PIB do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil consiste na soma de dados econômicos sobre os três setores da economia brasileira: primário, secundário e terciário. Nosso país possui papel de destaque na produção de matéria-prima (commodities), como soja e cana-de-açúcar, além de grandes polos industriais espalhados por todas as regiões brasileiras.

Leia também: Quais são os indicadores socioeconômicos?

O cálculo do PIB do Brasil

No Brasil, o órgão responsável pelo cálculo do PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em conjunto com outros órgãos, o IBGE divulga trimestralmente as estimativas das riquezas produzidas pelo Brasil, além de calcular a expectativa de crescimento do ano seguinte.

Esse cálculo não é tão simples e envolve uma série de pesquisas e índices de preços, feitos pelo IBGE ou por outras instituições, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Cabe ressaltar que o PIB não corresponde a um estoque de riquezas, mas sim ao fluxo de bens e serviços finais produzidos em um ano. Se um país não produziu nada, seu PIB será zero. Dessa forma, o cálculo do PIB é feito com os preços que chegam até o consumidor final, considerando impostos e outras taxas embutidas no produto.

O PIB é a soma de bens e serviços produzidos em um ano.

Veja alguns dados usados para calcular o PIB brasileiro.

  • Balanço de Pagamentos, pelo Banco Central;
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE;
  • Produção Agrícola Municipal (PAM), pelo IBGE;
  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), pela FGV;
  • Pesquisa de Orçamentos Familiares, Pesquisa Mensal de Comércio, e Pesquisa Mensal de Serviços, todas pelo IBGE.

Evolução do PIB do Brasil

A composição do PIB brasileiro leva em conta os três grandes setores da economia: primário, secundário e terciário. Desses três, no cenário mundial, o Brasil é líder na produção agrícola de alguns gêneros, como soja, cana-de-açúcar, café, carne bovina para abate, e laranja. Contudo, mesmo com essa liderança no setor primário, é o setor terciário (comércios e serviços) que mais contribui para as riquezas internas.

Cerca de 70% do PIB nacional correspondem ao setor terciário, sendo ele o que mais emprega no país. 

Nos últimos 20 anos (2000-2020), o Brasil vivenciou períodos de bons e ótimos desempenhos econômicos, exceto em 2009, 2015, 2016 e 2020, anos em que o crescimento econômico foi negativo.

Veja a variação do PIB brasileiro de acordo com dados do IBGE nos últimos 20 anos.

Ano

Valor do PIB (em reais)

Variação de crescimento (%)

2000

1,19 trilhão

4,4

2001

1,31 trilhão

1,4

2002

1,48 trilhão

3,1

2003

1,71 trilhão

1,1

2004

1,95 trilhão

5,8

2005

2,17 trilhões

3,2

2006

2,40 trilhões

4,0

2007

2,72 trilhões

6,1

2008

3,10 trilhões

5,1

2009

3,33 trilhões

-0,1

2010

3,88 trilhões

7,5

2011

4,37 trilhões

4

2012

4,81 trilhões

1,9

2013

5,33 trilhões

3

2014

5,77 trilhões

0,5

2015

5,99 trilhões

-3,5

2016

6,26 trilhões

-3,3

2017

6,28 trilhões

1,3

2018

7,04 trilhões

1,8

2019

7,1 trilhões

1,1

2020

7,4 trilhões

-4,1

Veja também: Produto Nacional Bruto (PNB)

Lista do PIB dos estados brasileiros

Fazenda de soja em Mato Grosso. A produção agrícola no Brasil é destaque mundial.[1]

A distribuição do PIB brasileiro entre os estados da federação não é igualitária. O passado de avanços econômicos em algumas regiões em detrimento de outras, como a industrialização concentrada no Centro–Sul do país, ajuda a entender a discrepância de riquezas entre os estados, além de outros fatores, como investimentos públicos, mão de obra e infraestrutura.

Os estados das regiões Sudeste e Sul são os mais ricos. Nessas regiões, a industrialização, a urbanização e a terceirização dos serviços aconteceram antes do que nas demais. Os destaques ficam por conta de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os quatro maiores PIB do Brasil.

