Fome no mundo

A fome no mundo é uma realidade que afeta milhões de pessoas ao redor do planeta. A fome é caracterizada pela falta de acesso a alimentos suficientes para atender às necessidades nutricionais básicas, o que afeta a saúde física e mental, e está ligada à pobreza e à exclusão social. As causas desse problema global incluem pobreza extrema, conflitos armados, mudanças climáticas, desigualdade social e sistemas alimentares ineficientes. Atualmente, mais de 820 milhões de pessoas sofrem de fome, com a pandemia de covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia agravando ainda mais a situação.

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Resumo sobre a fome no mundo

• A fome no mundo é uma realidade que afeta milhões de pessoas ao redor do planeta.
• A fome é a falta de acesso a alimentos suficientes para atender às necessidades nutricionais básicas, resultando em deficiências energéticas e nutricionais que afetam a saúde física e mental.
• A fome pode se manifestar como fome aguda, com privação extrema, ou crônica, com ingestão insuficiente prolongada, sendo um indicador de pobreza e exclusão social.
• As causas da fome no mundo incluem pobreza extrema, conflitos armados, mudanças climáticas, desigualdade social, crises econômicas e sistemas alimentares ineficientes, que afetam a produção, distribuição e acesso a alimentos, especialmente em comunidades vulneráveis e marginalizadas.
• Atualmente, mais de 820 milhões de pessoas sofrem de fome, o que é agravado por conflitos, mudanças climáticas e crises econômicas, com a pandemia de covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia contribuindo para o aumento da insegurança alimentar global, principalmente em regiões já fragilizadas.
• Cerca de 2,3 bilhões de pessoas vivem em insegurança alimentar moderada ou grave, com mais de 800 milhões enfrentando insegurança alimentar grave.
• O mapa da fome destaca regiões críticas como África Subsaariana, Oriente Médio, Ásia Meridional e América Latina, onde conflitos, pobreza e mudanças climáticas elevam os índices de insegurança alimentar, exigindo ações coordenadas para combater a fome.
• A ONU, por meio de agências como FAO, PMA e FIDA, trabalha para erradicar a fome até 2030, promovendo a agricultura sustentável, assistência alimentar e resiliência comunitária, além de campanhas globais para mobilizar recursos e apoio para populações vulneráveis.
• A fome acompanha a humanidade desde tempos antigos, com episódios devastadores como a Grande Fome de 1315-1317 na Europa e crises nos séculos XIX e XX, muitas vezes usados como armas políticas e exacerbadas por desastres naturais e políticas inadequadas.
• A fome causa desnutrição, problemas de saúde, baixa produtividade econômica e instabilidade social, afetando gravemente o desenvolvimento físico e mental das crianças e gerando custos elevados para os sistemas de saúde, além de contribuir para conflitos e violência.

O que é fome?

Fome é a condição em que um indivíduo não possui acesso suficiente a alimentos necessários para suprir suas necessidades nutricionais básicas, resultando em deficiências energéticas e nutricionais. Esse estado pode se manifestar de diferentes formas, desde a fome aguda, em que há privação extrema de alimentos, até a fome crônica, caracterizada pela ingestão insuficiente de nutrientes por um longo período.

A fome pode levar a sérias consequências para a saúde física e mental, afetando o crescimento, a capacidade cognitiva e o sistema imunológico. Além disso, a fome está intrinsecamente ligada à pobreza, à desigualdade e a questões sociais e econômicas, sendo um indicador crítico de vulnerabilidade e exclusão social.

Quais as causas da fome no mundo?

A fome no mundo é uma realidade que afeta milhões de pessoas ao redor do planeta. Suas causas são complexas e multifacetadas, envolvendo uma combinação de fatores naturais, econômicos, políticos e sociais. Entre as principais causas estão:

