Estado, Nação e Governo são termos distintos, mas de grande relevância no âmbito da política internacional e da geopolítica.
Em muitos casos, os conceitos de Estado, Nação e Governo são vistos como sinônimos ou até utilizados em conjunto, como em “Estados Nacionais” ou em “Estado-nação”. No entanto, se levarmos em consideração a precisão exata de cada um desses conceitos, veremos que se trata de terminologias distintas que precisam ser corretamente esclarecidas.
Qual é a diferença entre Estado, Nação e Governo?
O Estado, primeiramente, é uma organização institucionalizada, gerada a partir da soberania territorial, ou seja, um Estado, para constituir-se, precisa exercer um domínio soberano sobre uma determinada faixa do espaço geográfico (um território) e também ter esse domínio reconhecido internacionalmente.
É importante, porém, destacar que o Estado (com “E” maiúsculo”) é diferente de estado (com “e” minúsculo”), que significa apenas uma província ou unidade federativa de um país.
Uma Nação, por sua vez, é um conceito um pouco mais subjetivo que o de Estado, estando relacionada com questões de identidade da população, cultura, idioma, valores históricos, entre outros fatores. Por isso, uma nação pode não corresponder necessariamente a um Estado, ou sequer possuir um, como é o caso dos Curdos, que vivem no Oriente Médio e são conhecidos como a maior nação sem Estado do mundo.
Já a noção de Governo está praticamente filiada à de Estado. Sabemos que um Estado é formado por várias instituições, que, por isso, são chamadas de públicas: as escolas, as penitenciárias, entre outros. O governo, nesse caso, é apenas mais uma dessas instituições e possui a função de administrar esse Estado e a população dele correspondente.
Em muitos casos, existe aquilo que chamamos de Estados multinacionais, ou seja, que abrigam muitas nações em seu território. Um exemplo é a Espanha, que apresenta várias nações em seu território, como os Catalães, os Espanhóis, os Bascos e os Navarros. Muitas dessas nações clamam pela sua independência, isto é, a constituição de seu próprio território para nele exercer sua soberania.