A palavra “que”: conjunção integrante ou pronome relativo?

A palavra “que” pode atuar tanto como conjunção integrante quanto como pronome relativo

Mediante os estudos linguísticos com os quais convivemos cotidianamente, deparamo-nos com determinados elementos que ora desempenham uma dada função, ora outra. Para ilustrar tal afirmativa citamos o caso dos complementos verbal e nominal, haja vista que se constituem das mesmas características, porém exercem funções distintas: a de completar o sentido de um verbo e de um nome, respectivamente.

Falando acerca de tal ocorrência, nosso propósito é abordar as funções da palavra “que”, haja vista que em determinadas circunstâncias ela ocupa o papel de conjunção integrante; e em outras, a de pronome relativo. Assim, de modo a estabelecermos tais diferenciações, observemos os seguintes exemplos:

Desejamos que você encontre os objetos perdidos.

Ao analisarmos o termo em destaque, constatamos que ele complementa o sentido do verbo desejar, ou seja: o que desejamos? Que você encontre os objetos perdidos.

Nesse caso, temos que o “que” atua como conjunção integrante, pois inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Vejamos este outro exemplo:

Os objetos que foram encontrados pertencem àquela garota.

Inferimos que o termo em destaque retoma o substantivo “objetos”, a fim de evitar que a ideia se torne repetitiva. Dessa forma, ao apresentar tal aspecto afirmamos que se trata de um pronome relativo, pois inicia uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Vamos a uma dica infalível, no sentido de auxiliá-lo (a) a descobrir se se trata de um pronome relativo: é somente substituí-lo pelo “o qual” ou “a qual”, ou seja:

Os objetos, os quais foram encontrados, pertencem àquela garota.

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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