Igreja Católica

Vitral de Igreja ilustrando Jesus Cristo.

Durante a Idade Média, uma instituição se destacou, intervindo no comportamento, na ideologia e na política dos medievos: a Igreja Católica. Consolidada desde o Império Romano, a Igreja detinha o poder, em certos momentos, até maior que o da monarquia. Apoiada pelas escrituras sagradas, espalhou sua doutrina pela Europa, ora pacificamente, ora através da imposição.

Segundo a Bíblia, após a morte de Jesus Cristo, seus apóstolos ficaram incumbidos de propagar suas palavras de amor, fé e salvação. A propagação dessas palavras foi facilitada por conta de alguns fatores: a decadência do paganismo, a prática de um mesmo idioma, a propagação de igualdade entre os indivíduos, as palavras de consolo aos oprimidos, a presença de judeus em Roma e a promessa de uma recompensa eterna.


Conquistando cada vez mais fiéis, a Igreja cresceu e teve que se reestruturar. Para mostrar cada vez mais poder, investiu em grandes edificações e expedições de catequização. E, para manter seu patrimônio, cobrava impostos aos fiéis, alegando que receberiam de volta (o que contribuíam) em salvação espiritual. Não demorou para que aparecessem fiéis desgostosos com tais práticas, ameaçando a ordem da Igreja.

Nessa época, a Igreja Católica Medieval era detentora do conhecimento. Seus membros eram os únicos letrados. Possuía bibliotecas e tradutores, que traduziam obras de Aristóteles, Platão, entre outros, do grego para o latim. No final do século XII, a Igreja fundou as primeiras Universidades da História. Surgiram cursos de Filosofia, Artes, Direito e Medicina. As primeiras Universidades foram construídas em Salerno, Paris, Oxford, Roma, Nápoles, Salamanca, Cambridge, Montpellier e Coimbra. Além da educação, a Igreja também contribuiu com a formação cultural, influenciando a Arquitetura (românica e gótica), a Pintura (vitrais, painéis, altares) e a Música (canto gregoriano).

Para manter seu poder, punia indivíduos que não aceitavam sua doutrina. A Santa Inquisição foi um tribunal, organizado pela Igreja, que julgava, sentenciava e punia os cidadãos acusados de heresia. O poder era tanto que logo começaram a aparecer os primeiros casos de corrupção dentro da entidade, fato este que culminou em uma dissidência por parte de alguns fiéis.
 

Por: Demercino José Silva Júnior

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