Divisão da Alemanha

A divisão da Alemanha foi a separação do país em duas nações distintas: a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã.

Protestos durante a queda do Muro de Berlim, em 1989.[1]

A divisão da Alemanha foi a separação do país em duas entidades distintas: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Esse evento ocorreu após a Segunda Guerra Mundial e foi resultado do contexto geopolítico da Guerra Fria, no qual as potências vitoriosas — Estados Unidos e União Soviética — impuseram suas influências ideológicas e territoriais na região.

A Alemanha Ocidental adotou o capitalismo democrático, enquanto a Alemanha Oriental seguiu o comunismo soviético, resultando em diferenças políticas, econômicas e sociais significativas entre as duas partes do país. A construção do Muro de Berlim, em 1961, pela Alemanha Oriental, simbolizou a divisão física e ideológica entre leste e oeste. O fim da divisão da Alemanha veio com a queda do Muro de Berlim, em 1989, seguido da reunificação pacífica, em 1990.

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Resumo sobre a divisão da Alemanha

  • A divisão da Alemanha foi a separação do país em duas entidades distintas, a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).

  • Ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando o país foi ocupado pelas potências vitoriosas, dividindo-o em zonas de influência dos Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França, refletindo as tensões da Guerra Fria.

  • Suas causas incluem o antagonismo entre Estados Unidos e União Soviética, divergências ideológicas entre capitalismo e comunismo, e questões territoriais e de segurança.

  • Ocorreu oficialmente em 1949, resultando na criação da República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e da República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).

  • A Alemanha Oriental adotou o comunismo e tornou-se um estado satélite da União Soviética, enquanto a Alemanha Ocidental baseou-se no capitalismo democrático e recebeu apoio dos Estados Unidos e das potências ocidentais.

  • A construção do Muro de Berlim, em 1961, foi uma medida tomada pelo governo da Alemanha Oriental para conter a migração em massa de seus cidadãos para o lado ocidental.

  • O fim da divisão da Alemanha ocorreu com a queda do Muro de Berlim, em 1989, seguido pela reunificação pacífica das duas Alemanhas, em 1990.

  • As consequências da divisão incluíram: a reconstrução econômica, a reconciliação nacional e a reconfiguração geopolítica da Europa.

O que foi a divisão da Alemanha?

A divisão da Alemanha foi a separação da nação germânica em duas entidades distintas: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Esse evento teve repercussões significativas não apenas para a Alemanha como também para toda a Europa e o mundo durante a Guerra Fria.

Contexto histórico da divisão da Alemanha

Alemanha dividida entre os Aliados no pós-Segunda Guerra Mundial.[2]

A divisão da Alemanha ocorreu em meio ao contexto caótico do pós-Segunda Guerra Mundial. Após a derrota da Alemanha Nazista, em 1945, as potências vitoriosas — Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França — dividiram o país em zonas de ocupação. Cada potência controlaria uma zona, refletindo suas influências geopolíticas e ideológicas.

Causas da divisão da Alemanha

Diversos fatores contribuíram para a divisão da Alemanha. O antagonismo entre as potências vitoriosas, principalmente entre Estados Unidos e União Soviética, foi crucial. As divergências ideológicas entre o capitalismo e o comunismo exacerbaram as tensões. Além disso, questões territoriais e de segurança influenciaram a configuração das zonas de ocupação.

Como foi a divisão da Alemanha?

A divisão da Alemanha foi um processo complexo que ocorreu no contexto pós-Segunda Guerra Mundial, influenciado pelos interesses geopolíticos das potências vitoriosas e pelas tensões ideológicas entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco comunista, liderado pela União Soviética.

Após a derrota da Alemanha Nazista, em 1945, a Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação, controladas pelas principais potências aliadas, os Estados Unidos, a União Soviética, o Reino Unido e a França. Berlim, a capital alemã, situada no coração da zona de ocupação soviética, foi também dividida em quatro setores, controlados pelas mesmas potências.

