Inflação

A inflação é um processo econômico que, mantido sobre controle em níveis baixos, não representa um problema para a sociedade.

A inflação refere-se ao aumento dos preços e desvalorização da moeda

A Inflação é o aumento persistente e generalizado dos preços de bens e serviços durante um período determinado. A ocorrência da inflação propicia a diminuição do poder de compra, uma vez que o custo dos produtos torna-se maior, fazendo com a moeda e a renda dos cidadãos e empresas desvalorizem-se. Desde que mantida sob controle, ou seja, a índices baixos, a inflação não é considerada um problema econômico.

É importante ressaltar que a inflação não é somente o aumento dos preços, mas sim o aumento persistente, ou seja, se o preço dos produtos eleva-se durante um ou dois meses por causa de um motivo muito específico (como o aumento de impostos) e depois se mantém contínuo, não há inflação. Ela só ocorre se os preços mantiverem uma sequência de aumentos. Além disso, ela deve ser generalizada, ou seja, abranger uma média a partir de todos os bens e produtos oferecidos pela sociedade, de forma que um produto específico não representa, necessariamente, o aumento da inflação como um todo.

É por causa da inflação que não podemos comparar uma quantidade de dinheiro entre um período e outro sem antes fazer as devidas correções de valores. Por exemplo: um refrigerante há 10 anos custava R$2,00 e hoje o seu preço é de R$5,50, mas dependendo do caso, o seu preço atual pode ser até considerado mais barato do que o antigo, haja vista que a moeda vale menos agora. Em outras palavras, os dois reais de dez anos atrás poderiam sem mais valiosos do que os cinco reais e cinquenta centavos de hoje em dia.

Por esse motivo, o salário-mínimo é sempre reajustado pelo menos uma vez ao ano. O seu aumento mínimo tem de ser percentualmente igual ao da inflação no período desde o último reajuste. Dessa forma, se desde o aumento anterior a inflação foi de 6%, o salário deve elevar-se em pelo menos 6%. Assim, se esse reajuste for de 7%, haverá um ganho real de 1% na renda do trabalhador a cada salário-mínimo que ele recebe.

Como se calcula a inflação?

Basicamente, os índices de inflação são calculados a partir da média de crescimento dos produtos, com um peso maior para aqueles bens ou mercadorias que são mais consumidos pela população em geral. Assim, por exemplo, se os habitantes do país gastam, em média, 20% de seu orçamento em alimentos, o crescimento dos preços nesse setor terá um peso de 20% sobre os cálculos da inflação.

Portanto, os cálculos oficiais da inflação não necessariamente refletem o comportamento da economia em uma dada sociedade. Os índices gerais podem não ser os “seus” índices de inflação, tendo em vista que o seu tipo de consumo pode ser diferente do consumo da média do restante da população.

Existem vários órgãos responsáveis pelo cálculo da inflação no Brasil, tais como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que é responsável pelo IPCA (Índice Médio de Preços ao Consumidor Amplo); além de outras entidades, como a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Por utilizarem diferentes métodos, os dados desses órgãos podem ser diferentes, sendo sempre importante compará-los.

Quais são as causas da inflação?

Existem vários motivos que podem levar à inflação, sobretudo ao seu descontrole. Na literatura especializada, alguns itens são considerados como os principais determinantes para a ocorrência da inflação.

Um desses elementos é o consumo exagerado por parte da população. Quando o governo oferece muitos créditos e a renda dos trabalhadores eleva-se, a tendência é de que ocorram mais gastos em todos os setores. Com isso, a lei da oferta e da procura entra em ação, demonstrando que, quando a procura aumenta além da oferta de produtos, os preços sobem, o que faz com que a inflação também aumente.

Aponta-se também como causa da inflação o aumento repentino e elevado de salários, fazendo com que as empresas, para não diminuírem os seus lucros, repassem esse valor ao consumidor, que passa a pagar mais caro pelos produtos. A isso soma-se a monopolização do mercado, quando há menos empresas disputando por consumidores, o que também provoca a elevação dos preços.

Outro fator responsável pela inflação pode ser a valorização das matérias-primas, o que eleva os preços para além do rendimento dos consumidores. Eventos climáticos comprometem práticas agrícolas e fazem com que vários produtos tenham seus preços elevados. Um exemplo conhecido é o do petróleo, que, por questões políticas e estruturais, pode ter o seu preço aumentado, provocando índices de inflação em combustíveis, além do encarecimento de derivados, como o plástico e alguns tipos de tintas.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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