Confira, de acordo com o IBGE, a lista dos cinco maiores e dos cinco menores PIB do país em 2018.

  • Estados brasileiros com maiores PIB

Unidade da Federação (UF)

PIB em 2018 (x 1.000.000 R$)

1º - São Paulo

2.210.562

2º - Rio de Janeiro

758.859

3º - Minas Gerais

614.876

4º - Rio Grande do Sul

457.294

5º - Paraná

440.029

  • Estados brasileiros com os menores PIB

Unidade da Federação (UF)

PIB em 2018 (x 1.000.000 R$)

27º - Roraima

13.370

26º - Acre

15.331

25º - Amapá

16.795

24º - Tocantins

35.666

23º - Sergipe

42.018

Lista do PIB mundial

Dados divulgados em 2020 pela agência econômica Austin Rating mostraram o Brasil fora dos 10 maiores PIB do mundo. As sucessivas quedas do PIB brasileiro desde 2015 e 2017, associadas ao baixo crescimento nos últimos três anos (2018, 2019 e 2020), fizeram com que nossa economia encolhesse, saindo do seleto grupo dos maiores PIB mundiais.

O Brasil ocupa o 12º lugar no ranking dos maiores PIB do mundo, com produção aproximada de 1,4 trilhão de dólares ou 7,4 trilhões de reais em 2020.

Veja o ranking com os 10 maiores PIB (valores aproximados) do mundo em 2020:

  1. Estados Unidos: 20,8 trilhões de dólares
  2. China: 14,8 trilhões de dólares
  3. Japão: 4,9 trilhões de dólares
  4. Alemanha: 3,7 trilhões de dólares
  5. Reino Unido: 2,6 trilhões de dólares
  6. Índia: 2,59 trilhões de dólares
  7. França: 2,55 trilhões de dólares
  8. Itália: 1,8 trilhão de dólares
  9. Canadá: 1,6 trilhão de dólares
  10. Coreia do Sul: 1,58 trilhão de dólares

Acesse também:  10 países mais pobres do mundo 

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Uniube MG 2016)

A vergonha do personagem Armandinho pode ser explicada pela:

A) Desigualdade de acesso e de condições entre os sujeitos de uma mesma comunidade.
B) Agressão verbal a que estão sujeitos os indivíduos de maior poder aquisitivo.
C) Ausência de direitos sociais das populações das periferias.
D) Negação das políticas públicas de assistência social.
E) Precariedade das condições de trabalho nas indústrias

Resolução

Alternativa A. No cenário internacional, há uma grande disparidade econômica entre as nações. Isso reflete na vida cotidiana em vários níveis: local, regional, nacional, evidenciando desigualdades que, muitas vezes, são mascaradas por índices econômicos.

Questão 2 – (UERJ 2015)

Um consultor canadense, Michael Markieta, desenvolveu um sistema de visualização das rotas de tráfego aéreo ao redor do globo que recria o mapa-múndi, como mostra a imagem. Atualmente, há 58 mil rotas aéreas cruzando os céus nos cinco continentes. Na imagem revelada por Markieta, não causa surpresa o fato de que os pontos mais densos aparecem em áreas onde muitas rotas seguem o mesmo trajeto e têm como destino as maiores cidades do mundo.

Adaptado de vegakosmonaut.blogspot.com.br, 11/06/2013.

Nessa representação das rotas do transporte aéreo comercial, o mapa ilustra a seguinte mudança na geopolítica internacional contemporânea:

A) Aculturação de Áreas periféricas
B) Metropolização de regiões rurais
C) Globalização de países desenvolvidos
D) Conurbação de aglomerações populacionais

Resolução

Alternativa C. As desigualdades econômicas são observadas em vários serviços, incluindo o transporte aéreo. Países desenvolvidos têm mais condições de exercer a globalização do que países periféricos.

Crédito da imagem

[1] Alf Ribeiro / Shutterstock

Por: Átila Matias

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