Mesopotâmia é a região onde hoje se encontram países como o Iraque e Irã, por exemplo. Na Antiguidade, diversos povos a habitaram e consolidaram avanços para a humanidade.
Mesopotâmia é o nome dado a uma região entre rios (esse é o significado da origem da palavra, do grego) que abrigou vários povos durante a Antiguidade, como sumérios, acadianos, assírios, hititas e babilônicos.
A economia da Mesopotâmia, de modo geral, era baseada na agricultura e no comércio dos excedentes. A cultura mesopotâmica foi quem desenvolveu diversas técnicas fundamentais, como a escrita, a arquitetura, a astrologia, a divisão do dia em 24 horas e das horas em 60 minutos, entre outras. Já sua sociedade era baseada em um sistema de castas, com grandes poderes ao soberano, aos sacerdotes e aos funcionários do governo, enquanto o restante da população era obrigado à servidão.
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Resumo sobre a Mesopotâmia
- A história da Mesopotâmia é a história de diversos povos que habitaram a região entre os rios Tigre e Eufrates na Antiguidade.
- Esses povos foram: sumérios, acadianos, assírios, hititas e babilônicos.
- Os sumérios foram os primeiros a desenvolverem uma forma de escrita, a cuneiforme. Também desenvolveram a irrigação e drenagem na agricultura.
- Os acadianos dominaram os sumérios e herdaram toda a sua bagagem cultural.
- O Império Babilônico formulou o Código de Hamurabi, baseado nas Leis de Talião: “olho por olho, dente por dente”. Essa foi considerada a primeira legislatura da história.
- Os assírios eram povos expansionistas que conseguiram destituir temporariamente os babilônicos.
- O Segundo Império Babilônico foi formado pelos caldeus, tribo babilônica que, após guerrear durante um século com os assírios, conseguiu expulsá-los. Construiu a Torre de Babel e os Jardins Suspensos no reinado de Nabucodonosor.
- A economia da Mesopotâmia era agrícola e comercial.
- A cultura mesopotâmica desenvolveu: técnicas agrícolas, escrita, arquitetura, astrologia, contagem de tempo, relações comerciais.
- A sociedade mesopotâmica era dividida em castas muito bem definidas. O soberano tinha um poder baseado na religião e que fazia toda a sociedade lhe dever servidão. Além dele, apenas os sacerdotes e funcionários do governo tinham privilégios.
Videoaula sobre a Mesopotâmia
História da Mesopotâmia
A história da Mesopotâmia abriga vários povos e impérios da humanidade. Primeiramente, vale dizer que Mesopotâmia é o nome dado a uma região entre rios (esse é o significado da origem da palavra, do grego). Esses rios eram Tigre e Eufrates, e ficam na região onde hoje é o Iraque.
A região ampla era também conhecida como Crescente Fértil, pois seu formato no mapa lembra a uma Lua crescente, e hoje é habitada por: Palestina, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano e Chipre, partes da Síria, do Iraque, do Egito, da Turquia e do Irã, com os rios Jordão e Nilo, além dos rios Tigre e Eufrates, já mencionados.
Essa região foi fundamental na sedentarização humana, pois a proximidade com tanta água garantia solos propícios para a agricultura. Assim, sua história diz respeito à história de diversos reinos e povos do mundo antigo, como os sumérios, acadianos, assírios e babilônicos. Esses povos resistiram até 539 a.C., quando, mesmo sendo, em sua maioria, guerreiros, foram derrotados pelos persas, deixando grandes legados, especialmente na geometria e na astronomia.
Quais são os povos da Mesopotâmia?
Os povos da Mesopotâmia foram: sumérios, acadianos, hititas, assírios e babilônicos.
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Sumérios
Os sumérios eram povos que sabiam utilizar técnicas de irrigação, assim como arquitetônicas, por isso, construíram pomposos templos e chegaram a comercializar seus excedentes agrícolas. Ocuparam a região de 3200 a.C. a 2800 a.C. Também desenvolveram uma técnica de escrita: a cuneiforme, feita em barro.
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Acadianos
Os acadianos eram povos de origem semita que derrotaram os sumérios e adquiriram o controle da região em 2334 a.C. Culturalmente, herdaram muito do que fora desenvolvido pelos sumérios e formaram um império, sob a liderança de Sargão I. Essa hegemonia durou dois séculos, quando foram derrotados por outros povos.
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Império Babilônico
O Império Babilônico foi o domínio do povo babilônico a partir de 2000 a.C. Esse império foi marcado, principalmente, pelo Código de Hamurabi, desenvolvido em 1728 a.C., no reinado do imperador de mesmo nome, e foi considerado o primeiro código de leis escrito da história. Baseava-se na Lei do Talião, ou seja, o famoso “olho por olho, dente por dente”. Em 1513 a.C. os hititas deram fim ao império, ocupando a região.
