As vogais O e U - traços distintivos

Sua utilização relaciona-se também a questões semânticas

Um dos fatores que incidem tão somente sobre os inúmeros questionamentos atribuídos às questões ortográficas é a semelhança sonora que há entre as palavras. E por que não dizer algo sobre as vogais “O” e “U”? Haja vista que este páreo não ficou aquém das ocorrências manifestadas nesse sentido. 

E por elas ressaltarmos, há que se mencionar acerca de uma característica que as demarca notoriamente – o fato de alguns vocábulos serem grafados com “O”, embora em se tratando da linguagem recorrente do dia a dia, sejam pronunciados com “U”, como é o caso de “boteco”. Partindo então dessa premissa, enfatizaremos algumas características que lhes são pertinentes, sobretudo em relação ao correto uso e aos casos relacionados a questões semânticas, em decorrência de alguns exemplos que representam a paronímia.

Assim, vejamos:


* Grafam-se com “O” os seguintes vocábulos:


boteco, botequim, mochila, nódoa, cortiço, moela, mosquito, mágoa, moleque, tossir, goela, engolir, polenta, toalete, zoar, etc.


* Grafam-se com “U” aqueles representados por:  


amuleto, bueiro, camundongo, cinquenta, cutia, curtume, jabuti, jabuticaba, entupir, embutir, mandíbula, supetão, tábua, tabuleiro, urtiga, urticária, entre outras. 


Analisemos, pois, algumas ocorrências ligadas à paronímia:


açodar – apressar / açudar – represar água em açude

assoar – limpar o nariz / assuar – vaiar

comprimento – extensão / cumprimento – saudação

costear – navegar pela costa / custear – pagar os custos

sortir – abastecer, variar / surtir – ter como consequência

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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