Toyotismo

O Toyotismo surgiu a partir da alteração de uma das premissas básicas do fordismo: o sistema de acumulação de mercadorias.

As inovações tecnológicas configuram uma premissa básica para a manutenção do Toyotismo¹

O Toyotismo, também conhecido como acumulação flexível, é um modelo industrial de produção elaborado por Eiji Toyoda (1913-2013) e implantado pela primeira vez na linha de montagem da Toyota na década de 1970. Caracteriza-se, principalmente, pela articulação flexível de ajuste da produção em função da demanda.

Esse sistema de produção surgiu em função do esgotamento do modelo fordista de produção, que preconizava a produção em massa, com o máximo aproveitamento de matérias-primas e o máximo consumo. Além desse esgotamento, era notória a sua inaplicabilidade no território japonês, carente em matérias-primas e limitado em disponibilidade de espaço para estocagem de recursos e produtos.

Desse modo, favorecido pelas inovações tecnológicas implementadas pela III Revolução Industrial, o novo sistema encontrou sucesso nas fábricas automotivas japonesas, difundindo-se posteriormente por todo o mundo.

Como já frisamos, a flexibilidade da produção Toyotista consiste basicamente em controlar a produção conforme a demanda, evitando a estocagem de produtos, ao contrário do que ocorria no sistema fordista. Esse controle da produção foi instrumentalizado pela adoção de uma prática denominada por just in time (em cima da hora), em que a produção segue uma quantidade previamente estabelecida em um tempo determinado para atender à procura existente no mercado.


“Just in Time”, em tradução livre, significa “em cima da hora”

Outro fator característico do Toyotismo é a busca por mão de obra cada vez mais qualificada, em que o trabalhador passaria a exercer múltiplas funções, essas sempre variadas de acordo com as necessidades locais. A tecnologia, também, exerce um importante papel, primeiramente substituindo o homem e, em segundo, controlando boa parte do processo produtivo.

O Toyotismo é um modelo extremamente dependente dos avanços tecnológicos, tanto na linha de montagem das mercadorias quanto nos meios externos, como a comunicação e o transporte, que asseguram a habilidade das empresas de adequarem suas produções conforme a demanda.

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¹ Créditos da Imagem: Nataliya Hora e Shutterstock

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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