Ao estudarmos os níveis de desenvolvimento humano pelo mundo, percebemos que há uma grande disparidade entre as nações mais desenvolvidas e as economias periféricas.
O nível geral da qualidade de vida dos países nas diferentes partes do mundo é de difícil mensuração, pois esse, quase sempre, se trata de um elemento subjetivo, embora também apresente características gerais, como o acesso à alimentação, saúde e educação. Todavia, existe um importante conceito que visa analisar minimamente as condições de vida existentes no planeta, o de Desenvolvimento Humano.
Esse conceito é calculado por meio do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que é realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Esse cálculo é efetuado a partir de três principais variáveis, a saber: esperança de vida ao nascer; taxa de alfabetização e escolarização e o PIB per capta (Produto Interno Bruto dividido pela população). Assim, o IDH é calculado e depois medido em um índice que vai de 0 a 1.
O Desenvolvimento Humano pelo mundo apresenta-se em distintos parâmetros, reproduzindo, em partes, os níveis de desigualdade existentes entre as mais diferentes nações do planeta. Assim, conforme o valor de seus respectivos IDHs, eles são categorizados da seguinte maneira:
Classificação dos países de acordo com o IDH
Muito alto: acima de 0,900 (10 países)
Alto: de 0,800 a 0,899 (39 países)
Médio: de 0,500 a 0,799 (105 países)
Baixo: abaixo de 0,499 (33 países)
Os países com IDH muito alto são, em sua grande maioria, de economias desenvolvidas e apresentam uma elevada qualidade de vida de suas populações. Boa parte deles encontra-se na Europa, mas também na Ásia, na América do Norte e na Austrália. O país com o maior IDH em 2014 foi a Noruega (0,944), seguida pela Austrália (0,933) e pela Suécia (0,917). Merecem destaque também os Estados Unidos (5º colocado com 0,914), a Alemanha (6º, com 0,911) e o Canadá (0,902).
Os países com IDH alto envolvem também muitos países considerados desenvolvidos e também alguns emergentes ou em desenvolvimento, tais como o Japão (17º colocado, com 0,890), a Finlândia (24º, com 0,879), o Chile (41º, com 0,822), Cuba (44º, com 0,815) e Argentina (49º, com 0,808), segundo dados do PNUD referentes a 2014.
Os países com IDH médio constituem a maioria, em um total de 105 nações. Essa classificação, no caso, é muito abrangente por envolver os países que estão de 0,500 até 0,799, o que explica a quantidade maior de territórios. Em sua maioria, são nações emergentes ou subdesenvolvidas, dentre as quais podemos destacar o Uruguai (50º, com 0,790), a Rússia (57º, com 0,788), a Turquia (69º, com 0,759), o Brasil (79º, com 0,744), a China (91º, com 0,719), o Paraguai (111º, com 0,676) e Camarões (152º, com 0,504).
Por fim, o grupo de países com IDH baixo é quase todo constituído por nações do continente africano, com exceção das Ilhas Salomão (0,491), do Haiti (0,471) e do Afeganistão (0,468). Os dois últimos colocados são a República Democrática do Congo (0,338) e o Níger (0,337), lembrando que o Sudão do Sul não possui dados por ter sido recém-criado, mas conta com gravíssimos problemas sociais e econômicos que o colocariam também entre os últimos.
População da República Democrática do Congo, o segundo pior IDH do mundo *
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