Furacão

Furacão é um fenômeno meteorológico caracterizado por ventos com velocidade superior a 119 km/h e fortes tempestades que se formam em torno de um centro de baixa pressão.

Furacão é um ciclone tropical formado a partir de um centro de baixa pressão sobre o oceano Atlântico ou o Pacífico oeste.

Furacão é um fenômeno meteorológico caracterizado pela formação de um sistema de ventos intensos e nuvens de tempestade que giram em torno de um centro de baixa pressão atmosférica. Os furacões se formam sobre os oceanos Atlântico e Pacífico quando há o aquecimento de suas águas, o que fornece maior volume de umidade para a camada de ar que paira sobre a sua superfície. Para ser classificados como furacão, os ventos devem superar 119 km/h. As consequências de um furacão vão desde o destelhamento de residências e queda de árvores até a destruição completa de casas, da infraestrutura urbana, com a ocorrência de mortes.

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Resumo sobre furacão

  • Furacão é um sistema formado por ventos giratórios e nuvens de tempestade que se forma em torno de um centro de baixa pressão atmosférica.
  • Os furacões se formam sobre os oceanos Atlântico e Pacífico quando há o aquecimento de suas águas em um patamar de 26,5º ou 27º C. Instala-se, assim, um centro de baixa pressão.
  • O aquecimento libera vapor d’água para a camada de ar que paira sobre o oceano, e a continuidade desse processo dá origem a nuvens de tempestade.
  • Um furacão é classificado como tal quando os ventos atingem 119 km/h. O diâmetro de um furacão varia entre 200 e 400 quilômetros.
  • A intensidade dos furacões é medida pela escala Saffir-Simpson, que prevê também o dano que os ventos causam a depender da sua intensidade.
  • As consequências dos furacões vão desde destelhamento até a destruição completa de residências e da infraestrutura urbana, além de provocar mortes.
  • O Brasil já foi atingido por um furacão. Foi o furacão Catarina em 2004, que passou pelo estado de Santa Catarina. Entretanto, o fenômeno é bastante raro no país.
  • Os nomes dos furacões são preestabelecidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que possui seis listas rotativas com 21 nomes em ordem alfabética.

O que é um furacão?

Um furacão é um tipo de tempestade tropical caracterizado por um sistema de vento giratório que se forma em torno de um centro de baixa pressão sobre as águas dos oceanos. É, portanto, um ciclone que se forma sobre uma superfície hídrica, e tem como principais características os ventos bastante intensos e a instalação do mau tempo atmosférico pelas áreas onde se desloca.

À medida que um furacão avança, ele perde a sua força e se dissipa naturalmente. Esse enfraquecimento é ainda mais rápido quando os ventos passam pelo continente, encontrando uma série de barreiras físicas que são as responsáveis por diminuir a sua velocidade gradativamente.

Formação do furacão

Os furacões se formam em torno de uma área de baixa pressão atmosférica sobre a água dos oceanos, o que, por sua vez, acontece quando há o aquecimento das águas de superfície e subsuperfície (até 50 metros de profundidade) igual ou superior à temperatura de 26,5º C.

Uma vez que as temperaturas se encontram mais altas do que o comum, o processo de evaporação da camada de água presente na superfície é acelerado, fazendo com que haja um maior volume de umidade no ar que fica sobre aquela região específica do oceano. Ao mesmo tempo, essa massa de ar se torna aquecida e passa a realizar um movimento de ascensão.

Os furacões se formam a partir da combinação da água do mar aquecida e de um centro de baixa pressão.

Esse ar quente e úmido que ascende dá origem a nuvens de chuvas e tempestades, que passam a circular em torno do centro de baixa pressão. Inicialmente, tais nuvens giram a uma velocidade moderada de aproximadamente 60 km/h, sendo o fenômeno caracterizado como uma depressão tropical.

À medida que o ar quente e úmido continua a subir e a girar, os ventos se tornam cada vez mais intensos e o conjunto de nuvens de tempestade ganha maior volume. Nota-se que os ventos dentro de um furacão são homogêneos, ou seja, giram no mesmo sentido e apresentam velocidade equivalente. Qualquer alteração ou distúrbio pode enfraquecer a tempestade tropical.

A depressão tropical se torna uma tempestade tropical, e portanto um furacão, somente quando os ventos atingem 119 km/h. O diâmetro da célula de tempestades que constitui um furacão é bastante amplo e varia entre 200 e 400 quilômetros. É importante saber que os furacões se formam em áreas de baixa e de média latitude dos oceanos Pacífico e Atlântico.

