Páscoa

Páscoa é uma comemoração tradicional do cristianismo que foi herdada do judaísmo. A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo.

A Páscoa é a principal celebração que existe no cristianismo, e essa data comemorativa relembra e comemora a crucificação de Jesus Cristo e sua ressurreição. Essa festa do cristianismo é oriunda de uma celebração dos hebreus conhecida como pesach. A data da Páscoa é móvel, e os critérios para sua definição foram estabelecidos no século IV d.C.

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O que é a Páscoa

A Páscoa é uma comemoração do calendário religioso do cristianismo, e nessa festa se relembra a crucificação de Jesus e a sua ressurreição. A comemoração cristã se deu com base na comemoração judaica, festa com um significado diferente da versão cristã. A Páscoa tem data móvel, o que significa que seu dia muda todos os anos.

A Páscoa é uma festa que relembra a crucificação de Jesus e celebra a sua ressurreição.

A Páscoa cristã se estabeleceu com base na Páscoa judaica, conhecida como pesach e que celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Sendo assim, a Páscoa teve a sua origem na tradição hebraica, mas, com a consolidação do cristianismo, a celebração foi ressignificada, passando a girar em torno da ressurreição de Jesus.

O surgimento da Páscoa cristã não fez com que a judaica deixasse de existir, uma vez que, ainda hoje, os judeus se reúnem para celebrar sua libertação do Egito, assim como os cristãos se reúnem para celebrar a ressurreição de Cristo.

  • O que a Páscoa significa no cristianismo?

A Páscoa é considerada a celebração mais importante do calendário do cristianismo, sendo mais importante que o Natal, inclusive. Como mencionado, a data celebra a ressurreição de Jesus Cristo, acontecimento entendido como uma manifestação do seu caráter divino. A ressurreição é uma ação impossível para humanos, seres mortais, assim, entendem os cristãos que a realização desse ato comprovou que Jesus era filho de Deus.

Outra questão importante que envolve a Páscoa na ótica dos cristãos é a de que a crucificação e a ressurreição de Jesus concretizaram a promessa de Deus de salvar a humanidade. Assim sendo, a morte de Jesus é entendida como um autossacrifício que aconteceu como forma de espiar os pecados cometidos pelos homens.

Para entendermos isso, precisamos levar em consideração que, dentro da teologia cristã, o ato de pecar é um ato contra Deus e que gera uma consequência: a morte. Assim, a dívida do homem com Deus só seria sanada com a morte, mas, como ato de misericórdia, Deus enviou o próprio filho para que ele pudesse pagar no lugar da humanidade.

Quaresma e Semana Santa

Por ser a celebração mais importante do calendário religioso dos cristãos, existe todo um processo de antecipação e preparação da Páscoa. Duas tradições muito conhecidas que antecedem essa data são a Quaresma e a Semana Santa.

A Quaresma é entendida como um período de preparação que acontece na Páscoa e, tradicionalmente, estende-se por 40 dias (embora, na prática, ela tenha atualmente 44 dias de duração). A Quaresma é uma das tradições mais comuns do cristianismo católico e é um momento em que os fiéis intensificam sua devoção.

É tradicional, durante a Quaresma, que os fiéis façam jejuns, sobretudo de carne vermelha, pratiquem ações de caridade e façam mais orações. A Quaresma se estabeleceu como prática na Igreja Católica, no século IV d.C., e se tornou tradição cristã ao longo da Idade Média.

Na Quinta-Feira Santa, relembra-se a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos.[1]

A Semana Santa, por sua vez, é uma tradição em que se relembra os últimos sete dias de Jesus. Relembra-se sua chegada a Jerusalém, bem como a Última Ceia e sua prisão, condenação, tortura, crucificação e ressurreição. O início da Semana Santa é conhecido como Domingo de Ramos, o dia em que Jesus retornou para Jerusalém e foi recebido como rei pela população da cidade.

Na Quinta-Feira Santa, Jesus celebrou a Última Ceia com seus discípulos, e, ainda nesse dia, ele foi preso, sendo condenado, torturado e crucificado na Sexta-Feira Santa. No Sábado de Aleluia, Jesus permaneceu morto e seu corpo estava depositado no Santo Sepulcro. O Domingo de Páscoa é o dia em que Jesus ressuscitou.

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Tradições da Páscoa

O ato de presentear alguém com um ovo de Páscoa é uma das tradições mais populares da Páscoa secular.

Entre as tradições comuns do período de celebração da Páscoa, estão o Rito de Lava-Pés, realizado na Quinta-Feira Santa e que relembra o ato de Jesus de lavar os pés dos seus discípulos. Na Sexta-Feira Santa são bastante comuns encenações teatrais que relembram o sacrifício de Jesus, conhecidas como Paixão de Cristo.

No Sábado de Aleluia, alguns locais realizam um ritual conhecido como Malhação de Judas, em que um boneco de pano é espancado e incendiado pela população. O ritual funciona como uma espécie de condenação a Judas, o discípulo que traiu Jesus. Por fim, no Domingo de Páscoa, missas e cultos são realizados como comemoração da ressurreição de Cristo.

Uma tradição secular que se estabeleceu no século XX, tornando-se muito importante na Páscoa moderna, é o ato de presentear as pessoas com ovos de Páscoa, feitos de chocolate. Para as crianças é muito comum que se organize brincadeiras de caça a esses doces. Na cultura popular, um símbolo se consolidou: o coelho da Páscoa, quem traz os ovos.

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Data da Páscoa

Como mencionado, a Páscoa é uma celebração com data móvel, assim, a cada ano, essa data é celebrada em um dia diferente. O critério utilizado para definir quando deve ser celebrada a Páscoa foi estabelecido pelas autoridades da Igreja Católica, no ano de 325, em um evento conhecido como Concílio de Niceia.

O objetivo dessa definição foi o de unificar a celebração entre as igrejas cristãs na época, uma vez que havia algumas que comemoravam a Páscoa em datas diferentes de outras. Assim, foi definido nesse concílio que a data da Páscoa seria no primeiro domingo após a primeira Lua cheia que acontece depois do equinócio de primavera (no Hemisfério Norte).

Dessa forma, a celebração da Páscoa nos próximos anos será nos seguintes dias:

  • 2021: 04 de abril

  • 2022: 17 de abril

  • 2023: 09 de abril

  • 2024: 31 de março

  • 2025: 20 de abril

Créditos da imagem

[1] Renata Sedmakova e Shutterstock

Por: Daniel Neves Silva

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