Companhia de Jesus

A Companhia de Jesus é uma ordem religiosa católica fundada por Inácio de Loyola em 1534. Os jesuítas fundaram missões de evangelização e educação em várias partes do mundo.

A Companhia de Jesus desempenhou um papel de evangelização no Brasil e em outras colônias portuguesas.[1]

A Companhia de Jesus é uma ordem religiosa católica fundada por Inácio de Loyola em 1534, reconhecida oficialmente pelo papa Paulo III em 1540. Seus principais objetivos incluem a evangelização, a educação e o apoio espiritual, com foco especial na propagação da fé cristã, na fundação de instituições educacionais e na orientação espiritual por meio dos Exercícios Espirituais.

Após a sua fundação, a ordem cresceu significativamente, estabelecendo missões em várias partes do mundo. No século XVI, os jesuítas estavam presentes na Europa, Ásia, África e nas Américas. A companhia chegou ao Brasil em 1549, liderada por Manuel da Nóbrega. Eles fundaram aldeias missionárias, conhecidas como missões, onde os indígenas eram catequizados e ensinados a viver de acordo com os princípios cristãos.

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Resumo sobre Companhia de Jesus

  • A Companhia de Jesus é uma ordem religiosa católica, também chamada de Ordem dos Jesuítas.

  • Foi fundada por Inácio de Loyola em 1534 e reconhecida oficialmente pelo papa Paulo III em 1540.

  • Seus objetivos são a evangelização, a educação e o apoio espiritual, com foco especial na propagação da fé cristã, na fundação de instituições educacionais e na orientação espiritual por meio dos Exercícios Espirituais, de Inácio de Loyola.

  • Chegou ao Brasil em 1549, liderada por Manuel da Nóbrega. Os jesuítas fundaram aldeias missionárias e colégios que se tornaram importantes centros de ensino no país.

  • Está presente em Portugal desde o século XVI e desempenhou um papel crucial na evangelização das colônias portuguesas e na formação intelectual da população.

  • Os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal em 1759, devido à crescente influência da ordem em questões políticas e econômicas.

  • A expulsão dos jesuítas resultou na perda de instituições educacionais, desorganização das missões, declínio da influência católica, reformas políticas e econômicas nos países afetados.

  • A restauração da ordem jesuíta no Brasil foi feita pelo papa Pio VII em 1814.

O que é a Companhia de Jesus?

A Companhia de Jesus, também conhecida como Ordem dos Jesuítas, é uma ordem religiosa da Igreja Católica fundada por Inácio de Loyola e um grupo de seus companheiros em 1534. Essa ordem foi oficialmente reconhecida pelo papa Paulo III em 1540.

Os jesuítas são conhecidos por sua dedicação à educação, pesquisa e trabalho missionário. Desde a sua fundação, a Companhia desempenhou um papel crucial na disseminação do catolicismo em diversas partes do mundo, bem como no avanço do conhecimento científico e acadêmico.

Origem e história da Companhia de Jesus

A origem da Companhia de Jesus remonta a 1534, quando Inácio de Loyola, um ex-soldado espanhol que sofreu uma grave lesão na Batalha de Pamplona, decidiu dedicar sua vida a Deus. Inácio, com seis outros companheiros, incluindo Francisco Xavier e Pedro Fabro, fez votos de pobreza, castidade e obediência, com o objetivo de trabalhar pela propagação da fé cristã.

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Após ser oficialmente aprovada pelo papa Paulo III em 1540, a Companhia de Jesus rapidamente se expandiu pela Europa e pelo mundo. Os jesuítas se destacaram pela sua capacidade de adaptação e pelo seu comprometimento com a educação e o trabalho missionário. Durante os séculos XVI e XVII, a ordem cresceu significativamente, estabelecendo colégios, universidades e missões em diversos continentes.

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Principais objetivos da Companhia de Jesus

Os principais objetivos da Companhia de Jesus incluem a evangelização e a educação. A ordem é conhecida por sua missão de espalhar a fé cristã em regiões não cristãs, bem como por seu compromisso com a formação intelectual e espiritual. Entre seus objetivos, estão:

  • Levar o cristianismo a novas terras e povos, adaptando a mensagem religiosa às culturas locais.

  • Fundar e administrar instituições educacionais que promovam a excelência acadêmica e a formação ética e espiritual.

  • Oferecer orientação espiritual e pastoral, incluindo os Exercícios Espirituais, de Inácio de Loyola, um conjunto de meditações, orações e práticas contemplativas.

Quais as características da Companhia de Jesus?

A Companhia de Jesus tem várias características distintivas que a diferenciam de outras ordens religiosas. Os jesuítas são conhecidos por sua capacidade de se adaptar a diferentes culturas e contextos, o que facilita seu trabalho missionário e educacional em diversas partes do mundo. Desde o início, a ordem valorizou a educação como meio de promover a fé e o conhecimento. Ela fundou e administrou colégios e universidades que ainda hoje são reconhecidos pela sua excelência.

