Considerado o bioma de transição de distintas vegetações – florestas úmidas da Amazônica, as terras semiáridas do Nordeste brasileiro (caatinga) e o cerrado –, a mata dos cocais está presente na porção oeste do Piauí, leste do Maranhão e norte do Tocantins.
O clima varia de acordo com a região, sendo superúmido a oeste e semiárido a leste. O índice pluviométrico (chuvas) é elevado, entre 1.500 mm a 2.200 mm anuais; já a temperatura média anual é de 26 °C. A vegetação é formada predominantemente por palmeiras, tais como o babaçu, buriti, oiticica e carnaúba.
Nas áreas mais úmidas, localizadas próximas à Amazônia, é comum encontrar o babaçu, que pode atingir de 15 a 20 metros de altura. Essa palmeira é de grande importância econômica, pois sua semente é utilizada pelas indústrias alimentícia, de medicamentos e de cosméticos. O buriti, também encontrado em abundância nessa região, é a principal matéria-prima dos artesãos.
Ao leste, na porção de clima semiárido, encontra-se a carnaúba, cuja altura pode ser de até 20 metros. Também apresenta valor econômico: a folha é empregada como matéria-prima nas indústrias eletrônicas, lubrificantes, perfumarias e na fabricação de plástico e adesivo. A oiticica, por sua vez, é utilizada na fabricação de biocombustíveis, produtos de beleza e higiene.
A fauna é bastante diversificada, composta por espécies da floresta Amazônica, caatinga e cerrado, além de algumas endêmicas, ou seja, encontradas apenas na mata dos cocais. Entre os animais desse bioma estão a arara-vermelha, cobras, gambás, lagartos, macacos, boto, ariranha, vários insetos e aves.