Essa divisão inicial refletiu as diferentes visões sobre o futuro da Alemanha e da Europa entre os Aliados. Enquanto as potências ocidentais buscavam reconstruir a Alemanha com base em valores democráticos e capitalistas, a União Soviética tinha o objetivo de estabelecer uma influência comunista na região, em linha com sua política expansionista.

A divisão tornou-se mais evidente com a criação de dois estados separados em 1949, sendo eles a República Federal da Alemanha (RFA), também conhecida como Alemanha Ocidental, e a República Democrática Alemã (RDA), ou Alemanha Oriental. A RFA emergiu das zonas de ocupação controladas pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, enquanto a RDA surgiu da zona de ocupação soviética.

Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental

  • Alemanha Ocidental (República Federal Alemã): adotou um sistema político e econômico baseado na democracia parlamentar e na economia de mercado, com apoio financeiro e militar dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos. A RFA tornou-se uma democracia estável e próspera, integrando-se à comunidade internacional e se tornando um dos principais aliados dos Estados Unidos na Europa.

Bandeira da República Federal Alemã, a Alemanha Ocidental.
  • Alemanha Oriental (República Democrática Alemã): adotou o comunismo como sistema político e econômico, tornando-se um Estado satélite da União Soviética. O governo controlado pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha implementou políticas centralizadas e autoritárias, controlando rigidamente a economia e restringindo as liberdades individuais.
Bandeira da República Democrática Alemã, a Alemanha Oriental.

Essas diferenças políticas, econômicas e sociais entre a Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental contribuíram para acentuar a divisão entre as duas partes do país. Enquanto a RFA se desenvolvia rapidamente e desfrutava de liberdades democráticas, a RDA enfrentava dificuldades econômicas e sociais, além da repressão política do regime comunista.

Construção do Muro de Berlim e a divisão da Alemanha

O Muro de Berlim começou a ser construído em 1961. Na imagem, o Muro de Berlim em 1986.[3]

A divisão da Alemanha foi simbolizada pela construção do Muro de Berlim, que teve início em 13 de agosto de 1961. O governo da Alemanha Oriental justificou a construção do muro como uma medida para proteger seu território dos “inimigos do socialismo” e impedir a fuga em massa de seus cidadãos para o lado ocidental.

O Muro de Berlim era uma estrutura fortificada de concreto e arame farpado que cortava Berlim ao meio, separando fisicamente as áreas controladas pelo Ocidente e pelo Oriente. Ele foi constantemente reforçado ao longo dos anos, com torres de observação, cercas eletrificadas e patrulhas militares, tornando-se um símbolo da Guerra Fria.

Construção do Muro de Berlim.

A construção do Muro de Berlim teve consequências humanas devastadoras, separando famílias, amigos e comunidades. Milhares de alemães orientais tentaram escapar para o lado ocidental, muitos deles arriscando suas vidas ao atravessar o muro de diversas maneiras, como escalando, cavando túneis ou até mesmo usando balões e aviões improvisados.

O Muro de Berlim permaneceu como uma barreira física e ideológica, por quase três décadas, até sua queda, em 9 de novembro de 1989, um evento histórico que marcou o fim da divisão da Alemanha e o colapso do sistema comunista na Europa Oriental. A queda do muro foi seguida pela reunificação pacífica das duas Alemanhas, em 1990, simbolizando o início de uma nova era na história europeia. Para saber mais detalhes sobre o Muro de Berlim, clique aqui.

Fim da divisão da Alemanha

O fim da divisão da Alemanha foi um processo complexo que culminou na reunificação das duas Alemanhas — a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) — em um único estado soberano. Esse processo histórico ocorreu no contexto do fim da Guerra Fria e das transformações políticas que afetaram a Europa no final do século XX.

Eventos-chave do fim da divisão da Alemanha

  • Queda do Muro de Berlim (1989): ocorreu em 9 de novembro de 1989 e foi o evento mais emblemático do fim da divisão da Alemanha. A remoção do muro representou não apenas a queda de uma barreira física como também o colapso simbólico do sistema comunista na Europa Oriental e o início de uma era de mudanças políticas profundas.

