Cerco a Budapeste

O Cerco a Budapeste foi o período em que as forças soviéticas cercaram e capturaram a capital húngara, então controlada pelo regime fascista, aliado dos nazistas.

O Cerco a Budapeste resultou na destruição da infraestrutura da cidade e em milhares de mortes.[1]

O Cerco a Budapeste foi um conflito militar significativo que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, entre dezembro de 1944 e fevereiro de 1945, quando as forças soviéticas cercaram a capital húngara, controlada pelo regime fascista, aliado dos nazistas. Os soviéticos objetivavam capturar Budapeste para assegurar linhas de abastecimento, facilitar o avanço na Europa Oriental e instalar um governo pró-soviético, enquanto os alemães e húngaros tentavam manter a cidade como um bastião defensivo.

O cerco começou com as forças soviéticas isolando cerca de 70.000 soldados do Eixo e civis, resultando em combates intensos e prolongados até fevereiro de 1945, quando a rendição final ocorreu, após semanas de ferozes confrontos urbanos.

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Resumo sobre o Cerco a Budapeste

  • O Cerco a Budapeste foi um período em que as forças soviéticas cercaram e capturaram a capital húngara, então controlada pelo regime fascista, aliado dos nazistas.

  • Ocorreu entre dezembro de 1944 e fevereiro de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

  • Budapeste era uma cidade estratégica pela sua localização e infraestrutura, tornando-se um ponto crucial de resistência.

  • O objetivo dos soviéticos era capturar Budapeste para assegurar linhas de abastecimento, facilitar o avanço na Europa Oriental e instalar um governo pró-soviético.

  • Politicamente, a captura demonstraria o domínio soviético e aceleraria o colapso do Terceiro Reich.

  • O cerco começou em dezembro de 1944.

  • Cerca de 70.000 soldados do Eixo e civis foram isolados e enfrentaram combates intensos e condições precárias.

  • A resistência alemã e húngara transformou a cidade em uma fortaleza, prolongando os combates até fevereiro de 1945.

  • Os soviéticos utilizaram artilharia pesada, e ataques coordenados, gradualmente, superaram a defesa. A rendição final ocorreu após semanas de ferozes confrontos urbanos.

  • O cerco resultou na devastação de Budapeste, com enormes perdas humanas e destruição de infraestrutura.

  • Também consolidou o controle soviético sobre a Hungria.

  • A queda de Budapeste privou a Alemanha de recursos críticos e facilitou o avanço soviético na Áustria e no sul da Alemanha, acelerando o fim da guerra na Europa.

Contexto histórico do Cerco a Budapeste

O Cerco a Budapeste, também conhecido como Batalha de Budapeste, foi um conflito militar significativo que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, entre 29 de dezembro de 1944 e 13 de fevereiro de 1945. Esse cerco marcou um dos episódios mais brutais e devastadores do fim da guerra na Europa.

Budapeste, a capital da Hungria, estava sob controle do regime fascista húngaro, aliado do Terceiro Reich. A cidade tinha grande importância estratégica devido à sua localização geográfica e às suas infraestruturas industriais e logísticas.

O contexto histórico do cerco é indissociável do avanço das forças soviéticas pela Europa Oriental. Após a bem-sucedida Operação Bagration, no verão de 1944, o Exército Vermelho avançou rapidamente pela Bielorrússia, Ucrânia e Polônia, aproximando-se das fronteiras da Hungria. No outono de 1944, a situação militar da Alemanha Nazista se deteriorava rapidamente, e o avanço soviético pressionava cada vez mais os territórios ocupados pelos alemães.

A Hungria, desde 1941, estava envolvida na guerra ao lado da Alemanha, mas, a partir de 1944, o país tentou negociar uma rendição separada com os Aliados ocidentais, temendo a ocupação soviética. No entanto, Adolf Hitler reagiu rapidamente, ocupando a Hungria em março de 1944 e instalando um governo colaboracionista liderado pelo Partido da Cruz Flechada, um grupo fascista local. Esse regime era brutal, cometendo atrocidades contra judeus e outras minorias.