Os jesuítas fazem um voto especial de obediência ao papa, comprometendo-se a ir aonde quer que ele os envie. Um dos legados mais importantes de Inácio de Loyola são os Exercícios Espirituais, que oferecem um caminho estruturado para o crescimento espiritual e o discernimento vocacional. Os jesuítas também se envolvem em atividades científicas e sociais, contribuindo para o avanço do conhecimento e o bem-estar das comunidades onde atuam.

Expansão da Companhia de Jesus

A expansão da Companhia de Jesus foi rápida e ampla. Após a sua fundação, a ordem cresceu significativamente, estabelecendo missões em várias partes do mundo. No século XVI, os jesuítas estavam presentes na Europa, Ásia, África e nas Américas. Na Ásia, figuras como Francisco Xavier desempenharam um papel crucial na evangelização de regiões como Japão, Índia e China.

Na América Latina, os jesuítas estabeleceram missões e reduções que buscaram converter e proteger os povos indígenas. Essas reduções eram comunidades autossuficientes onde os indígenas eram educados na fé cristã e protegidos da exploração colonial.

Plano urbanístico da redução de São João Batista, estabelecida pelos jesuítas no Rio Grande do Sul.[2]

Na Europa, a ordem foi fundamental na Contrarreforma, ajudando a revitalizar a fé católica em resposta ao protestantismo. Ela fundou colégios e universidades que se tornaram centros de excelência acadêmica e teológica.

Companhia de Jesus no Brasil

A Companhia de Jesus chegou ao Brasil em 1549, com a primeira missão liderada por Manuel da Nóbrega. Os jesuítas tiveram um papel crucial na evangelização e na educação dos indígenas. Eles fundaram aldeias missionárias, conhecidas como missões, onde os indígenas eram catequizados e ensinados a viver de acordo com os princípios cristãos.

Um dos projetos mais notáveis dos jesuítas no Brasil foi a criação das reduções, comunidades organizadas onde os indígenas podiam viver sob a proteção dos jesuítas e desenvolver atividades econômicas e educativas. Essas comunidades se destacavam pela sua organização e por proporcionarem uma alternativa à escravização dos indígenas.

Além do trabalho missionário, os jesuítas contribuíram para a educação formal no Brasil, fundando colégios que se tornaram importantes centros de ensino.

Videoaula sobre jesuítas no Brasil

Companhia de Jesus em Portugal

Em Portugal, a Companhia de Jesus teve uma presença significativa desde o século XVI. Os jesuítas foram convidados pelo rei D. João III para ajudar na evangelização das colônias portuguesas e na educação da população. Eles fundaram várias instituições educacionais, incluindo o Colégio de Santo Antão, em Lisboa, que se tornou um centro importante de educação e formação.

A influência dos jesuítas na educação portuguesa foi profunda, contribuindo para a formação de várias gerações de líderes e intelectuais. Os jesuítas também desempenharam um papel importante na colonização portuguesa, estabelecendo missões em várias partes do império, incluindo África e Ásia. Eles adaptaram sua abordagem missionária às culturas locais, buscando uma evangelização eficaz e respeitosa.

Expulsão dos jesuítas

A expulsão dos jesuítas ocorreu em várias partes do mundo durante o século XVIII, sendo um dos eventos mais significativos na história da ordem. A principal razão para a expulsão foi a crescente influência dos jesuítas em questões políticas e econômicas, o que gerou desconfiança e oposição de vários governos.

Em Portugal, a expulsão foi ordenada pelo Marquês de Pombal em 1759. Pombal via os jesuítas como uma ameaça ao seu poder e às reformas que ele queria implementar. Os jesuítas foram acusados de conspiração e suas propriedades foram confiscadas. A expulsão se estendeu a outras partes do império português, incluindo o Brasil, onde os jesuítas foram forçados a abandonar suas missões e reduções.

Em 1773, o papa Clemente XIV suprimiu oficialmente a Companhia de Jesus, resultando na dissolução da ordem em várias partes do mundo. A supressão foi motivada por pressões políticas de várias nações europeias, que viam os jesuítas como uma ameaça à sua autoridade.

Saiba mais: Primeira missa no Brasil — um marco da chegada do catolicismo a terras brasileiras

Consequências da expulsão dos jesuítas

A expulsão dos jesuítas teve várias consequências importantes:

  • Resultou na perda de várias instituições educacionais administradas pelos jesuítas, o que teve um impacto significativo na educação em muitos países.

  • As missões e reduções estabelecidas pelos jesuítas foram desorganizadas, resultando em perdas culturais e sociais para os povos indígenas.

