No início do século XIX os Estados Unidos passavam por um processo de estabilidade com base nos ideais de democracia do governo de Thomas Jefferson, o presidente foi o autor da famosa Declaração da Independência dos Estados Unidos. Dois fatos chamaram bastante a atenção para o governo jeffersoniano, primeiro a Guerra contra os Mouros na África, em 1801, e segundo, a aquisição da Luisiana, que até então pertencia à França.
Na África, os mouros tinham por hábito cobrar taxas das marinhas que não eram suficientemente fortes para se defenderem. Quando acabou a proteção dada pela esquadra britânica aos navios americanos em decorrência da independência, os Estados Unidos desembolsavam quantias exorbitantes pelo pagamento de tributos aos Mouros. Jefferson, notando os abusos e a violência do paxá (governador da província) de Trípoli crescendo seguidamente, enviou uma pequena esquadra que, auxiliada por uma expedição comandada pelo cônsul americano em Túnis, obrigou o paxá a reconhecer a eficiência e o valor da marinha norte-americana, com isso o fim da prática da cobrança de impostos.
Outra ação estratégica do governo de Thomas Jefferson foi a aquisição de Luisiana, essa aquisição garantiu aos americanos a livre navegação do Mississípi e preparou o futuro econômico do oeste. Em 1802, por um acordo secreto, a Espanha cedeu a Luisiana à França. Napoleão Bonaparte estava no apogeu do seu império e um dos seus principais assessores, Talleyrand, conhecia bem a América e instigava o imperador para que ali fosse constituído um império francês. Tal ocorrido preocupou Jefferson, que autorizou Monroe e Livingstone a oferecerem cinquenta milhões de francos por Nova Orleans e Flórida, mas a quantia paga foi maior, sessenta milhões de francos por todo o território da Luisiana. Essa compra foi fundamental para a expansão do solo estadunidense, pois duplicou a extensão territorial dos Estados Unidos.
Simultaneamente, a expansão para o Oeste continuou, novas cidades se desenvolveram, como Cincinnati, Cleveland e Pittsburgh. Os pioneiros tomavam as terras para as suas atividades agrícolas e as exploravam até a exaustão, e faziam do mesmo modo mais adiante. Atrás desses pioneiros de espírito aventureiro e gestos rudes surgiu uma burguesia forte e individualista que se estabelecia nas cidades, construía casas no lugar de cabanas, fundavam colégios e construíam igrejas. Tanto os pioneiros quanto os burgueses visionavam a mesma coisa, queriam terras. Os pioneiros para o cultivo, os burgueses para o comércio e a especulação. Astuto, o presidente Thomas Jefferson conseguiu expandir consideravelmente o território dos Estados Unidos, iniciando assim a marcha do crescimento territorial e, consequentemente, industrial estadunidense. Que culminou em uma das maiores guerras civis da história.