Com o avanço soviético, o governo de Miklós Horthy foi substituído por Ferenc Szálasi, que prometeu resistir até o último homem. Budapeste, devido à sua posição estratégica e ao simbolismo como capital, tornou-se um alvo crucial para os soviéticos e um ponto de resistência desesperada para os alemães e seus aliados húngaros.

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Objetivos do Cerco a Budapeste

Os objetivos do Cerco a Budapeste envolviam considerações militares, políticas e estratégicas. Do ponto de vista soviético, a captura de Budapeste tinha um significado estratégico vital para o avanço das forças aliadas na Europa Oriental. A cidade servia como um importante centro de transporte e comunicação, e seu controle permitiria aos soviéticos assegurar linhas de abastecimento e avançar mais facilmente para a Áustria e o sul da Alemanha.

Além disso, a ocupação de Budapeste era parte de um esforço mais amplo para eliminar as forças do Eixo na região dos Bálcãs. Os soviéticos buscavam destruir o potencial militar alemão na Hungria e impedir qualquer tentativa de reforço das linhas de frente alemãs através da região. A vitória em Budapeste também contribuiria para isolar e neutralizar as tropas alemãs restantes nos Bálcãs, facilitando o avanço aliado e acelerando o colapso do Terceiro Reich.

Para os alemães e seus aliados húngaros, a defesa de Budapeste era crucial para retardar o avanço soviético e manter um ponto de resistência significativo no coração da Europa Central. A cidade representava um bastião defensivo que, se mantido, poderia complicar o progresso soviético e oferecer uma base para contraofensivas futuras. Além disso, a resistência feroz em Budapeste tinha um valor simbólico importante, demonstrando a determinação do Eixo em lutar até o fim, apesar das adversidades crescentes.

Politicamente, a captura de Budapeste também tinha implicações significativas. Para a União Soviética, a tomada da capital húngara era uma demonstração de força e uma confirmação do domínio soviético na Europa Oriental pós-guerra. Além disso, a derrota do regime fascista húngaro e a ocupação de Budapeste permitiriam aos soviéticos instalarem um governo pró-soviético, alinhando a Hungria com os interesses de Moscou no pós-guerra.

Como aconteceu o Cerco a Budapeste?

O Cerco a Budapeste começou no final de dezembro de 1944, quando as forças soviéticas lançaram um ataque coordenado para cercar a cidade. As tropas soviéticas se aproximaram de Budapeste de várias direções, com o objetivo de cortar todas as rotas de abastecimento e reforço para as forças do Eixo dentro da cidade.

No início, os soviéticos cercaram Budapeste, isolando as forças alemãs e húngaras. Aproximadamente 70.000 soldados do Eixo, com um grande número de civis, ficaram presos dentro da cidade. As condições dentro de Budapeste rapidamente se deterioraram, com escassez de alimentos, água e suprimentos médicos, agravada pelo constante bombardeio e combates de rua.

Os combates dentro de Budapeste foram intensos e brutais. As forças do Eixo transformaram a cidade em uma fortaleza, utilizando a densa malha urbana para criar linhas defensivas improvisadas. Os soviéticos, por sua vez, lançaram uma série de ataques ferozes para quebrar a resistência, empregando artilharia pesada, tanques e forças de infantaria.

Tanques e soldados soviéticos durante Cerco a Budapeste.

A batalha foi marcada por combates corpo a corpo em ruas estreitas, prédios destruídos e túneis subterrâneos. A resistência feroz das forças do Eixo prolongou o cerco, mas a superioridade numérica e material dos soviéticos eventualmente prevaleceu. Em meados de janeiro de 1945, os soviéticos conseguiram dividir as forças do Eixo dentro da cidade, enfraquecendo, ainda mais, a defesa organizada.

No final de janeiro e início de fevereiro, os soviéticos intensificaram seus ataques, avançando lentamente através dos bairros de Budapeste. A rendição final ocorreu em 13 de fevereiro de 1945, quando as forças do Eixo, exaustas e sem suprimentos, foram forçadas a capitular. A batalha resultou em enorme destruição, com grandes partes da cidade reduzidas a escombros e um alto número de baixas, tanto entre combatentes quanto entre civis.

