português que o Alunos Online preparou para você. Boa leitura e bons estudos!
Como utilizar o pronome relativo “quem”?
Regra 1: O pronome relativo “quem” deve ser utilizado apenas quando o termo antecedente fizer referência a pessoas ou coisas personificadas. Observe:
Mariana é uma grande amiga, de quem gosto bastante.
Este é meu cãozinho de estimação, a quem considero como amigo.
Regra 2: O pronome relativo “quem” sempre¹ será precedido de uma preposição, inclusive quando exercer função de objeto direto. Assim, teremos o chamado objeto direto preposicionado. Veja o exemplo:
O rapaz que conheci ontem na festa estuda na minha sala.
Substituindo o pronome relativo “que”, um objeto direto, pelo pronome “quem”, teremos:
O rapaz a quem conheci ontem na festa estuda na minha sala.
Regra 3: Quando o pronome relativo “quem” for absoluto, isto é, quando não fizer referência a um termo antecedente, ele sempre será flexionado no gênero masculino, no singular e sem o emprego da vírgula. Veja:
Quem avisa amigo é. (Errado: Quem avisa, amigo é)
Quem como ferro fere com ferro será ferido. (Errado: Quem com ferro fere, com ferro será ferido)
Quem acredita sempre alcança. (Errado: Quem acredita, sempre alcança)
Quem viver verá. (Errado: Quem viver, verá)
Os pronomes relativos são indispensáveis para a coesão textual. Observe como eles podem evitar a repetição desnecessárias de palavras e expressões:
Ele viajou com a namorada. Ama sua namorada.
Ele viajou com a namorada, a quem ama.
Observe que, além de substituir o substantivo “namorada”, evitando assim a repetição da palavra, o uso do pronome “quem” ainda permitiu que o pronome possessivo “sua”, que pode gerar ambiguidade na oração, fosse eliminado.
¹Atenção!
Em relação à regra 2, há uma pequena ressalva: O pronome relativo “quem” só não será precedido de preposição em uma única situação: quando ele exercer função de sujeito da oração, já que nessa situação ele terá o mesmo valor dos seguintes pronomes: o que, a que, os que, as que, aquele que, aquela que, aqueles que, aquelas que. Veja o exemplo:
Foi ela a que me falou sobre o livro. → Foi ela quem me falou sobre o livro.