Durante uma empreitada militar o rei de Portugal, Dom Sebastião, sumiu sem deixar vestígios, com isso surge um mito chamado de “sebastianismo”.
No processo de consolidação das monarquias nacionais, percebemos que a justificativa religiosa teve grande influência para a unificação dos territórios. Apoiados pela Igreja, os reis que surgiram na Europa, entre a Idade Média e o Renascimento, eram julgados como representantes dos desígnios sagrados. Deveras, ao longo de sua trajetória, o regime absolutista buscou meios que minimizassem os limites que distinguiam a vontade divina das ações tomadas pelo rei.
Na Península Ibérica, de forte tradição católica, essa cultura parece ter ganhado bastante força tendo em vista as miraculosas teorias que rondaram o rei Dom Sebastião. Quando ainda muito pequeno, já havia sido apontado como o herdeiro do trono português e mantenedor da longínqua dinastia de Avis. Enquanto crescia, o futuro monarca recebeu uma rígida educação católica orientada pela ação de seu tio-avô Henrique.
Com apenas catorze anos de idade, ele fora recebido na condição de rei sob grandes expectativas. Por tal motivo, ficara conhecido como Sebastião, O Desejado. A espera por sua chegada ao trono representava a voz da burguesia lusitana, que pretendia se enriquecer com a conquista de novas terras. Parecendo irmanado com tal política, Sebastião organizou batalhas contra os árabes, que não partilhavam dos valores pregados pela religião cristã.
Buscando dar continuidade ao processo de expulsão que deu origem aos Estados Ibéricos, dom Sebastião se dirigiu contra os mouros no norte da África. A determinação expressa do rei significava o avivamento de uma antiga crença que dizia que Deus iria transformar Portugal em um rico império. Dessa forma, organizou uma tropa militar que deveria estabelecer a expulsão dos mouros marroquinos da região de Alcácer Quibir.
Nessa empreitada militar de alto risco, o líder máximo do Estado Nacional Português desapareceu misteriosamente sem deixar nenhum sinal de vida. Com isso, Portugal vivenciou uma delicada crise sucessória, tendo em vista que o jovem e abnegado monarca não havia deixado nenhum outro herdeiro em seu lugar. Por fim, a liderança do trono lusitano caiu nas mãos de Felipe II, rei espanhol que possuía relação consanguínea próxima a D. Sebastião.
Esse processo de unificação acabou marcando uma terrível derrota política para os portugueses, que depositavam tantas esperanças no fervoroso D. Sebastião. Tal frustração e as circunstâncias obscuras de sua morte foram motivo para o desenvolvimento de um movimento mítico, o “sebastianismo”. Segundo esse relato, D. Sebastião reaparecia para atender os anseios da população e estabelecer um próspero e duradouro governo para Portugal.
A esperança nesse retorno messiânico acabou dando espaço para a ação inescrupulosa de três falsários que tentaram se passar pelo já cultuado monarca desaparecido. Tentando anular o crescimento desse retorno miraculoso, Filipe II tratou de apresentar um conjunto de restos mortais como sendo de Dom Sebastião. Contudo, apesar de tal ação, o movimento sebastianista sobreviveu e, ainda hoje, não existem provas se a ossada enterrada no Mosteiro de Santa Maria de Belém seria mesmo do rei mítico.
Na Península Ibérica, de forte tradição católica, essa cultura parece ter ganhado bastante força tendo em vista as miraculosas teorias que rondaram o rei Dom Sebastião. Quando ainda muito pequeno, já havia sido apontado como o herdeiro do trono português e mantenedor da longínqua dinastia de Avis. Enquanto crescia, o futuro monarca recebeu uma rígida educação católica orientada pela ação de seu tio-avô Henrique.
Com apenas catorze anos de idade, ele fora recebido na condição de rei sob grandes expectativas. Por tal motivo, ficara conhecido como Sebastião, O Desejado. A espera por sua chegada ao trono representava a voz da burguesia lusitana, que pretendia se enriquecer com a conquista de novas terras. Parecendo irmanado com tal política, Sebastião organizou batalhas contra os árabes, que não partilhavam dos valores pregados pela religião cristã.
Buscando dar continuidade ao processo de expulsão que deu origem aos Estados Ibéricos, dom Sebastião se dirigiu contra os mouros no norte da África. A determinação expressa do rei significava o avivamento de uma antiga crença que dizia que Deus iria transformar Portugal em um rico império. Dessa forma, organizou uma tropa militar que deveria estabelecer a expulsão dos mouros marroquinos da região de Alcácer Quibir.
Nessa empreitada militar de alto risco, o líder máximo do Estado Nacional Português desapareceu misteriosamente sem deixar nenhum sinal de vida. Com isso, Portugal vivenciou uma delicada crise sucessória, tendo em vista que o jovem e abnegado monarca não havia deixado nenhum outro herdeiro em seu lugar. Por fim, a liderança do trono lusitano caiu nas mãos de Felipe II, rei espanhol que possuía relação consanguínea próxima a D. Sebastião.
Esse processo de unificação acabou marcando uma terrível derrota política para os portugueses, que depositavam tantas esperanças no fervoroso D. Sebastião. Tal frustração e as circunstâncias obscuras de sua morte foram motivo para o desenvolvimento de um movimento mítico, o “sebastianismo”. Segundo esse relato, D. Sebastião reaparecia para atender os anseios da população e estabelecer um próspero e duradouro governo para Portugal.
A esperança nesse retorno messiânico acabou dando espaço para a ação inescrupulosa de três falsários que tentaram se passar pelo já cultuado monarca desaparecido. Tentando anular o crescimento desse retorno miraculoso, Filipe II tratou de apresentar um conjunto de restos mortais como sendo de Dom Sebastião. Contudo, apesar de tal ação, o movimento sebastianista sobreviveu e, ainda hoje, não existem provas se a ossada enterrada no Mosteiro de Santa Maria de Belém seria mesmo do rei mítico.