Guerra da Crimeia

Guerra da Crimeia: ao fundo, oficiais ingleses; e à direita, o Imperador russo Nicolau I

O Império Russo, desde o século XVIII, tentou diversas vezes aumentar suas influências políticas no continente europeu através da incorporação de territórios na região dos Bálcãs. No presente texto analisaremos a tentativa russa de incorporar algumas regiões europeias para aumentar seu poder de influência e as contrapartidas francesa e inglesa para evitar a ascensão do poderio russo.

No século XIX, mais precisamente no ano de 1853, o imperador russo ordenou a invasão da região dos Bálcãs. O principal objetivo dessa invasão consistia no aumento da influência política do Império russo e na possibilidade de acesso direto ao mar Mediterrâneo através dos estreitos de Bósforo e de Dardanelos, no mar Negro. Entretanto, os russos tiveram algumas dificuldades, pois essas regiões pertenciam ao Império otomano que tinha o apoio tanto dos franceses quanto dos ingleses, interessados em garantir suas influências políticas e econômicas na região e impedir a expansão russa.

A tentativa russa de invadir os principados da Moldávia e Valáquia, na região do Danúbio, levou, como foi dito acima, a França e a Inglaterra a empreenderem conflitos contra a Rússia. As batalhas ocorreram principalmente na península da Crimeia, no mar Negro.

Os conflitos aconteceram até o ano de 1856. Após diversas derrotas e perante a ameaça de intervenção austríaca na região, a Rússia declarou o fim da guerra, assinando um acordo que estipulava a devolução dos territórios ao Império otomano. Dessa maneira, com a efetivação dos acordos pós-guerra, o mar Negro tornou-se uma região neutra e os russos e turcos foram proibidos de deslocar por navegação seus contingentes militares. As regiões da Moldávia e Valáquia conquistaram a independência no ano de 1859, surgindo, assim, a Romênia.

Por: Leandro Carvalho

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