Alexandre Dumas

Alexandre Dumas é um escritor do século XIX. Ele é um dos principais autores do Romantismo francês. Uma de suas obras mais famosas é o romance Os três mosqueteiros.

Alexandre Dumas, em fotografia de Nadar (1820–1910).

   Alexandre Dumas nasceu em 24 de julho de 1802, em Villers-Cotterêts, na França. Em 1823, se mudou para Paris, onde iniciou sua carreira como dramaturgo. Também foi escrivão, trabalhou no gabinete do duque d’Orléans, assumiu o cargo de diretor do Museu Nacional de Nápoles e teve grande sucesso como romancista.

O autor, que faleceu em 5 de dezembro de 1870, é um dos principais nomes do Romantismo francês. Suas obras possuem características desse estilo, tais como exagero sentimental, elementos nacionalistas e heroísmo, como é possível observar em Os três mosqueteiros, um de seus romances mais conhecidos.

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Resumo sobre Alexandre Dumas

  • O escritor francês Alexandre Dumas nasceu em 1802 e faleceu em 1870.

  • Além de romancista, foi dramaturgo e diretor do Museu Nacional de Nápoles.

  • Ele é um dos principais autores do Romantismo na França do século XIX.

  • Suas obras são marcadas pela presença do nacionalismo e de personagens heroicos.

  • Seus livros mais famosos são Os três mosqueteiros e O conde de Monte Cristo.

Biografia de Alexandre Dumas

Alexandre Dumas nasceu em 24 de julho de 1802, em Villers-Cotterêts, na França. Em 1806, ficou órfão de pai. Anos depois, de 1811 a 1813, estudou no colégio Abbé Grégoire. Já em 1816, o jovem escritor trabalhou como escrivão. Seis anos depois, viajou, pela primeira vez, a Paris.

Em 1823, o dramaturgo se mudou para a Cidade Luz, onde trabalhou no gabinete do duque d’Orléans (1773–1850). No ano seguinte, nasceu o escritor Alexandre Dumas Filho (1824–1895), fruto do relacionamento entre Dumas e Marie Catherine Laure Labay (1794–1868).

A estreia de Alexandre Dumas no teatro aconteceu em 1825, quando foi encenada sua peça La chasse et l’amour (A caça e o amor), em parceria com Pierre-Joseph Rousseau (1797–1849) e Adolphe de Leuven (1802–1884). Mas o sucesso como dramaturgo ocorreu em 1829, devido à sua peça Henrique III e sua corte. A partir de então, Dumas passou a ser identificado como um autor romântico.

O escritor participou da Revolução de Julho de 1830, que levou à abdicação de Carlos X (1757–1836). Já em 1831, nasceu sua filha com a atriz Belle Kreilssamner (1800–1875). No ano seguinte, o autor fez sua primeira viagem ao exterior e conheceu o escritor François-René de Chateaubriand, na Suíça.

O casamento de Dumas com a atriz Ida Ferrier (1811–1859) aconteceu em 1840. Quatro anos depois, ele publicou seus romances mais famosos: O conde de Monte Cristo, Os três mosqueteiros e A rainha Margot. O sucesso permitiu que esse escritor negro inaugurasse o Teatro Histórico, em 1847, e comprasse um castelo em Port-Marly.

Participou, também, da Revolução de 1848, que resultou na instauração da Segunda República Francesa. Nesse ano, o autor tentou se eleger deputado, mas sem sucesso. Dois anos depois, estava afundado em dívidas e decretou a falência do Teatro Histórico. Assim, em 1851, para fugir dos credores, o romancista se mudou para Bruxelas, na Bélgica.

Voltou à França em 1854. Mas, em 1857, viajou até Guernsey para visitar o escritor francês Victor Hugo. No próximo ano, conheceu a Rússia. Em 1860, esteve com Giuseppe Garibaldi (1807–1882), a quem prestou auxílio. Por causa disso, conseguiu o cargo de diretor do Museu Nacional, em Nápoles, onde viveu até 1864.

No ano de 1867, foi divulgada sua relação amorosa com Adah Menken (1835–1868), motivo de grande escândalo, pois a diferença de idade era muito grande. E, em 5 de dezembro de 1870, o romancista faleceu, perto da cidade de Dieppe. Assim, mais de um século depois, em 2002, seus restos mortais foram transferidos para o Panteão de Paris.

Características literárias de Alexandre Dumas

Alexandre Dumas é um autor pertencente ao Romantismo francês. Suas obras possuem as seguintes características:

  • exagero sentimental;

  • nacionalismo;

  • ações heroicas;

  • perspectiva teocêntrica;

  • defesa de valores burgueses;

  • idealizações;

  • narrativa dinâmica;

  • uso intenso de exclamações;

  • presença de hipérboles;

  • culto à liberdade.

