No dia 5 de maio de 1821, a morte de Napoleão Bonaparte representou uma derrota para os vários partícipes da revolução e um grande alívio para as forças absolutistas da Europa. Contudo, pela força de seu papel histórico, a morte do militar esteve e ainda está cercada por mistérios e polêmicas. Afinal de contas, qual terrível mal foi capaz de abater um estadista que conseguiu vencer tantas batalhas?
Na década de 1960, por meio da análise de seus fios de cabelo, um grupo de cientistas detectou a presença de arsênico em seu organismo. A notícia logo serviu para que uma teoria conspiratória sugerisse que Napoleão teria sido lentamente envenenado por seus inimigos. Para os mais céticos, a evidência nada mais comprovaria que o estadista francês utilizava tônicos capilares ou remédios que levavam a substância.
Quatro décadas mais tarde, outro grupo de pesquisadores realizou um novo estudo que dava como certa a morte por câncer gástrico. Além de se sustentarem nos relatos de batalha, estes estudiosos utilizaram das calças usadas pelo decadente imperador entre os anos de 1800 e 1821. O exame das vestes, que diminuíram com o passar do tempo, serviu para comprovar o emagrecimento que acomete as vítimas desse tipo de câncer.
Contudo, em maio de 2009, um estudo realizado por um médico dinamarquês reacendeu as hipóteses sobre o falecimento. Recuperando documentos da época das batalhas, o nefrologista Arne Soerensen concluiu que Napoleão Bonaparte foi vítima de uma intoxicação renal. Seu argumento se assenta principalmente nos episódios de demência temporária que aparecem em seus relatos pessoais e são associados à doença.
Mesmo sem uma conclusão definitiva, percebemos que o interesse em responder a esse mistério aponta os infortúnios que o passado ainda reverbera no tempo presente. As conspirações sobre a morte de Napoleão Bonaparte comprovam a curiosidade do homem sobre as perguntas que não possuem resposta. Ou, um simples desejo em imaginar os destinos sendo consumados de outra forma.
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