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Hititas
Os povos hititas vinham da Ásia Menor, tendo a região onde hoje é a Turquia como sua e sendo, portanto, caracterizados como indo-europeus. Eles ocuparam a região de 2000 a.C. a 1200 a.C., quando foram dominados pelos assírios.
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Assírios
Os assírios eram povos que mantinham um exército permanente e, por isso, conseguiram dominar enormes porções de terras, em regiões que iam do Golfo Pérsico ao nordeste da África. Eram expansionistas, porém, na região mesopotâmica, encontraram resistência do Império Babilônico, já constituído no local. Dessa forma, todo o século VII a.C. foi marcado por fortes batalhas entre os dois. Os assírios só foram totalmente derrotados quando os babilônios (especificamente da tribo dos caldeus) se uniram aos medos, constituindo o II Império Babilônico.
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Segundo Império Babilônico
O Segundo Império Babilônico foi formado pelos caldeus e teve como principal reinado o de Nabucodonosor. Suas características primordiais foram: desenvolvimento da arquitetura e expansionismo. A primeira foi responsável por construções marcantes, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos; o segundo, pela conquista de Jerusalém. O Segundo Império Babilônico teve fim em 539 a.C., quando os persas o derrotaram.
Economia da Mesopotâmia
A economia na Mesopotâmia foi amparada na agricultura e no comércio. Era bastante baseada na agricultura, já que não só os rios, já mencionados, garantiam fertilidade ao solo, como também a origem vulcânica da região. As técnicas de irrigação foram acrescidas também das de drenagem, pois frequentemente aconteciam cheias dos rios. Com tamanha produção, começou-se a comercializar seus produtos excedentes, mas não parou por aí: também se formaram caravanas no intuito de buscar novos produtos.
A navegação era facilitada pelas águas, e, dessa maneira, foram comercializados marfim, cobre, estanho, madeira, pedras preciosas, tecidos, tapetes e perfumes ao longo do tempo. O comércio foi estabelecido na base da troca, já que não se desenvolveu um sistema monetário. A unidade de troca era, geralmente, a cevada; tempos depois, passou a ser em metais.
Cultura da Mesopotâmia
Como visto nos tópicos anteriores, os diversos povos que habitaram a região da Mesopotâmia desenvolveram, cada um ao seu modo, avanços em termos de técnicas para a humanidade. Entre esses avanços, os que mais se destacaram foram: as técnicas agrícolas de irrigação e drenagem, a arquitetura das grandes obras, a astronomia, o domínio do comércio, a formulação do primeiro código de leis, e, ainda, foram esses povos que dividiram o tempo em 24 horas e cada uma delas com 60 minutos.
Sociedade da Mesopotâmia
Politicamente, as sociedades mesopotâmicas eram governadas por um soberano, que era também o chefe religioso e militar. Acreditava-se que os reis/faraós/imperadores eram deuses vivos. As sociedades eram estratificadas e nelas havia baixa mobilidade social devido a essas crenças, assim, eram constituídas na base da servidão. Enquanto sacerdotes e funcionários do governo tinham benefícios, o restante do povo permanecia em suas castas pré-determinadas.
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Exercícios resolvidos sobre Mesopotâmia
Questão 01
(Uece) O Crescente Fértil, expressão que identifica uma área da civilização antiga, refere-se às seguintes civilizações:
a) China, Índia e Japão
b) Grécia, Roma e Egito
c) Irã, Palestina e Mesopotâmia
d) Fenícia, Cartago e Roma
Resposta: letra C
Como vimos, os povos da Mesopotâmia ocuparam a área do Crescente Fértil.
Questão 02
(UFTM) As civilizações da Antiguidade Oriental, particularmente a egípcia e a mesopotâmica, desenvolveram
a) a arquitetura e as ciências, com caráter utilitarista, que se manifestou nos anfiteatros, aquedutos e conhecimentos matemáticos.
b) conquistas militares para assegurar o abastecimento de escravos, fundamentais às grandes obras públicas, como templos e pirâmides.
c) a escrita, sob diferentes formas, permitindo o registro dos princípios de seu monoteísmo, que se espalhou pelo Mediterrâneo.
d) grande integração comercial com os povos vizinhos, devido à abundância de recursos hídricos, agrícolas e minerais.
e) forte ligação entre a política e a religião, como se observa no caso do faraó egípcio, supremo soberano que era considerado um deus vivo.
Resposta: letra E
Como estudamos, essas civilizações apresentavam grande estratificação social, e, para conservação de tal ordenamento beneficiário de poucos, era necessária uma dominação, obtida pela religião. Ainda, o supremo soberano era considerado um deus vivo, cujo poder se estendia a sacerdotes e outros cargos da administração estatal.