Razão iluminista

A razão, o progresso da ciência e a conquista da liberdade política e comercial foram as principais reivindicações dos iluministas no século XVIII

O Iluminismo ficou conhecido como movimento intelectual ocorrido no século XVIII. Suas ideias eclodiram primeiramente na França; posteriormente, em diferentes regiões da Europa. Também conhecido como “Ilustração” e “Luzes”, o Iluminismo e seus pensadores (cientistas, escritores e filósofos) pautaram-se pelo primado da razão, isto é, defendiam o uso da razão em oposição à tradição e ao pensamento religioso. Os iluministas acreditavam no progresso da ciência, eram contrários ao poder absoluto do rei (baseado no Antigo Regime) e solicitavam a liberdade e a tolerância.

A razão e o pensamento racionalista guiavam todos os desejos e as vontades iluministas. Os pensadores pautavam suas reflexões nas temáticas relacionadas à sociedade e ao mundo natural em que vivemos. A partir de então, começaram a pensar sobre as desigualdades sociais e a composição de elementos naturais (como a água). Sobre as formas de governo, os pensadores iluministas retomaram uma discussão dos filósofos gregos antigos, principalmente Platão e Aristóteles.

Dessa maneira, para o Iluminismo, a chave para decifrar tais indagações se encontrava na capacidade racionalizante do ser humano, ou seja, no racionalismo, e não na tradição e na religião. A razão iluminista era o caminho para as pessoas vencerem suas ignorâncias e medos e construírem um mundo baseado na verdade, no progresso e na liberdade. Dessa maneira, a razão permitiria alcançar a universalidade, a individualidade e a autonomia política e comercial dentro do processo civilizatório criado pelos filósofos iluministas.

Contudo, a razão iluminista preconizava o rompimento com o governo absolutista, pautado na desigualdade jurídica e no despotismo do Antigo Regime, em que as leis eram instituídas pelo rei absoluto. Com a ascensão do Iluminismo, criaram-se as leis baseadas na razão, como a teoria da separação dos poderes: o Poder Legislativo (responsável pela elaboração das leis), o Poder Executivo (responsável pela administração governamental) e o Poder Judiciário (responsável pela fiscalização e cumprimento das leis). Os pensadores iluministas não propunham uma revolução, no entanto, reivindicaram uma ampla reforma política, econômica e social.

Por: Leandro Carvalho

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