Abraham Lincoln

Abraham Lincoln foi o 16º presidente dos Estados Unidos, governou o país durante a Guerra Civil Americana defendendo a integridade territorial, e aboliu a escravidão.

Abraham Lincoln foi o 16º presidente dos Estados Unidos e o primeiro eleito pelo Partido Republicano.

Abraham Lincoln foi o 16º presidente dos Estados Unidos e seu governo foi marcado pela Guerra Civil Americana, quando os estados do sul se revoltaram e decidiram separar-se do país. Lincoln se posicionou contra a separação no intuito de manter a unidade territorial. Outra marca da sua gestão à frente do governo norte-americano foi a abolição dos escravos. Abraham Lincoln foi assassinado em 15 de abril de 1865, enquanto ainda era presidente dos Estados Unidos.

Resumo sobre Abraham Lincoln

  • Abraham Lincoln foi o 16º presidente norte-americano e o primeiro eleito pelo Partido Republicano.

  • Liderou o país durante a Guerra da Secessão e defendeu a unidade territorial.

  • Foi defensor e promoveu a abolição da escravidão.

Leia também: Estados Unidos no século XIX – consolidação da nação e transformação em potência mundial

Infância e juventude de Abraham Lincoln

Abraham Lincoln nasceu em 15 de fevereiro de 1809, em Hardin County, no estado do Kentucky. Seus pais se chamavam Nancy e Thomas Lincoln e eram pequenos agricultores. Em busca de melhores condições de vida, a família se mudou para Indiana. Abraham se mostrou autodidata e apreciava a leitura e os estudos. Aos 25 anos, ele se tornou advogado, mesmo não tendo educação formal. Seu conhecimento era baseado nos estudos e nas leituras que fazia sozinho. Em 1830, a família Lincoln se mudou para o estado de Illinois.

O seu apreço pela vida intelectual chamava a atenção, pois, em geral, isso era considerado perda de tempo. Na adolescência, Lincoln começou seus trabalhos no campo ao consertar cercas da fazenda de seu pai. Ele também trabalhou na agência de correios e atuou como comerciante. Durante a infância e a adolescência, Lincoln já mostrava sua repulsa pelo trabalho escravo e as dificuldades que isso impunha ao crescimento do país. Esse seu descontentamento com a escravidão pautaria sua carreira política em defesa da libertação dos escravos e a sua educação.

Vida pessoal de Abraham Lincoln

Morando em Springfield, Illinois, Abraham Lincoln conheceu Mary Todd em dezembro de 1839. Logo eles ficaram noivos, e se casaram 4 de novembro de 1842. O casal teve quatro filhos: Robert, Edward, Willian e Thomas. Apenas Robert sobreviveu à infância e viveu a fase adulta. A morte dos filhos marcou profundamente a vida de Abraham Lincoln e Mary Toddy. Ele sofria de depressão, e ela, de stress.

Carreira política de Abraham Lincoln

Lincoln iniciou sua carreira política no partido Whig, de orientação conservadora. Entre 1830 e 1840, ele atuou na assembleia estadual, e representou o estado de Illinois no Congresso entre 1847 a 1849, quando iniciou a campanha pela abolição da escravidão. Essa atitude fez com que Lincoln desagradasse aos escravistas. Sua posição contrária à guerra no México fê-lo perder a reeleição no Congresso.

Em 1858, Lincoln se filiou ao recém-criado Partido Republicano e concorreu a uma vaga no Senado, mas foi derrotado. Apesar da derrota, ele se tornou líder do partido e candidato presidencial em 1860, conseguindo vencer as eleições e tornar-se o 16º presidente dos Estados Unidos.

Partido Republicano

O Partido Republicano foi fundado em 1854 e reuniu abolicionistas e antigos integrantes do partido Whig. Abraham Lincoln foi um dos fundadores e se tornou o primeiro republicano a ser eleito e reeleito presidente dos Estados Unidos. A plataforma do partido é o conservadorismo defendendo o capitalismo e o livre mercado.

