A escala cartográfica envolve a relação entre o espaço real e sua representação cartográfica.
Em Cartografia, os mapas formam uma representação de um determinado local do espaço. Essa representação, no entanto, não corresponde ao tamanho fiel do lugar representado, tratando-se de uma redução. O mapa do Brasil, por exemplo, só cabe em um pedaço de papel porque tivemos de “diminuir” a sua área milhares de vezes, pois senão seria impossível representar os seus diferentes fenômenos e elementos.
Dessa forma, é preciso que se compreenda que essa redução não é feita de forma aleatória, mas deve respeitar as proporções das diferentes localidades. Essa proporção é chamada de escala.
A escala é, portanto, a proporção matemática entre um dado espaço geográfico e sua representação cartográfica, designando quantas vezes foi necessário diminuir aquela área para que ela coubesse no plano onde foi produzida. Sendo assim, a escala (E) é diretamente proporcional à distância no mapa (d) com a distância da área real (D), resultando na seguinte fórmula:
E = d
D
Se uma estrada, que mede 5 km (o equivalente a 500.000 cm), for representada em 5 cm no mapa, teremos que:
E = 5 ÷ 500.000 → E = 1 ÷ 100.000
Portanto, a escala desse mapa em questão é de 1 para 100 mil, o que significa que a área da estrada foi reduzida cem mil vezes na representação do mapa. Assim sendo, para ilustrarmos essa escala, existem duas formas diferentes: a escala numérica e a escala gráfica.
A escala numérica, como o próprio nome sugere, é representada por uma disposição dos números em forma de fração ou razão. No numerador dessa divisão estará sempre a área do mapa (geralmente a medida mínima de 1 cm) e, no denominador, a área real equivalente. No caso do exemplo acima citado, a escala numérica expressa-se da seguinte forma:
1: 100.000
A vantagem desse tipo de escala é que ela demonstra quanto cada centímetro do mapa representa na realidade, fornecendo-nos certa noção do tamanho da área representada.
Já a escala gráfica é a representação visual da escala e utiliza uma linha dividida em partes iguais. Ainda seguindo o exemplo anterior, a escala gráfica seria representada em uma das seguintes formas (imagine que cada espaço possui um centímetro):
Representações da escala gráfica
A vantagem da escala gráfica está em oferecer uma impressão visual da proporção entre o mapa e a realidade. Além disso, para ampliar o mapa, não é necessário recalcular a escala, basta ampliar a escala gráfica junto, o que torna mais fácil o seu manuseio.
Escala grande ou escala pequena?
Muitas pessoas costumam confundir-se ao tentar saber se uma escala é grande ou pequena, ou ainda se uma escala é maior ou menor do que a outra. No entanto, essa é uma tarefa bastante simples.
Imagine um mapa com escala de 1:200.000 e depois imagine outro com uma escala de 1:5000. Qual das escalas é maior?
No primeiro mapa, a área foi reduzida mais de 200.000 mil vezes, enquanto no segundo ela foi reduzida “apenas” 5 mil vezes. Portanto, a escala do segundo mapa é maior, pois houve uma redução menor da área.
Para não esquecer, considere o fato de que a escala, como já apontamos, é uma fração. O cálculo de uma divisão de 1 por 200 mil, com certeza, dará um número bem menor do que uma divisão de 1 por 5 mil, não é mesmo? Por isso, a primeira escala é menor.
Dessa forma, estabelece-se a seguinte sentença: quanto maior a área representada, maior a redução e menor é a escala, e vice-versa. Escalas grandes permitem um detalhamento maior das informações, enquanto escalas pequenas, por representarem grandes áreas, permitem um detalhamento menor.
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