  • Políticas de Glasnost e Perestroika na União Soviética: as reformas políticas e econômicas introduzidas pelo líder soviético Mikhail Gorbachev, na década de 1980, desempenharam um papel crucial no fim da divisão da Alemanha. A política de Glasnost (transparência) e a da Perestroika (reestruturação) promoveram a abertura política e permitiram maior debate público sobre as questões sociais e políticas na União Soviética e em seus países satélites.

  • Desenvolvimentos na Alemanha Oriental: as crescentes pressões sociais e econômicas na Alemanha Oriental levaram a uma onda de protestos populares e demandas por reformas políticas. O governo da Alemanha Oriental, sob o líder Erich Honecker, enfrentou crescente oposição interna e externa, culminando em sua renúncia em outubro de 1989.

  • Negociações diplomáticas: as negociações entre os líderes das duas Alemanhas, bem como entre os governos ocidentais e a União Soviética, desempenharam um papel crucial no processo de reunificação. As negociações resultaram em uma série de acordos que pavimentaram o caminho para a reunificação, incluindo o Tratado Dois Mais Quatro, assinado em setembro de 1990.

  • Reunificação oficial (1990): em 3 de outubro de 1990, as duas Alemanhas foram oficialmente reunificadas para formar a República Federal da Alemanha, como herdeira legal e política da RFA. A reunificação foi um processo complexo que envolveu a integração política, econômica e social das duas partes do país.

Consequências da divisão da Alemanha

A divisão da Alemanha teve inúmeras consequências, tanto para o país quanto para o cenário internacional.

  • Consequências internas da divisão da Alemanha: internamente, a divisão gerou profundas divisões sociais, econômicas e culturais entre as duas partes do país.

  • Consequências internacionais da divisão da Alemanha: internacionalmente, a divisão da Alemanha contribuiu para a polarização do mundo durante a Guerra Fria e influenciou significativamente as políticas globais das potências ocidentais e da União Soviética.

Exercícios resolvidos sobre a divisão da Alemanha

Questão 1

A divisão da Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial, resultou na criação de duas entidades políticas distintas: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Uma das principais consequências dessa divisão foi:

A) a expansão da influência japonesa na região.

B) a formação da União Europeia.

C) o estabelecimento de um governo único para toda a Alemanha.

D) o surgimento de um sistema econômico único em ambas as partes.

E) a intensificação das tensões geopolíticas durante a Guerra Fria.

Resolução:

Alternativa E

A divisão da Alemanha contribuiu para a intensificação das tensões geopolíticas durante a Guerra Fria entre os blocos capitalista e comunista, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética respectivamente. Essa divisão refletiu o confronto ideológico e político que caracterizou esse período da história mundial, influenciando as relações internacionais e o equilíbrio de poder no cenário global.Parte superior do formulário

Questão 2

A divisão da Alemanha em duas entidades políticas distintas, a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), teve múltiplas causas que refletiam as tensões geopolíticas e ideológicas da época. Uma das principais razões para essa divisão foi:

A) a unificação da Europa.

B) a expansão imperialista do Japão.

C) as disputas territoriais entre Alemanha e França.

D) as divergências ideológicas entre capitalismo e comunismo.

E) a busca por recursos naturais na África.

Resolução:

Alternativa D

As divergências ideológicas entre o capitalismo, representado pelas potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, e o comunismo, representado pela União Soviética, foram uma das principais causas da divisão da Alemanha durante a Guerra Fria. Essa divisão refletiu a polarização política e ideológica que dominou o cenário internacional na época.

Créditos de imagem

[1]Lear 21 / Wikimedia Commons (reprodução)

[2]52 Pickup / Wikimedia Commons (reprodução)

[3]Noir / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

FULBRUK, Mary. História Concisa da Alemanha. Edipro: 2018.

HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

MIRANDA, Monica; FARIA, Ricardo. Da Guerra Fria à nova ordem mundial. São Paulo: Contexto, 2003.

Por: Tiago Soares Campos

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