Presidência

Quando Abraham Lincoln assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 1861, os norte-americanos enfrentavam problemas graves envolvendo os estados do norte e os do sul. Os primeiros se industrializaram e utilizavam a mão de obra livre e remunerada, enquanto os segundos eram agrícolas e escravistas. Não demoraria para que sul e norte entrassem em guerra. A posição abolicionista de Lincoln desagradou aos sulistas, que desejavam a manutenção da escravidão nos Estados Unidos e decidiram separar-se do país, formando os Estados Confederados da América.

Mesmo com a guerra civil em andamento, os Estados Unidos realizaram eleições presidenciais em 1864, e Abraham Lincoln foi reeleito para mais um mandato de quatro anos. Ele conseguiu unificar o Partido Republicano. Havia um temor de que a guerra pudesse atrapalhar sua campanha, mas ele escreveu e assinou um documento comprometendo-se a lutar contra os confederados até o último dia do seu mandato.

Guerra da Secessão

A Guerra da Secessão, também conhecida como Guerra Civil Americana, começou em 1861, logo após os estados do sul terem se oposto à proposta de Abraham Lincoln de abolir a escravidão nos Estados Unidos, pois a mão de obra sulista era escravizada. Os estados confederados queriam a separação dos Estados Unidos, fundando, assim, um novo país. Lincoln esteve ao lado da União e combateu os confederados, pois desejava a unificação territorial norte-americana. Os conflitos terminaram em 1865, com a vitória dos estados do norte.

Com o fim da guerra, em 1865, Lincoln propôs uma reconstrução dos Estados Unidos ao reintegrar os rebeldes e fortalecer a união nacional. Além disso, a abolição da escravidão se consolidou em todo território norte-americano.

Veja também: Lei do Homestead – lei promulgada por Lincoln e que impulsionou a Marcha para o Oeste

Morte de Abraham Lincoln

No dia 14 de abril de 1865, Abraham Lincoln assistia à apresentação de uma peça teatral no Teatro Ford, em Washington (D.C.). O presidente estava em um camarote, na parte superior do teatro, quando foi abordado por John Wilkes Booth, um ex-ator contrário à abolição da escravidão, que puxou o revólver e atirou na nuca de Lincoln. O presidente foi levado imediatamente para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu no dia seguinte.

Desenho que representa o assassinato de Abraham Lincoln em 1865, enquanto assistia a uma peça teatral em Washington.

Frases de Abraham Lincoln

  • “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas, se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”

  • “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”

Exercícios resolvidos

Questão 1 – Leia as questões e assinale o item que corretamente descreve a atuação de Abraham Lincoln durante a Guerra da Secessão:

A) O presidente Lincoln iniciou a guerra ao aliar-se com os estados do norte e atacar os sulistas, que queriam a separação.

B) Os sulistas não concordavam com a proposta de Lincoln de abolir a escravidão e iniciaram a guerra contra a União.

C) Lincoln perdeu a guerra e foi obrigado a concordar com a separação dos estados do sul.

D) Os confederados eram representantes dos estados do norte, enquanto os sulistas defenderam a União durante a Guerra da Secessão.

Resolução

Alternativa B. Assim que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Abraham Lincoln sofreu forte oposição dos sulistas por conta da sua defesa da abolição da escravidão, por isso os confederados iniciaram a Guerra da Secessão.

Questão 2 – Assinale a alternativa que corretamente cita uma consequência da Guerra da Secessão:

A) Abraham Lincoln sofreu um processo de impeachment por causa da derrota da União contra os sulistas na Guerra da Secessão.

B) Logo após a derrota, os sulistas foram presos e exilados para o Alasca, no intuito de evitar qualquer propagação de ideias separatistas em território norte-americano.

C) Com a reconstrução, Lincoln propôs a reunificação dos estados norte-americanos ao conceder a anistia aos sulistas e promover a abolição da escravidão.

D) Os confederados venceram a guerra e cobraram de Lincoln pesadas sanções por causa do conflito.

Resolução

Alternativa C. Logo após o encerramento da guerra, Abraham Lincoln fortaleceu a república norte-americana ao inserir os sulistas no projeto de reconstrução nacional e promover a abolição da escravidão em todo Estados Unidos.

Por: Carlos César Higa

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