• Pobreza: a pobreza é uma das principais causas da fome. Indivíduos e famílias que vivem em situação de pobreza extrema não possuem recursos suficientes para comprar alimentos adequados e nutritivos, o que leva à insegurança alimentar.
• Conflitos e guerras: conflitos armados e guerras causam deslocamento forçado de populações, destruição de infraestrutura agrícola e interrupção de mercados de alimentos. Regiões afetadas por conflitos, como partes da África e do Oriente Médio, enfrentam altos níveis de fome devido à instabilidade e à insegurança.
• Mudanças climáticas: eventos climáticos extremos, como secas, enchentes e tempestades, afetam a produção agrícola, resultando em perda de colheitas e aumento dos preços dos alimentos. Comunidades dependentes da agricultura para subsistência são especialmente vulneráveis a essas mudanças.
• Desigualdade e exclusão social: a distribuição desigual de recursos e oportunidades contribui para a fome, com grupos marginalizados, como mulheres, minorias étnicas e comunidades rurais, enfrentando maiores dificuldades para acessar alimentos.
• Problemas econômicos: crises econômicas, desemprego e inflação afetam o poder de compra das pessoas, dificultando o acesso a alimentos. Políticas econômicas inadequadas também podem agravar a situação, como subsídios agrícolas que favorecem grandes produtores em detrimento dos pequenos.
• Sistemas alimentares ineficientes: o desperdício de alimentos e a má gestão dos sistemas de distribuição e transporte de alimentos resultam em perdas significativas, exacerbando a fome em regiões onde os alimentos são escassos.

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Fome no mundo na atualidade

Na atualidade, a fome continua a ser um dos maiores desafios globais, apesar dos avanços tecnológicos e do aumento na produção de alimentos. Segundo o relatório de 2023 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mais de 820 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. A pandemia de covid-19 agravou a situação, interrompendo cadeias de abastecimento, afetando a economia e exacerbando a pobreza em muitas regiões.

Além disso, a crise alimentar global foi intensificada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, um dos maiores exportadores de grãos e óleo vegetal do mundo. O conflito causou disrupções significativas nos mercados globais de alimentos, elevando os preços e tornando ainda mais difícil para países dependentes de importações alimentares garantir a segurança alimentar de suas populações.

A fome também é exacerbada por crises climáticas, como secas prolongadas na África Oriental e inundações devastadoras na Ásia. Essas condições dificultam a agricultura, limitam o acesso a alimentos e aumentam a dependência de ajuda humanitária.

Dados da fome no mundo

Os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) indicam que, em 2023, cerca de 29,3% da população mundial, o que corresponde a aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas, viviam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. Entre essas, mais de 800 milhões enfrentam insegurança alimentar grave, o que significa que frequentemente passam dias sem se alimentar adequadamente.

Na África, mais de um quinto da população enfrenta fome, com níveis alarmantes de desnutrição em países como Sudão do Sul, República Centro-Africana e Iêmen. Na Ásia, regiões como Afeganistão e Síria também apresentam altos índices de fome devido a conflitos e crises econômicas. Na América Latina, a Venezuela e o Haiti são exemplos de países que lutam contra a fome exacerbada por crises políticas e econômicas.

Além disso, as taxas de desnutrição infantil permanecem altas. Cerca de 149 milhões de crianças com menos de cinco anos estão abaixo do peso para a idade, enquanto mais de 45 milhões apresentam desnutrição aguda. Esse quadro mostra que a fome é um problema que afeta não apenas o presente, mas compromete o desenvolvimento e o futuro de milhões de crianças.

Em 2023, cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome, o que equivale a uma em cada 11 pessoas no mundo e uma em cada cinco na África. Entre 713 e 757 milhões de pessoas estão desnutridas, com aumento significativo em relação a 2019. Se a tendência atual continuar, 582 milhões de pessoas estarão cronicamente subnutridas em 2030, metade delas na África. Cerca de 2,33 bilhões enfrentaram insegurança alimentar moderada ou grave, e mais de 2,8 bilhões não puderam pagar por uma dieta saudável.

Mapa da fome no mundo

O "Mapa da Fome" é uma ferramenta desenvolvida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para visualizar a prevalência da fome em diferentes regiões do mundo. Ele destaca áreas onde a fome é mais severa e ajuda a direcionar a assistência e os recursos para as populações mais necessitadas. De acordo com o mapa, as regiões com maior prevalência de fome são:

• África Subsaariana: essa região apresenta os maiores índices de fome do mundo. Países como Sudão do Sul, Somália e República Democrática do Congo enfrentam crises alimentares severas, muitas vezes causadas por conflitos prolongados e mudanças climáticas adversas.
• Oriente Médio e Norte da África: a insegurança alimentar é alta em países como Iêmen e Síria, onde os conflitos armados devastaram a infraestrutura agrícola e o acesso a alimentos.
• Ásia Meridional e Sudeste Asiático: Índia, Paquistão e Bangladesh têm grandes populações que vivem em insegurança alimentar, agravada por crises econômicas e climáticas.
• América Latina e Caribe: países como Venezuela e Haiti enfrentam altos níveis de fome devido a crises políticas, econômicas e ambientais.

