Poseidon foi o deus dos mares e dos rios para os gregos. Também era o patrono dos cavalos e dos marinheiros, além de causador de desastres, como os terremotos.
Poseidon foi um deus da religiosidade e dos mitos dos gregos na Antiguidade. Era o deus dos mares e dos rios, e também considerado o causador de catástrofes, como terremotos e enchentes. Sua associação com o mar fazia com que ele fosse, ainda, o protetor dos marinheiros.
Era irmão de Zeus e foi um dos participantes da guerra travada entre os deuses gregos contra os gigantes e os titãs. É mencionado em diferentes mitos gregos e citado por Homero como um dos deuses que tomaram parte na Guerra de Troia. As primeiras menções a ele remontam ao segundo milênio a.C.
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Resumo sobre Poseidon
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Poseidon era o deus dos mares e dos rios para os gregos na Antiguidade.
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Era considerado o causador de desastres, como enchentes e terremotos.
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Era o protetor dos marinheiros e dos cavalos.
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Era irmão de Zeus e, com este, participou da guerra contra os titãs e os gigantes.
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Os historiadores sabem que ele já era cultuado pelos micênicos no segundo milênio a.C.
Características de Poseidon
Poseidon foi uma das divindades mais relevantes da religiosidade e dos mitos da Grécia Antiga, sendo o deus dos mares e rios. Os gregos o temiam profundamente porque ele era tido como o responsável por desastres naturais, como as tempestades, os terremotos e as enchentes.
Era o patrono dos cavalos e dos marinheiros, os quais faziam orações para esse deus, deixavam-lhe oferendas e faziam-lhe sacrifícios como forma de garantir a proteção vinda dele a quem estivesse em viagem.
Poseidon era representado como um homem velho com uma barba longa e grisalha, sendo temido por sua personalidade temperamental e implacável contra aqueles que o desrespeitavam. Um dos exemplos mais simbólicos disso foi narrado por Homero, na Odisseia, poema épico que trata do retorno de Odisseu para sua casa, na ilha de Ítaca, depois da Guerra de Troia.
Odisseu teve seu retorno adiado por 10 anos por conta da perseguição que ele sofria de Poseidon, e só conseguiu chegar à ilha de Ítaca com a ajuda de outros deuses. Poseidon nutria profundo ódio por Odisseu porque este havia cegado um filho daquele, Polifemo (um ciclope, isto é, um gigante de um olho apenas).
Poseidon tinha uma forte relação com os cavalos e a cavalaria na cultura grega, e não à toa ele era o patrono desse animais. Os gregos acreditavam que Poseidon teria sido o responsável pelo cavalo bem como pela força desse animal, sendo fortemente relacionado com as carruagens e bigas puxadas por ele.
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Surgimento de Poseidon
As menções mais antigas a Poseidon foram encontradas em inscrições em Linear B, a escrita utilizada pelos micênicos. Essas inscrições correspondem ao período do século XV a.C. ao século XII a.C. Uma hipótese aponta que esse deus foi resultado da fusão entre uma divindade pré-grega e uma divindade indo-europeia.
Acredita-se também que Poseidon era uma das divindades mais importantes para a religiosidade dos micênicos, e isso é entendido como uma possível relação desse povo com os mares, uma vez que tinha um forte comércio marítimo. No entanto, outras hipóteses apontam que a relação de Poseidon com o mar só se estabeleceu após o surgimento do povo grego.
A absorção de Poseidon pela religiosidade e os mitos do povo grego fez com que ele fosse transformado no filho de Cronos e Reia, dois titânides. Poseidon, assim como outros de seus irmãos, foi devorado por seu pai, e somente Zeus escapou desse destino, graças à interferência de Reia.
Zeus cresceu em segurança e retornou para resgatar seus irmãos, fazendo Cronos vomitar Poseidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia. Depois disso, uma guerra dos deuses gregos contra os titãs se iniciou, e depois houve outra contra os gigantes, e as duas batalhas foram vencidas pelos deuses. Com a vitória, Hades, Poseidon e Zeus se reuniram para dividir os reinos, e Poseidon recebeu o reino das águas.
Episódios de Poseidon na mitologia grega
Poseidon aparece com certa frequência nos mitos gregos, e podemos começar com o seu envolvimento na Guerra de Troia, uma das narrativas mais populares da cultura grega. Nesse conflito, Poseidon esteve do lado dos aqueus, embora tenha auxiliado os troianos em ocasiões pontuais. Depois da guerra, ele perseguiu Odisseu, como mencionado.
Ainda há um episódio em que Poseidon disputou com Atena o direito de ser o patrono de Atenas. Nessa disputa, cada um dos deuses ofereceu um presente. Poseidon ofereceu um cavalo e uma fonte de água salgada. Os cidadãos atenienses, no entanto, escolheram o presente de Atena: uma oliveira. Com isso, Atena ganhou a disputa.
A mitologia grega narra também a relação de Poseidon com Zeus, a qual não era das melhores. Em determinada ocasião, Poseidon foi incentivado por Atena e por Hera a se rebelar contra o irmão, considerado o rei do Monte Olimpo. A rebelião fracassou, e Poseidon foi obrigado a construir os muros da cidade de Troia.
Poseidon era casado com uma nereida chamada Anfirite e com ela teve alguns filhos, com destaque para Tritão e Cimopoleia. Esse deus também ficou conhecido por seus inúmeros casos extraconjugais e por ter tido diversos filhos fora de seu casamento. Entre essas relações, destacam-se a que ele teve com uma ninfa chamada Larissa e a que teve com a deusa Afrodite.
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Importância de Poseidon na religiosidade grega
Poseidon era uma importante divindade na religiosidade grega, e seu culto era difundido por toda a Grécia, apesar de, em alguns locais, ele ser mais importante que em outros. A cidade que centralizava o culto a Poseidon era Pilos, e também havia cultos em Atenas e Rodes.
Em Atenas, inclusive, festivais religiosos ocorriam em sua homenagem mesmo após ele ter perdido o posto de protetor da cidade para Atena. Um dos festivais importantes realizados para Poseidon eram os Jogos Ístmicos, competições atléticas que ocorriam no istmo de Corinto.