A classificação dos verbos

A classificação está relacionada a aspectos inerentes à conjugação

Compreender acerca de como os verbos se classificam é, sobretudo, conscientizar-se do aspecto complexo que a eles se atribui, visto que tais classificações estão diretamente relacionadas ao ato de conjugá-los. E quando falamos em conjugação, lembramo-nos de todas as formas (flexões) que porventura os verbos assumem no momento em que são conjugados. 

Dessa forma, há que se ressaltar que essas flexões se encontram diretamente ligadas aos diversos tempos e modos, revelados numa ordem convencional, ou seja, obedecendo a um padrão específico, levando-se em consideração a vogal temática por eles expressa, consequentemente fazendo com que pertençam à primeira, segunda ou terceira conjugação.

A título de exemplificação, nos basearemos no caso do verbo cantar que, quando conjugado, é expresso da seguinte forma:



Ao analisá-lo, constatamos que não houve nenhuma alteração no radical, somente as terminações foram flexionadas, tendo em vista as pessoas gramaticais a que pertencem. Partindo dessa premissa, dizemos que a referida ocorrência obedeceu a um paradigma – elemento responsável por caracterizar as formas verbais como sendo regulares. Assim sendo, quando acontece de esse paradigma não ser obedecido, seja por um motivo ou por outro, temos subsídios suficientes para compreender acerca de como elas (as formas verbais) são classificadas. Por isso, vejamos:


* Regulares – Como dito anteriormente, são aquelas que obedecem a um paradigma inerente à respectiva conjugação;

* Irregulares – São manifestadas por algumas irregularidades ocorridas no radical e/ou nas terminações. São exemplos dessa ocorrência os verbos medir e fazer, pelo fato de apresentarem evidentes alterações, quando conjugados. Vejamos:




* Anômalos – Caracterizam-se pelo fato de apresentarem profundas alterações no radical, como é o caso dos verbos ir e ser, assim retratados:



* Defectivos – São aqueles que não apresentam conjugação completa, uma vez que a inexistência de determinadas formas se deve à eufonia (ato de produzir um bom som) e à homofonia (efeito de produzir um som igual). Representando a eufonia, podemos citar como exemplo o verbo computar, destituído de algumas pessoas gramaticais, dado o efeito sonoro pejorativo. E representando a homofonia, retratamos o caso do verbo falir, também destituído de algumas pessoas gramaticais, em virtude da semelhança com o verbo falar. Assim sendo, verifiquemos como realmente desencadeia todo esse processo: 



Verbos abundantes – Representam aqueles que, como bem nos revela o próprio conceito, se manifestam na língua portuguesa sob formas distintas. E, por assim dizer, ressaltamos que essas formas se relacionam ao particípio regular e irregular. Citemos, pois, alguns exemplos:

isentar – isentado / isento
prender – prendido / preso
soltar – soltado / solto

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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