A agricultura orgânica reúne um conjunto de técnicas agrícolas que visam à melhor qualidade dos alimentos e à preservação do meio natural.
A agricultura orgânica é um sistema de produção agrícola caracterizado pelo emprego de técnicas totalmente naturais de cultivo, sem o uso de produtos químicos – como fertilizantes, agrotóxicos e outros. O objetivo da prática da agricultura orgânica é garantir uma produção eficiente de alimentos sem comprometer a saúde de quem os consome e mantendo a conservação dos solos e da natureza em geral.
Os princípios básicos da agricultura orgânica giram em torno do respeito à natureza, sem o esgotamento dos recursos naturais; da diversificação das culturas durante os sucessivos cultivos; do entendimento do solo como um organismo vivo e da substituição dos insumos químicos por técnicas e instrumentos orgânicos.
Muitas pessoas, preocupadas com a saúde e com a qualidade dos alimentos que consomem, manifestam a sua preferência em relação aos produtos de origem orgânica, pois consideram a qualidade deles muitos superior à dos demais. Além disso, os defensores desse sistema de produção consideram que, se a sua prática fosse mais difundida, vários problemas ambientais poderiam ser evitados e o desenvolvimento sustentável seria um objetivo mais acessível para os países.
Apesar dessas características, a produção agrícola realizada com essas técnicas é ainda muito incipiente no mundo. A agricultura orgânica no Brasil, por exemplo, apesar dos amplos incentivos recebidos, ocupa somente 0,27% de toda as terras agrícolas do país, estando quase sempre associada a agricultores familiares. O maior produtor mundial nesse segmento é a Austrália, que destina cerca de 12 milhões de hectares a essa atividade, embora isso corresponda a apenas 2,93% de suas áreas agrícolas.
Os principais procedimentos utilizados na agricultura orgânica são:
– Adubação verde, técnica de enriquecimento do solo pelo uso de leguminosas sobre a superfície, onde elas entram em decomposição e fornecem compostos naturais que ajudam na fertilidade, principalmente o nitrogênio;
– Adubação orgânica, o uso de materiais como esterco de origem animal e outros;
– Utilização de chorume e estercos líquidos curtidos, desde que esses não sejam tratados quimicamente;
– Emprego da técnica da minhocultura, que permite uma maior nutrição e enriquecimento do solo, além de sua porosidade;
– Uso comedido e racional da água;
– Emprego de rochas e minerais moídos para obter enriquecimento de nutrientes ou para correção da acidez dos solos.