Influência em suas obras

  • William Shakespeare (1564–1616): dramaturgo, poeta e ator inglês, autor de Hamlet e também de Romeu e Julieta.

  • Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832): principal representante do Romantismo alemão e autor do livro Os sofrimentos do jovem Werther, de 1774.

  • François-René de Chateaubriand (1768–1848): escritor francês, autor da obra Atala, de 1801, com traços pré-românticos.

  • Thomas-Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie (1762–1806): pai de Alexandre Dumas e o primeiro general negro do exército francês.

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Obras de Alexandre Dumas

  • Henrique III e sua corte (1829) — peça teatral.

  • Antony (1831) — peça teatral.

  • Carlos VII entre seus grandes vassalos (1831) — peça teatral.

  • Richard Darlington (1832) — peça teatral.

  • Teresa (1832) — peça teatral.

  • A torre de Nesle (1832) — peça teatral.

  • Catherine Howard (1834) — peça teatral.

  • Don Juan de Marana ou A queda de um anjo (1836) — peça teatral.

  • Kean (1836) — peça teatral.

  • Calígula (1838) — peça teatral.

  • Paul Jones (1838) — peça teatral.

  • Mademoiselle de Belle-Isle (1839) — peça teatral.

  • Lorenzino (1842) — peça teatral.

  • Louise Bernard (1843) — peça teatral.

  • O castelo de Eppstein (1843) — romance.

  • Gabriel Lambert (1844) — peça teatral.

  • O conde de Monte Cristo (1844) — romance.

  • Os irmãos corsos (1844) — romance.

  • Os três mosqueteiros (1844) — romance.

  • A rainha Margot (1844) — romance.

  • Vinte anos depois (1845) — romance.

  • O cavaleiro de Maison-Rouge (1845) — romance.

  • Memórias de um médico (1846–1853) — romance.

  • O visconde de Bragelonne (1847) — romance.

  • Os quarenta e cinco (1847) — romance.

  • Catilina (1848) — peça teatral.

  • Joseph Balsamo (1849) — romance.

  • O colar da rainha (1849) — romance.

  • A tulipa negra (1850) — romance.

  • Ange Pitou (1851) — romance.

  • A condessa de Charny (1853) — romance.

  • Memórias de Garibaldi (1860) — romance.

Os três mosqueteiros

Capa do livro “Os três mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, publicado pela editora Zahar, do grupo Companhia das Letras.[1]

Os três mosqueteiros é um romance de aventuras de Alexandre Dumas. A obra é famosa no mundo inteiro e já foi adaptada várias vezes para o cinema. Essa narrativa conta com a presença do herói D’Artagnan, um rapaz que tem a ambição de ser um dos mosqueteiros do rei da França, no século XVII.

Dividem o protagonismo com o herói os mosqueteiros Athos, Porthos e Aramis. Juntos, eles precisam vencer dois temíveis vilões, o maquiavélico cardeal Richelieu e a perigosa Milady de Winter. Como um típico folhetim romântico, o livro também tem uma história de amor, entre D’Artagnan e Constance, uma mulher casada.

A heroína trabalha para Ana de Áustria (1601–1666), rainha da França e esposa de Luís XIII. Ele tem como primeiro-ministro o cardeal e duque de Richelieu (1585–1642), outro personagem histórico. Esse vilão romântico tem grande poder político, já que exerce bastante influência sobre o rei.

Ele usa tal poder para prejudicar seu grande inimigo, o duque de Buckingham (1592–1628), e se junta a Lady Clark (ou Milady de Winter), uma criminosa foragida que havia tentado matar seu marido, Athos, o conde de La Fère. Assim, a narrativa traz, como pano de fundo, elementos políticos e históricos.

A obra, portanto, possui as características inerentes a romances românticos do século XIX. Ela conta com heróis e aventuras, uma história de amor com dificuldades que podem impedir o final feliz e vilões cheios de maldade. Traz também valores tais como amor, coragem, fé, honra e justiça.

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Frases de Alexandre Dumas

A seguir, vamos ler algumas frases de Alexandre Dumas, retiradas de seu livro O conde de Monte Cristo|1|:

“A felicidade é como aqueles palácios das ilhas encantadas, cujas portas são vigiadas por dragões.”

“Cabeça que se abaixa, cabeça que cairá.”

“Nos negócios, não temos amigos, temos apenas sócios.”

“Os homens autenticamente generosos estão sempre prontos a se compadecer quando a desgraça do inimigo supera os limites do seu ódio por ele.”

“As feridas morais têm essa particularidade: elas se escondem, mas não se fecham.”

“Cada homem julga-se mais infeliz que outro infeliz que chora e geme ao seu lado.”

Nota

|1|Tradução de André Telles e Rodrigo Lacerda.

Créditos da imagem

[1]Editora Zahar / Grupo Companhia das Letras (reprodução)   

Por: Warley Souza

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