ONU e a fome no mundo

A Organização das Nações Unidas (ONU) desempenha um papel fundamental no combate à fome global. Diversas agências da ONU, como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), trabalham em conjunto para enfrentar os desafios da fome e promover a segurança alimentar.

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 2 da ONU é "Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição, e promover a agricultura sustentável". Esse objetivo visa erradicar a fome e todas as formas de desnutrição até 2030, com metas específicas para reduzir o número de pessoas que vivem em insegurança alimentar e aumentar a produtividade agrícola.

A ONU também realiza campanhas de arrecadação de fundos e de conscientização, como a "Fome Zero", que busca mobilizar a comunidade internacional para enfrentar a fome. Além disso, a ONU apoia projetos de desenvolvimento agrícola sustentável, promove a resiliência de comunidades vulneráveis e fornece assistência alimentar em situações de emergência.

História da fome no mundo

A fome é um fenômeno histórico que acompanha a humanidade desde os tempos antigos. Durante a Idade Média, episódios de fome eram comuns na Europa devido a condições climáticas adversas e à falta de técnicas agrícolas avançadas. Um dos exemplos mais conhecidos é a Grande Fome de 1315-1317, que devastou grande parte do continente europeu, levando milhões à morte.

Nos séculos XIX e XX, a fome continuou a ser um problema global, especialmente durante eventos como a Grande Fome Irlandesa (1845-1852) e a fome na União Soviética na década de 1930, resultado da coletivização forçada. No século XX, a fome foi usada como uma arma de guerra e opressão em vários contextos, como na China de Mao Tse-Tung e no Camboja de Pol Pot.

No entanto, nas últimas décadas, o mundo testemunhou uma redução significativa na fome global, graças a avanços na agricultura, políticas de segurança alimentar e assistência internacional. Mesmo assim, a fome ainda persiste como um grave problema, especialmente em regiões afetadas por conflitos e mudanças climáticas.

Consequências da fome no mundo

As consequências da fome são devastadoras e multifacetadas, afetando a saúde, a economia e a sociedade como um todo. A desnutrição causada pela fome leva a uma série de problemas de saúde, como atraso no crescimento, deficiência cognitiva, imunidade reduzida e maior susceptibilidade a doenças. Em crianças, a fome pode resultar em danos permanentes ao desenvolvimento físico e mental.

A fome também tem impactos econômicos, reduzindo a produtividade da força de trabalho e aumentando os custos com saúde. Países com altos níveis de fome enfrentam dificuldades para desenvolver suas economias e melhorar a qualidade de vida de suas populações.

No âmbito social, a fome gera instabilidade e pode contribuir para o aumento da violência e dos conflitos. Em situações extremas, a falta de alimentos pode levar ao colapso social, como observado em crises humanitárias em regiões como a Somália e o Sudão do Sul.

Notas

^|1| ONU Brasil. Níveis de fome seguem persistentemente altos por três anos consecutivos enquanto crises alimentares se intensificam. 2023. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/274884-onu-n%C3%ADveis-de-fome-seguem-persistentemente-altos-por-tr%C3%AAs-anos-consecutivos-enquanto-crises.

Fontes

BRASIL. Mapa da Fome da ONU: insegurança alimentar severa cai 85% no Brasil em 2023. Secretaria Especial de Comunicação Social, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2024/07/mapa-da-fome-da-onu-inseguranca-alimentar-severa-cai-85-no-brasil-em-2023.

ONU Brasil. Níveis de fome seguem persistentemente altos por três anos consecutivos enquanto crises alimentares se intensificam. 2023. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/274884-onu-n%C3%ADveis-de-fome-seguem-persistentemente-altos-por-tr%C3%AAs-anos-consecutivos-enquanto-crises.