Faraó

O faraó era o governante mais poderoso do Egito, sendo responsável por cuidar dos assuntos administrativos, políticos, econômicos, religiosos etc.

Tutancâmon é um dos faraós mais famosos do Egito Antigo, embora seu reinado tenha sido curto.

O faraó era o governante do Egito, sendo a autoridade máxima desse povo e tendo poderes absolutos. Os egípcios consideravam que os faraós eram encarnações dos deuses, sendo os intermediários da humanidade com suas divindades. No Egito, os faraós eram muito relacionados, em vida, com Hórus.

O termo faraó só se popularizou no Egito Antigo durante o Novo Império, e a palavra que usamos é a variação grega do termo na língua nativa dos egípcios (pero ou per-a-a). Os faraós eram responsáveis pelo seu reino em questões administrativas, políticas, religiosas, econômicas, militares etc.

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Resumo sobre faraó

  • Os faraós eram os governantes e autoridades máximas do Egito na Antiguidade.

  • Eram considerados intermediários entre os deuses e a humanidade.

  • Seu caráter religioso se consolidou apenas no Novo Império.

  • Eram responsáveis pelo seu reino em questões administrativas, políticas, econômicas, militares e religiosas.

  • Eram os responsáveis diretos pela ma’at — o conceito de harmonia na cultura egípcia.

Quem eram os faraós?

O faraó é a forma pelo qual nós conhecemos a autoridade que governava o Egito na Antiguidade. Os faraós eram as autoridades máximas do Egito, considerados os chefes político, militar, econômico e religioso, além de uma manifestação dos deuses na Terra, sendo, portanto, intermediários entre os deuses e a humanidade.

O poder do faraó era absoluto e, em teoria, era transmitido para o filho mais velho ou então para um herdeiro escolhido ou adotado por esse governante. Considera-se que o termo faraó tem origem no idioma grego, sendo derivado de pero ou per-a-a, termos que os egípcios usavam para referir-se à residência real.

Com o tempo, o termo passou a ser associado não apenas com a residência como também com quem a ocupava. Os faraós também eram chamados de Senhor das Duas Terras e Sumo Sacerdote dos Templos, sendo muito associados a duas importantes divindades da religiosidade egípcia: Osíris (após sua morte) e Hórus (em vida).

Como era a vida dos faraós?

Os faraós tinham diversas responsabilidades enquanto autoridade máxima do Egito mas também gozavam de uma vida bastante luxuosa. Ele administravam o Egito, garantindo a defesa das terras, a arrecadação dos impostos, cumprindo com as responsabilidades religiosas etc.

Os faraós tinham uma vida de muitos compromissos mas também luxuosa, até no pós-morte, com suas tumbas pessoais e muito adornadas.

Moravam em palácios luxuosos e usavam do seu poderio para construir luxuosas tumbas a fim de depositar seus corpos quando morressem. O dinheiro dos faraós também lhes garantia um processo de mumificação realizado da melhor forma possível. O faraó tinha diversas esposas e era cuidado por uma série de servos, que lhe obedeciam em tudo.

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Qual é o poder do faraó?

Os faraós detinham a autoridade máxima em questões administrativas, políticas, econômicas, militares e religiosas no Egito. Enquanto autoridade, o faraó tinha poder absoluto sobre o seu reino, detendo o controle da sociedade em todos esses aspectos mencionados. O poder era transmitido para seus herdeiros. Com frequência, os faraós procuravam se envolver com mulheres de linhagem real para garantir a legitimidade de seus sucessores.

Qual era a função do faraó?

Como já mencionado, o poder do faraó estava em diversas instâncias, fazendo dele a figura mais poderosa de todo o Egito. Do ponto de vista religioso, ela era um intermediário dos deuses na Terra, sendo sua função cuidar do culto aos deuses do Egito em agradecimento a tudo que recebera deles.

