Cotidianamente nos deparamos com pessoas sendo entrevistadas nas ruas da cidade, lemos entrevistas divulgadas nos jornais de grande circulação e assistimos a entrevistas proporcionadas pelos programas televisivos.
Trata-se de um gênero textual informativo e essencialmente oral, cujo objetivo é fazer com que o telespectador conheça melhor as opiniões da pessoa entrevistada que, por sua vez, é uma figura relevante para o público-alvo.
É de fundamental importância que o entrevistador se mantenha de forma imparcial perante ao entrevistado, pois a objetividade resulta na credibilidade das informações, ora transmitidas ou divulgadas.
Para que haja eficácia no trabalho do entrevistador, é necessária uma elaboração prévia de um roteiro abordando questões específicas, de modo a não confundir o entrevistado com “rodeios sem fundamento”.
O texto da entrevista compõe-se dos seguintes elementos:
Manchete ou Título: Deve provocar interesse por parte do telespectador/leitor. Como por exemplo, uma frase que provoque um efeito de sentido.
Apresentação: Nesta parte fala-se do entrevistado e de sua autoridade ou relevância no assunto em questão, como por exemplo, sua experiência profissional, sua vivência perante determinada situação. Também se apresenta os pontos principais da entrevista.
Perguntas e Respostas: É o texto da entrevista propriamente dita, em que o nome do entrevistador (ou do órgão para o qual trabalha) e o do entrevistado aparecem antes da fala de cada um.
Nem sempre todas as entrevistas seguem este mesmo padrão. Algumas apresentam perguntas e respostas mais breves, outras trazem um texto introdutório mais detalhado, com informações como: local, data e duração da entrevista. Outras ainda, optam por não apresentar perguntas e respostas, preferem transcrevê-las utilizando-se do discurso indireto.
Antes da transcrição final costuma-se fazer uma seleção dos melhores trechos, adaptando-os ao estilo padrão da linguagem, porém não é permitido alterar o estilo da fala do entrevistado.
A postura adotada tem como finalidade apenas àquelas mudanças necessárias, visando a harmonia do trabalho.