Na cultura japonesa existem três tipos de escritas: katakana, hiragana e kanji. Estes podem se encontrar misturados em um mesmo texto. Há, no entanto, uma diferenciação do uso para cada tipo de escrita.
Diferentemente da escrita ocidental, a escrita japonesa não se baseia na formação de sílabas através da junção de consoantes e vogais. As sílabas já se encontram "completas ". Há ao todo 71 sílabas. Alguns japoneses têm grande dificuldade em pronunciar a sílaba "SI", eles acabam pronunciando "SHI". Isso ocorre devido à falta dessa sílaba na língua japonesa. O que também acontece com a sílaba "TU" (eles pronunciam "TSU") e as sílabas com som do "L" (no japonês, o som de "L" acaba ficando com som de "R").
Têm duas formas de escrever essas 71 sílabas: "katakana" ou "hiragana". O "hiragana" é o silabário usado para compor palavras, desinências e nomes japoneses. O "katakana" é o silabário usado para palavras e nomes de origem estrangeira ou para designar onomatopéias e interjeições. Tanto o "katakana" quanto o "hiragana" representam as mesmas 71 sílabas.
O "kanji" é uma forma de escrita de procedência chinesa. A palavra "kanji" significa "escrita chinesa". Trata-se de ideogramas e não meramente letras. Porque cada "kanji", ou a combinação desta, expressa uma definição, e não somente um som. Há mais de 50.000 "kanjis”.
Nos dias atuais, no Japão, um adulto tem noção de aproximadamente 2000 ideogramas. Na língua japonesa, os ideogramas são utilizados, em princípio, como radicais de palavras. Por isso, em japonês, não é plausível escrever uma frase inteira em ideogramas. As desinências, sufixos e preposições devem ser grafadas em "hiragana". Há, no entanto, palavras (em geral, substantivos) compostas somente por ideogramas. Muitas delas são provenientes da herança do léxico chinês, existindo várias palavras em chinês que são precisamente iguais em japonês, inclusive com leitura bastante parecida.