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Diferenças entre furacão, tornado e ciclone

Os furacões, os tornados e os ciclones são todos fenômenos atmosféricos que se originam a partir da combinação entre um centro de baixa pressão e ventos intensos que giram ao seu redor. A diferença entre esses fenômenos, mais precisamente os furacões e os tornados, está em suas principais características, como o tempo de duração, as dimensões e a velocidade dos ventos. A seguir, entenda melhor como diferir um fenômeno do outro:

Ciclone

Furacão

Tornado

Nomenclatura genérica para caracterizar uma coluna de ar giratório formada em torno de um centro de baixa pressão atmosférica. Por conter nuvens de tempestade, um ciclone produz mau tempo, e sua passagem provoca muitos estragos, ocasionando até mesmo a morte de pessoas. A duração e as dimensões de um ciclone dependem de fatores como local de origem, condição de formação e trajetória assumida.

Sistema de tempestades tropicais formado em torno de um centro de baixa pressão resultante do aquecimento da camada superficial das águas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Forma-se em baixa e média latitude. Classifica-se como um furacão ventos com mais de 119 km/h que formam células de 200 a 400 quilômetros de diâmetro. Quando ocorrem no oeste do Pacífico e no oceano Índico, passam a se chamar tufão.

Sistema de tempestades tropicais que se formam em torno de um centro de baixa pressão e que se desenvolvem no continente. Um tornado só recebe esse nome quando o seu funil, que é o formato da coluna de vento giratório, toca o solo. Os tornados apresentam menor duração do que os furacões, mas seus ventos são muito intensos, com velocidades de 117 km/h a 530 km/h. O diâmetro dos tornados é menor, chegando a 2 quilômetros.

→ Videoaula sobre diferenças entre furacão, tornado e ciclone

Consequências dos furacões

Os ventos fortes dos furacões podem causar destelhamentos, destruição de residências, danos a infraestruturas e mortes.

Os furacões, como vimos, são caracterizados pelos ventos intensos e pelas tempestades. A junção desses dois fatores pode ter consequências devastadoras nos locais por onde um furacão passa, principalmente em se tratando de áreas densamente habitadas. Entretanto, devemos ponderar que as consequências dos furacões dependem, além do fato de sua trajetória incluir ou não áreas habitadas, da sua intensidade.

A intensidade dos furacões é medida pela escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5, com cada categoria oferecendo um diferente tipo de consequência. Confira, a seguir, as consequências dos furacões de acordo com a sua intensidade:

Categorias da escala

Saffir-Simpson

Velocidade dos ventos

Consequências

1

119 a 153 km/h

Danos em casas de madeira, principalmente telhado e revestimento externo. Queda de árvores e quebra de galhos, o que pode afetar a fiação elétrica e provocar interrupção no fornecimento de energia elétrica.

2

154 a 177 km/h

Casas de madeira bem construídas são muito afetadas pelos ventos, podendo causar remoção do telhado e problemas no revestimento. As árvores podem ser arrancadas do solo, principalmente aquelas com raízes superficiais, além de haver o bloqueio de estradas e vias. Ocorrem problemas mais graves com a infraestrutura elétrica, o que leva à interrupção no serviço por semanas.

3

178 a 208 km/h

Casas de madeira e de alvenaria têm a sua estrutura afetada, notadamente telhados e paredes laterais. As árvores se quebram ou são arrancadas do solo, com o bloqueio de estradas. Interrupção no fornecimento de água e de energia elétrica por um período que pode ir de alguns dias a semanas.

4

209 a 251 km/h

Os danos dessa categoria são catastróficos: perda de estrutura e de paredes externas das casas de madeira e de alvenaria. A maior parte das árvores são arrancadas ou quebradas, havendo também a queda de postes de energia. Na maioria dos casos, os bloqueios de vias, a destruição da infraestrutura urbana e a ausência de serviços básicos como água e energia deixa uma região inabitável por um período que pode durar até meses.

5

252 km/h ou mais

Danos ainda mais severos do que os da categoria anterior ocorrem, como a destruição total de residências tanto de madeira quanto de alvenaria. A infraestrutura urbana, como postes, fios elétricos, ruas e estradas, são igualmente prejudicadas ou destruídas, e os serviços de água e energia ficam indisponíveis por um longo período de tempo. As árvores são arrancadas do solo, e áreas residenciais se tornam inabitáveis.

