Metrópoles e áreas metropolitanas

As metrópoles representam algumas das principais formações urbanas do espaço geográfico contemporâneo mundial.

Vista do centro financeiro do Rio de Janeiro, uma das mais importantes metrópoles do Brasil

As metrópoles podem ser definidas como grandes aglomerações urbanas que exercem sobre uma área de entorno ou até sobre cidades distantes uma forte influência em termos de economia, comércio, infraestrutura e até em questões culturais. As metrópoles (do grego: cidade mãe) polarizam em torno de si uma gama de serviços, indústrias e outros inúmeros elementos do espaço geográfico que garante a elas um determinado grau de centralidade.

A formação das metrópoles está diretamente associada a um processo correspondente de constituição das regiões ou áreas metropolitanas, que são, basicamente, um conjunto de cidades-satélites aglomeradas em torno de uma metrópole, mantendo com ela um grande fluxo de capital, mercadorias, pessoas e equipamentos. Em muitos casos, essa união acontece no âmbito físico do espaço urbano, formando cidades coligadas estendidas uma em relação à outra, em um processo conhecido como conurbação.

Portanto, toda região metropolitana constitui-se a partir de uma metrópole principal. Por isso, forma-se uma área do espaço geográfico com relativo grau de desenvolvimento econômico que aglomera um grande quantitativo populacional, principalmente pelas maiores oportunidades profissionais oferecidas por essas localidades. No Brasil, as regiões metropolitanas são instituídas por lei e, por isso, passam a demandar uma política conjunta entre as cidades para formar uma rede integrada de infraestruturas, como saneamento, transporte público, fornecimento de energia, entre outras.

Quando uma metrópole expande-se em termos demográficos e econômicos, a ponto de se integrar regionalmente com outras metrópoles relativamente próximas, forma-se aquilo que chamamos por megalópoles. As megalópoles, portanto, congregam uma rede mais ou menos articulada entre várias metrópoles e regiões metropolitanas.

No Brasil, há uma megalópole formada pelas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e da Baixada Santista, além de todas as outras aglomerações urbanas que se encontram no perímetro dessas cidades. Já a maior megalópole do mundo é a da cidade de Tóquio, no Japão, que abriga, de acordo com dados recentes, um número superior a 36 milhões de habitantes. Outra importante megalópole é a “BosWash”, em um perímetro no leste dos Estados Unidos que reúne metrópoles importantes, como Boston, Nova York e Washington D.C.


Tóquio (Japão) forma a maior aglomeração urbana do planeta

No âmbito da hierarquia urbana mundial e também nacional, existe uma diferenciação das metrópoles quanto aos seus respectivos graus de desenvolvimento e complexidade estrutural e econômica. Nesse ínterim, existem as metrópoles globais, que polarizam cidades de outros países e até de todo o mundo, como São Paulo e Nova York; metrópoles nacionais, como Belo Horizonte e Porto Alegre; e metrópoles regionais, como Campinas, Belém e Goiânia.

As metrópoles são, nesse sentido, grandes centros do sistema capitalista materializados no espaço geográfico. Elas concentram a maior parte do capital e também dos investimentos. As mais importantes delas, além disso tudo, congregam em torno de si importantes instituições para o sistema global, tais como as bolsas de valores e as sedes de grandes empresas multinacionais.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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