O manguezal é uma formação vegetal típica de zonas litorâneas, sendo muito comum nos locais em que os rios desembocam no mar. Ele é de fundamental importância para o equilíbrio ambiental e para a manutenção da vida marinha, pois esse bioma abriga uma grande biodiversidade e consiste em um berçário natural para várias espécies marinhas, onde peixes, moluscos e crustáceos se reproduzem e se alimentam.
A mistura das águas dos rios (doce) com as águas do mar (salgada) proporciona um ambiente alagado de fundo lodoso, salobro, com pouca oxigenação e grande quantidade de partículas orgânicas. Conforme sua característica, o manguezal pode ser classificado em: mangue-preto (seriúba), mangue-vermelho (mangueiro) ou mangue-branco (tinteiro).
A vegetação predominante é composta por espécies de troncos finos com raízes aéreas e respiratórias, visto que elas se desenvolvem fora da água. Essa vegetação desempenha função importantíssima no processo de fixação do solo, contribuindo de forma significativa para evitar possíveis erosões.
A fauna dos mangues é representada por peixes, moluscos (caramujos e ostras), crustáceos (camarões e caranguejos) e aves (urubus, gaivotas e garças). Além desses já citados, os manguezais também abrigam milhares de pequenos organismos, que se alimentam dos nutrientes presentes nesse bioma.
Os manguezais ocupam uma área de aproximadamente 10 mil quilômetros quadrados no Brasil, estendendo-se do Amapá a Santa Catarina. No entanto, a degradação desse bioma tem se intensificado, sobretudo em razão do desmatamento, poluição dos rios, lançamento de esgoto residencial e industrial, derramamento de petróleo e construção de residências em áreas de mangue.