  • A ausência dos jesuítas enfraqueceu a presença e a influência da Igreja Católica em várias regiões, particularmente naquelas onde os jesuítas eram os principais agentes de evangelização.

  • Abriu-se caminho para reformas políticas e econômicas nos países que os expulsaram, particularmente em Portugal, onde o Marquês de Pombal implementou várias mudanças significativas.

Apesar da supressão, a Companhia de Jesus foi restaurada pelo papa Pio VII em 1814. Desde então, a ordem foi reconstruída e continua a desempenhar um papel importante na educação e no trabalho missionário em todo o mundo.

Brasão da Companhia de Jesus no topo de uma igreja jesuíta, na Áustria.[3]

Exercícios resolvidos sobre Companhia de Jesus

1. A Companhia de Jesus, conhecida como Ordem dos Jesuítas, foi fundada por Inácio de Loyola em 1534 e teve um papel significativo na história da Igreja Católica. Reconhecida oficialmente pelo papa Paulo III em 1540, a Companhia rapidamente se expandiu pelo mundo, estabelecendo missões e instituições educacionais em vários continentes. Ao Brasil, os jesuítas chegaram em 1549, desempenhando um papel crucial na evangelização e educação dos povos indígenas. Em Portugal, os jesuítas foram convidados pelo rei D. João III para auxiliar na evangelização das colônias e na formação intelectual da população. No entanto, no século XVIII, a ordem foi expulsa de várias regiões, incluindo Portugal e suas colônias, devido à sua crescente influência política e econômica. Em 1773, o papa Clemente XIV suprimiu oficialmente a Companhia, que, no entanto, foi restaurada em 1814 pelo papa Pio VII. A presença e a atuação dos jesuítas no Brasil e em Portugal foram marcadas por contribuições significativas à educação e evangelização. Considerando o contexto histórico, quais foram as principais consequências da expulsão dos jesuítas dessas regiões no século XVIII?

a) Aumento da influência católica e fortalecimento das missões indígenas.

b) Criação de novas ordens religiosas para substituir os jesuítas nas missões.

c) Declínio das instituições educacionais e desorganização das missões.

d) Fortalecimento das estruturas políticas e econômicas controladas pelos jesuítas.

e) Expansão das missões jesuíticas para outras regiões da Europa.

Resposta: c)

A expulsão dos jesuítas resultou na perda de muitas instituições educacionais administradas por eles e na desorganização das missões que eles haviam estabelecido, o que teve um impacto significativo na educação e na evangelização em várias regiões. Sem a estrutura e o apoio dos jesuítas, muitas dessas iniciativas sofreram um declínio notável.

2. Os jesuítas, ou membros da Companhia de Jesus, foram fundamentais na disseminação do catolicismo e na promoção da educação em várias partes do mundo desde sua fundação, em 1534. Eles se destacaram pela fundação de colégios e universidades, bem como pelo trabalho missionário em regiões como Ásia, África e Américas. Ao Brasil, os jesuítas chegaram em 1549, implementando aldeias missionárias e reduções para catequizar e proteger os povos indígenas. Em Portugal, a ordem teve uma presença marcante, influenciando a educação e a formação de líderes intelectuais. No entanto, no século XVIII, o crescente poder e influência dos jesuítas levou à sua expulsão de vários países, incluindo Portugal e suas colônias, sob ordens de líderes políticos, como o Marquês de Pombal. A atuação dos jesuítas teve um impacto significativo na formação intelectual e espiritual das sociedades onde estavam presentes. Como a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1759 influenciou o cenário educacional e religioso em Portugal e no Brasil?

a) Houve o fortalecimento da influência jesuítica nas colônias portuguesas.

b) Houve o aumento da autonomia das missões jesuíticas na América Latina.

c) Houve a interrupção de projetos educacionais e enfraquecimento da evangelização.

d) Houve a expansão das missões religiosas para territórios não explorados.

e) Houve o estabelecimento de novas universidades, administradas por outras ordens religiosas.

Resposta: c)

A expulsão dos jesuítas levou à interrupção de muitos de seus projetos educacionais, resultando em um declínio significativo na qualidade e quantidade de instituições de ensino em Portugal e no Brasil. Além disso, a falta da presença jesuítica enfraqueceu os esforços de evangelização nas missões, causando desorganização e perda de apoio para as comunidades indígenas e locais.

Créditos das imagens

[1] Acervo Museu Paulista (USP)/ Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

[3] Zvonimir Atletic/ Shutterstock

Fontes

DALCIM, I. Breve história das reduções jesuítico-guaranis. São Paulo: Loyola, 2011.

O’MALLEY, J. Uma história dos jesuítas: de Inácio de Loyola a nossos dias. São Paulo: Loyola, 2017.

Por: Tiago Soares Campos

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