Maiores furacões do mundo

Vários critérios podem ser utilizados para definirmos os maiores furacões do mundo, um deles é o número de vítimas fatais. Levando isso em consideração, listamos a seguir os cinco maiores furacões do mundo:

  • Great Bhola (Paquistão, 1970): classificado como um furacão de categoria 3, foi o mais mortal do mundo, fazendo entre 300 e 500 mil vítimas fatais.
  • Ciclone do Rio Hooghly (Índia e Bangladesh, 1737): entre 300 e 350 mil pessoas perderam suas vidas na passagem desse ciclone.
  • Ciclone Coringa (Índia, 1839): quase 300 mil pessoas foram mortas na ocasião.
  • Grande Ciclone Backerganj (Índia, 1876): o número de vítimas fatais chegou a 200 mil, com ventos de 230 km/h.
  • Tufão Nina (China, 1975): com ventos de 250 km/h, esse tufão de categoria 4 fez entre 175 e 200 mil vítimas fatais.

No Brasil tem furacão?

Imagem de satélite mostra a aproximação do furacão Catarina ao litoral de Santa Catarina, em 2004.

Os furacões são extremamente raros no Brasil. O único fenômeno do tipo registrado até hoje no país foi o furacão Catarina, que atingiu o estado de Santa Catarina no ano de 2004. Uma combinação de fatores contribui para o fato de não existirem furacões com tanta frequência no território brasileiro, como a temperatura da água do oceano Atlântico: a média térmica próximo ao país fica entre 23 e 24º C, e um aumento tão grande que representa 2,5º C é difícil ocorrer. Em regiões onde os furacões são mais recorrentes, como na América Central e na Ásia, a água é mais aquecida.

Outro ponto importante que afasta os furacões do Brasil é a força de Coriolis, que é mais fraca em áreas de baixa latitude. Não somente isso, mas isso faz com que haja maior desvio de ventos nessa região do planeta, o que não permite a formação de tempestades tropicais.

Saiba mais: Como se forma um tsunami

Como é dado o nome para os furacões?

Os nomes dos furacões são atribuídos pelo Centro Nacional de Furacões da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que possui seis listas contendo 21 nomes cada uma delas. Os nomes alternam entre femininos e masculinos, e estão distribuídos em ordem alfabética. Existem seis listas para os furacões do Atlântico e outras seis listas, estruturadas da mesma maneira, para os furacões do Pacífico.

Para que não haja confusões, os nomes escolhidos são sempre curtos e de pronúncia fácil, o que torna a distinção do fenômeno e a propagação da notícia a seu respeito mais eficaz. Cada lista tem uma rotação de seis anos: isso significa que a lista de nomes de furacões que é usada no ano de 2024 será usada novamente no ano de 2030. Para o ano de 2025, será utilizada uma lista diferente daquela de 2024.

Há nomes que não são mais utilizados nas listas da OMM. Isso porque eles foram atribuídos a furacões muito poderosos e que provocaram danos irreparáveis, tornando-os muito distintos das outras ocorrências. Dentre esses furacões estão o Katrina (2005), o Sandy (2012) e o Harvey (2017), que marcaram a meteorologia mundial e se tornaram nomes únicos.

Fontes

LUMLEY, Graham. How are hurricanes named? BKV Energy, maio 2024. Disponível em: https://bkvenergy.com/blog/hurricane-names/.

NATIONAL WEATHER SERVICE. Saffir-Simpson Hurricane Scale. National Weather Service, [s.d.]. Disponível em: https://www.weather.gov/mfl/saffirsimpson#:~:text=Saffir%2DSimpson%20Hurricane%20Wind%20Scale,%2D177%20km/hr)..

NOAA. What is a hurricane? NOAA, [s.d.]. Disponível em: https://oceanservice.noaa.gov/facts/hurricane.html.

PEIXOTO, Roberto. Por que furacões são extremamente raros no Brasil? G1, 04 jul 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2024/07/04/por-que-furacoes-sao-extremamente-raros-no-brasil.ghtml.

ROCHA, Júlio. O que são furacões? Invivo, 30 nov. 2021. Disponível em: https://www.invivo.fiocruz.br/cienciaetecnologia/o-que-sao-furacoes/.

WMO. Tropical Cyclone Naming. WMO, [s.d.]. Disponível em: https://community.wmo.int/en/tropical-cyclone-naming.

Por: Paloma Guitarrara

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