O faraó escolhia os locais de construção de todos os templos religiosos do Egito, conduzia as homenagens aos deuses, participava das cerimônias religiosas e garantia a harmonia nas terras egípcias. A harmonia, chamada de ma’at, era um conceito importante da cosmogonia egípcia, sendo função do faraó usar de todos os meios para aplicá-la.

Politicamente, era seu dever:

  • nomear pessoas para cargos de confiança;

  • recolher a taxa de impostos;

  • garantir que a agricultura egípcia fosse próspera;

  • ordenar e autorizar as obras públicas de templos, estátuas, estradas;

  • controlar as águas do Rio Nilo;

  • formular leis e aplicá-las;

  • garantir a proteção das terras do Egito.

A guerra era exclusividade do faraó, e somente ele poderia determinar ataques contra povos estrangeiros. A guerra era um atributo importante para esses governantes, pois era um meio de garantir a ma’at, a harmonia.

Quais foram os faraós mais importantes da história?

Hatshepsut foi uma faraó importante da história, mas que sofreu um apagamento de sua figura por parte de Amenófis II.[1]

Confira esta lista dos faraós mais importantes da história:

  • Menés (reinado entre 3200 a.C. e 3000 a.C.);

  • Djoser (século XXVII a.C.);

  • Akhenaton (1353-1336 a.C.);

  • Ramsés II (1279-1213 a.C.);

  • Tutancâmon (1341-1323 a.C.);

  • Quéops (2589-2566 a.C.);

  • Amenófis III (1391-1353 a.C.);

  • Amósis I (século XVI a.C.);

  • Hatshepsut (1479-1458 a.C.);

  • Ramsés III (1186-1155 a.C.);

  • Cleópatra VII (51-30 a.C.);

  • Tutmés III (1481-1425 a.C.);

  • Quéfren (século XXVI a.C.);

  • Miquerinos (século XXVI a.C.).

História dos faraós

Inicialmente, os faraós não eram conhecidos por esse termo, mas sim como reis e chamados de “vossa majestade” pelos egípcios. O termo faraó se popularizou somente no Novo Império, que se estendeu de 1570 a.C. a 1069 a.C. Como mencionado, o termo era usado para referir-se ao local em que os reis egípcios moravam, e acabou sendo usado também como título honorífico.

A unificação do poder nas mãos dos faraós egípcios se consolidou somente por volta de 3150 a.C., quando a tradição egípcia diz que Menés unificou os dois reinos do Egito, tornando-se governante único de toda aquela terra. Nesse momento, o poder dos faraós não tinha nenhuma conotação religiosa, e essa ligação do faraó com o divino se estabeleceu a partir da Segunda Dinastia (2890-2670 a.C.).

O primeiro faraó a associar o seu reinado com os deuses de que se tem conhecimento foi Raneb. Ele anunciou que o seu reinado e as suas vontades estavam associados com as vontades dos deuses. Ao longo de toda a história egípcia, houve mais de 30 dinastias, o que demonstra a longa duração do poder faraônico.

Leia mais: As dez pragas do Egito — narrativa bíblica sobre como Deus puniu os egípcios durante o reinado de Ramsés II

Curiosidades sobre os faraós

  • Os historiadores afirmam que a primeira greve de trabalhadores de que se tem conhecimento na história aconteceu durante o reinado de Ramsés III.

  • A tumba de Tutancâmon, encontrada em 1922, estava intacta e totalmente preservada.

  • Hatshepsut, uma mulher que se tornou faraó, sofreu uma tentativa de apagamento por Amenófis II.

Créditos da imagem

[1]Commons

Fontes

MARK, Joshua J. Pharaoh. Disponível em: https://www.worldhistory.org/pharaoh/

MARK, Joshua J. Menes. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Menes/

MARK, Joshua J. Akhenaten. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Akhenaten/

MARK, Joshua J. Ramesses II. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Ramesses_II/

MARK, Joshua J. The first labor strike in history. Disponível em: https://www.worldhistory.org/article/1089/the-first-labor-strike-in-history/

MARK, Joshua J. Ma’at. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Ma'at/

Por: Daniel Neves Silva

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