Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), a Itália mergulhou em uma grande crise econômica, consequência de sua participação na grande guerra. O desemprego assolava, acompanhado por fome, miséria e inflação. Os italianos, arrasados, buscavam uma nova forma de governo para se reerguerem. Benito Mussolini, líder fascista, aproveitou-se da situação e impôs sua ideologia, inicialmente encontrando grande apoio da massa e, por fim, instaurando uma ditadura na Itália.
A palavra “fascismo” é de origem italiana e vem de “Fasci di Combattimento” (Esquadra de Combate). “Fascio”, em italiano, significa “feixe de varas”. O símbolo fascista consistia em uma machadinha envolta por um feixe. Em Roma, na Antiguidade, o lictor (uma espécie de oficial de justiça) levava uma machadinha envolta por um feixe de varas (em latim, “fesce”) nas mãos, quando ia executar as ordens judiciais.
O feixe de varas significava união e força. As varas, unidas, ilustravam o povo italiano. A machadinha ilustrava o poder do “duce” (comandante) e a repressão. A mensagem era clara: ou os italianos se uniam e permaneciam fiéis a Mussolini, ou cabeças rolariam. Os fascistas do século XX tinham como influência o poderio do Império Romano. Queriam reviver as glórias passadas quando o Império predominou na Europa. Para isso, precisariam adotar um símbolo que remetesse disciplina e obediência. “Crer, obedecer e combater” eram os princípios da doutrina fascista.
Em 1940, Mussolini inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Três anos depois foi deposto e encarcerado na prisão de Gran Sasso, de onde fugiria no mesmo ano, ajudado por tropas alemãs. Depois, voltou para o comando do exército fascista, chefiando a República Social Italiana, nos territórios que não haviam sido ocupados pelos “aliados”. Quando a derrota italiana era iminente, em abril de 1945, tentou fugir para a Suíça. Sem sucesso, foi capturado e executado por guerrilheiros italianos. Em uma estação petrolífera, em Milão, seu corpo foi pendurado de cabeça pra baixo.