Consequências do Cerco a Budapeste

O Cerco a Budapeste teve consequências devastadoras e duradouras para a cidade e seus habitantes, bem como para o cenário político e militar da Europa Oriental. Imediatamente após a batalha, Budapeste estava em ruínas. A infraestrutura da cidade foi severamente danificada, com muitos edifícios, pontes e instalações industriais destruídos. A reconstrução seria uma tarefa monumental que levaria anos para ser concluída.

O número de vítimas foi extremamente alto. Estima-se que aproximadamente 38.000 soldados do Eixo foram mortos, com muitos outros capturados ou desaparecidos. As baixas soviéticas também foram significativas, com cerca de 80.000 soldados mortos ou feridos. Além das perdas militares, a população civil de Budapeste sofreu enormemente, com dezenas de milhares de civis mortos, feridos ou desalojados.

Politicamente, a captura de Budapeste solidificou o controle soviético sobre a Hungria. Imediatamente após a vitória, as forças soviéticas começaram a consolidar seu poder, instalando um governo provisório alinhado com Moscou. Isso marcou o início de uma era de influência soviética que perduraria até o final da Guerra Fria.

O regime comunista húngaro, apoiado pelos soviéticos, implementou uma série de reformas políticas e econômicas que transformariam profundamente a sociedade húngara nas décadas seguintes.

No contexto mais amplo da guerra, a vitória em Budapeste foi um golpe significativo para o Terceiro Reich. A perda da Hungria e de suas reservas de petróleo privou a Alemanha Nazista de recursos críticos em um momento em que suas forças estavam em retirada em várias frentes. A queda de Budapeste também abriu caminho para o avanço soviético na Áustria e no sul da Alemanha, contribuindo para a rápida deterioração da posição militar alemã.

Além disso, o Cerco a Budapeste teve um impacto psicológico significativo. A batalha demonstrou a determinação e a capacidade militar do Exército Vermelho, enviando uma mensagem clara de que a resistência contra a ofensiva soviética era fútil. Isso acelerou o colapso das defesas do Eixo na Europa Oriental e contribuiu para a rendição final da Alemanha, em maio de 1945.

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Exercícios resolvidos sobre o cerco a Budapeste

1. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Cerco a Budapeste desempenhou um papel crucial no contexto militar e político da Europa Oriental. Sob o comando das forças soviéticas, Budapeste se tornou um ponto de resistência intensa entre dezembro de 1944 e fevereiro de 1945. Qual era o principal objetivo estratégico dos soviéticos ao cercarem Budapeste?

a) Proteger as rotas de abastecimento para o Terceiro Reich.

b) Impedir o avanço das forças aliadas na Europa Oriental.

c) Consolidar o controle soviético sobre a Hungria.

d) Estabelecer um governo de colaboração com os nazistas.

e) Proteger a população civil da cidade.

Resposta: c)

Durante o Cerco a Budapeste, os soviéticos buscavam não apenas derrotar as forças do Eixo na cidade como também consolidar seu domínio político sobre a Hungria, instalando um governo pró-soviético que fortalecesse sua influência na região pós-guerra.

2. O Cerco a Budapeste foi marcado por intensos combates urbanos entre as forças soviéticas e as tropas do Eixo, resultando em consequências devastadoras para a cidade e seus habitantes. Além da destruição física, quais foram as principais implicações políticas do Cerco a Budapeste para a Europa Oriental?

a) Aumento da influência política dos Estados Unidos na região.

b) Consolidação do domínio nazista na Europa Oriental.

c) Declínio do poder soviético na região.

d) Fortalecimento da resistência anticomunista na Hungria.

e) Afirmação do controle soviético e instalação de um governo pró-Moscou na Hungria.

Resposta: e)

Após a vitória no Cerco a Budapeste, os soviéticos consolidaram seu controle sobre a Hungria, instalando um governo alinhado com Moscou. Isso reforçou significativamente a influência soviética na Europa Oriental, moldando o cenário político da região no pós-guerra.

Créditos da imagem

[1]FORTEPAN / Kurutz Márton/ Wikimedia Commons

Fontes

HOBSBAWN, E. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914 – 1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MASSON, P. A Segunda Guerra Mundial: História e estratégias. São Paulo: Contexto, 2010.

Por: Tiago Soares Campos

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