O crescimento vegetativo é um conceito bastante utilizado no estudo sobre o crescimento natural das populações, isto é, sem levar em consideração o saldo migratório.
O crescimento vegetativo – ou, simplesmente, crescimento natural – refere-se ao crescimento da população em um determinado território com base no número de pessoas que nasceram em um determinado período em comparação com o número de falecimentos. Indica, dessa forma, a expansão natural da população em uma dada localidade.
O conhecimento do crescimento natural ou vegetativo de uma região é importante porque é possível verificar a capacidade da população em se manter estável ou, a depender do caso, de apresentar uma explosão demográfica. Na Europa, por exemplo, as baixas taxas de crescimento vegetativo e as elevadas taxas migratórias geram uma série de previsões relativas às mudanças no perfil étnico da população no futuro.
Em termos de caracterização numérica, o crescimento natural é a diferença entre as taxas de mortalidade e as taxas de natalidade, sendo geralmente medido em porcentagem (%) ou permilagem (‰). Assim, para realizar o cálculo do crescimento vegetativo, é preciso conhecer esses dois conceitos em questão.
Taxa de natalidade (Tn): número de nascidos vivos dividido pelo número de habitantes.
Taxa de mortalidade (Tm): número de falecimentos dividido pelo número total de habitantes.
Assim, o crescimento vegetativo é obtido pela seguinte fórmula:
CV = Tn – Tm
Em países subdesenvolvidos e em alguns emergentes, as taxas de natalidade são bastante acentuadas, ao passo que as taxas de mortalidade apresentam reduções recentes, o que representa uma elevada taxa de crescimento vegetativo. Esse panorama revela um cenário de relativa explosão demográfica, flagrante em países como a Nigéria, África do Sul e Indonésia.
Já em boa parte dos países desenvolvidos, sobretudo a Europa e o Japão, as taxas de crescimento vegetativo são muito baixas, o que vem gerando um relativo envelhecimento da população, uma vez que a média de idade dos habitantes vai se elevando cada vez. Isso acontece porque tanto a natalidade quanto a mortalidade desses países são muito baixas, em contraposição à expectativa de vida, que é muito acentuada.
O território brasileiro, por sua vez, vem registrando uma mudança nesse perfil demográfico. Até a década de 1960, enquanto as taxas de natalidade eram muito elevadas, as taxas de mortalidade já vinham diminuindo desde o início do século XX, gerando uma alta no crescimento vegetativo no Brasil. Atualmente, a natalidade também se encontra muito baixa, o que vem provocando um índice de crescimento natural no país cada vez menor.