O Brasil, em virtude de sua grande extensão territorial e diversidade natural, possui diversos tipos de solo.
O solo é a camada mais superficial da crosta terrestre, sendo popularmente conhecido como “terra”. Possui grande importância para o ser humano, pois é um elemento vital para o desenvolvimento das atividades humanas, principalmente das atividades agropecuárias.
O solo forma-se a partir da decomposição de diferentes rochas, que, com o passar do tempo e da ação de diferentes agentes externos que atuam no intemperismo, fragmentam-se em grãos de diferentes espessuras (cascalho, areia grossa, areia fina, silte e argila) e acumulam-se na superfície do planeta, juntamente à matéria orgânica, formando os solos.
Como são formados a partir de diferentes rochas, processos e em condições naturais (clima, relevo, umidade, vegetação) distintas, existem diferentes tipos de solo, que apresentam características variáveis de textura, cor, porosidade, quantidade de matéria orgânica etc. Existem solos mais arenosos (solos com grande quantidade de areia), argilosos (com grandes quantidades de argila), siltosos (solos com grande quantidade de silte), orgânicos (solos com grandes concentrações de material orgânico), entre outros.
Principais Tipos de Solo do Brasil
O Brasil, em decorrência da sua grande extensão territorial, possui diversos tipos de solo. Se observamos diferentes paisagens brasileiras, verificaremos que os solos do país apresentam cor e textura diferentes em cada lugar observado. De acordo com o novo sistema de classificação de solos proposto pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil possui treze tipos de solo. São eles:
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Argissolos: Caracterizam-se pelo acúmulo de argila no Horizonte B (uma das camadas do solo). Possuem certa variação de cores (vermelhos a amarelos) e baixa concentração de matéria orgânica. Depois dos latossolos, são o tipo de solo mais encontrado no país, com ocorrência em todos os estados, em áreas planas ou inclinadas (vertentes). Dependendo do material de origem, podem ser férteis ou pobres para a agricultura. Apresentam grande suscetibilidade para erosão, principalmente em áreas mais inclinadas.
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Cambissolos: São solos que ainda não completaram seu estágio de formação, por isso, geralmente são rasos e com um horizonte B pouco desenvolvido. São muito comuns em todas as regiões do Brasil, principalmente em áreas mais inclinadas. Como são rasos e muito comuns em áreas inclinadas, também são muito suscetíveis à erosão.
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Chernossolos: Solos muito férteis e com uma camada superficial (Horizonte A) muito rica em matéria orgânica e nutrientes para as plantas, como cálcio, magnésio e potássio. Em virtude da alta concentração de matéria orgânica, é comum encontrarmos exemplares desse tipo de solo com uma coloração preta. São comuns em regiões com grande disponibilidade de matéria orgânica e com grande quantidade de rochas ricas em cálcio, magnésio e potássio, como na região sudoeste dos Pampas.
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Espodossolos: São solos arenosos, geralmente ácidos e sem muitos nutrientes para plantas em sua camada superficial, visto que o horizonte rico em matéria orgânica nesse tipo de solo é o B. São muito encontrados na Amazônia Ocidental, Centro-Sul de Roraima e em algumas regiões litorâneas, principalmente nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
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Gleissolos: Muito comuns em regiões costeiras e áreas de planícies fluviais do Brasil inteiro, como na região de Cáceres, Mato Grosso, que é banhada pelo Rio Paraguai. Os gleissolos caracterizam-se pela coloração acinzentada, que advém da lixiviação (“lavagem”) de minerais em virtude do constante contato com a água de rios, lagos ou da chuva.
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Latossolos: São os solos mais abundantes no país, recobrindo cerca de 50% de toda a extensão territorial do Brasil. São muito antigos e intemperizados, de grande profundidade, porosos e permeáveis. Muito comuns em áreas planas, com práticas de adubação e calagem (aplicação de cal no solo para corrigir a acidez), os latossolos podem ser muito produtivos.
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Luvissolos: Solos rasos e pouco profundos, com alta concentração de nutrientes (alumínio, cálcio, potássio, magnésio e sódio) e argila, além de serem, geralmente, revestidos por pedregulhos. São muito comuns no sertão nordestino ou em áreas de clima mais seco. Em virtude da alta concentração de sódio e da baixa quantidade de água, esse solo pode ficar com um aspecto endurecido, dificultando, assim, a penetração das raízes.
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Neossolos: Solos jovens, pouco profundos e com baixa concentração de matéria orgânica. Apresentam grandes quantidades de cascalho e rochas não intemperizadas. São muito comuns na maior parte das áreas muito inclinadas do país e possuem um baixo potencial agrícola, em virtude do alto declive e da grande quantidade de cascalho.
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Nitossolos: Solos profundos, bem drenados (com quantidade de água ideal) e uma grande quantidade de argila. São formados a partir de rochas magmáticas (basalto e diabásio), calcárias e, em alguns casos, por gnaisses e charnoquitos. Ocorrem em todos os estados do país, sendo muito encontrados na região Sul. No Paraná, são muito férteis; mas, em outros estados, necessitam de correção de acidez e adubagem.
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Organossolos: São solos geralmente ácidos que possuem alta concentração de matéria orgânica e alta saturação de água (está presente em áreas que podem permanecer alagadas durante grande parte do ano ou somente na época chuvosa). Em consequência de sua grande concentração de matéria orgânica, a cor desse solo varia entre preto, cinza muito escuro ou marrom. No Brasil, esse tipo de solo é muito encontrado em áreas alagadas (várzeas, banhados). Um dos lugares em que esse solo pode ser encontrado é na região de Macaé-RJ.
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Planossolos: São solos pouco profundos que possuem uma camada superficial (horizonte A) arenosa e o seu interior (horizonte B) é rico em argila compactada. São muito comuns em áreas planas e em depressões ou várzeas. No Brasil, esse tipo de solo é muito encontrado no Rio Grande do Sul, no Pantanal e no Nordeste.
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Plintossolos: Solos com grande concentração de ferro e ácido e típicos de zonas muito quentes e úmidas. Esse tipo de solo é encontrado nas regiões central e norte do Brasil, no Piauí e no Maranhão.
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Vertissolos: Solos com alto teor de argila, pouco permeáveis e com uma alta concentração de nutrientes para as plantas. Ocorrem em áreas com pouca disponibilidade de água e caracterizam-se pela presença de rachaduras quando muito secos. São muito comuns em áreas de relevo plano a ondulado do Nordeste do Brasil, Sudeste do Rio Grande do Sul e em algumas áreas do Pantanal.