A lua é o único satélite natural da Terra. Formada há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, ela acompanha o planeta ao longo de sua órbita ao redor do Sol.
A lua é o único satélite natural da Terra. Esse corpo celeste acompanha o planeta em seu movimento ao redor do Sol. Em função do movimento que desenvolve ao redor da Terra e da luz do Sol que é refletida pela superfície lunar, a lua apresenta quatro fases distintas, percebidas pela forma como a vemos no céu. Embora a origem da lua seja ainda motivo de discussões, acredita-se que ela tenha se formado de fragmentos de uma grande colisão da Terra com um corpo celeste.
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Quais são as características da lua?
A lua é o único satélite natural do planeta Terra. Acompanha, portanto, o planeta em sua órbita pelo Sistema Solar a uma distância média de 384.400 km. Seu tamanho é de cerca de ¼ da Terra. Suas principais características são:
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Diâmetro equatorial: 3.474,8 km.
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Massa: 7,348 x 1022 kg, o que equivale a 0,0123 Terras.
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Volume: 2,1958 x 10 10, o que equivale a 0,020 Terras.
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Área da superfície: 3,793 x 107, o que equivale a 0,074 Terras.
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Movimento de rotação (ao redor de si mesma): 27 dias, sete horas e 43 minutos.
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Movimento de revolução (ao redor da Terra): 27 dias, sete horas e 43 minutos.
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Movimento de translação (ao redor do Sol): 365 dias, cinco horas e 48 minutos.
Assim como a Terra, a lua possui crosta sólida, formada por rochas, com espessura variável entre 70 km e 150 km. Cabe ressaltar que uma parte da crosta é bem mais espessa que outra, o que confere ao satélite uma superfície desnivelada. Além da crosta, também possui manto e núcleo, onde se encontra grande quantidade de ferro.
Sabe-se também que a lua possui atmosfera, embora inferior à da Terra, por isso foi desprezada por um longo período. A atmosfera lunar é constituída essencialmente por argônio, hélio, sódio, potássio e hidrogênio. Com essa estrutura simples, na atmosfera lunar as variações de temperaturas são enormes: -184º C durante a noite e 214º C durante o dia. Nos polos, a temperatura é constante: -96º C.
Curiosidade Como os movimentos de rotação e revolução da lua têm a mesma duração, aproximadamente 28 dias, sempre enxergamos a mesma face da lua. |
Quais são as fases da lua?
A lua é um satélite da Terra e não possui luz própria. Em função disso, ela apenas reflete a luz que recebe do Sol. Essa reflexão da luz solar acompanhada do movimento que a lua desenvolve ao redor da Terra nos faz enxergar sua superfície de formas diferentes.
Sendo assim, são quatro as fases mais características da lua durante seu movimento de revolução, ou seja, aproximadamente 28 dias. Além dessas fases, ela possui outras consideradas intermediárias, conforme pode ser identificado na imagem acima. Veja mais a seguir sobre suas principais fases.
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Nova: nessa fase, a face visível da lua não recebe luminosidade do Sol. Nesse momento, os dois astros estão na mesma direção, e praticamente não vemos a lua da superfície terrestre.
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Crescente: nessa fase, a lua tem a forma de semicírculo com a parte convexa voltada para o leste. A partir disso, a superfície lunar recebe cada vez mais luminosidade, caminhando para a sua fase cheia.
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Cheia: nessa fase, toda a face visível da lua está iluminada. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, por isso a face visível da lua recebe totalmente a luminosidade do Sol.
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Minguante: nessa fase, a lua tem a forma de semicírculo com sua convexidade voltada para o leste. No decorrer dessa fase, a superfície lunar iluminada reduz até perder a reflexão da luz, atingindo a fase nova.
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Relação da lua com a Terra
A relação da lua com a Terra envolve desde conhecimentos científicos a superstições. Cientificamente, a influência mais conhecida da lua sobre a Terra diz respeito ao movimento das marés.
Por possuir gravidade, a lua pode influenciar na movimentação de grandes porções de água presentes na superfície terrestre. As marés baixas e altas, facilmente verificadas no litoral, resultam dessa influência.
A lua não possui influência direta no corpo humano. Ao contrário de que dizem inúmeras crenças, cortes de cabelo, por exemplo, não devem levar em consideração as fases da lua, uma vez que o corpo celeste não causa nenhuma influência nesse sentido.
Qual a origem e formação da lua?
Muitas teorias já foram formuladas a fim de explicar a origem da lua. As mais conhecidas são:
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Teoria de coacréscimo: estabelece que a lua se formou ao redor da Terra ao longo da formação do Sistema Solar. A lua seria o resultado de uma sobra de material que gravitou ao redor da Terra.
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Teoria da fissão: determina que lua e Terra teriam sido um único corpo, e, com o movimento de rotação da Terra, pedaços do planeta teriam se desprendido e dado origem ao satélite. A teoria não é muito aceita, porque a região de onde teria se desprendido o material para formar a lua, o oceano Pacífico, não tem tamanho suficiente para gerar um corpo tão grande.
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Teoria da captura: afirma que a lua foi formada distante da Terra e atraída pela força gravitacional do planeta. Não é bem aceita, porque cálculos mostram que o poder de atração da Terra não seria capaz de atrair um corpo tão grande.
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Teoria da grande colisão: datada de 1975 e com boa aceitação perante a comunidade científica, estabelece que uma colisão ocorrida entre a Terra e outro corpo celeste do tamanho de Marte, denominado Theia, há cerca de quatro bilhões de anos, teria gerado material para a formação da lua.
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Teoria das múltiplas colisões: tratando-se da publicação mais recente, feita em 2017, essa teoria determina que a lua é o resultado de várias colisões que o planeta Terra sofreu. Essas colisões proporcionaram a saída de uma grande quantidade de material da Terra, criando várias “miniluas” que se fundiram ao longo do tempo.
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Qual a etimologia de “lua”?
A palavra lua vem do termo em latim Luna, o nome da deusa ligada ao satélite na mitologia romana. Os demais satélites naturais do nosso Sistema Solar, que orbitam outros planetas, também são chamados de luas, mas recebem nomes específicos.
Estudos sobre a lua
A observação da lua é feita desde o surgimento do ser humano no planeta Terra. A presença do satélite, especialmente por conta da visualização nítida de suas fases, sempre foi motivo de curiosidade por parte dos humanos, que, desde a Idade Antiga, demarcam o tempo por meio de suas fases.
Na Idade Média, Galileu Galilei foi o primeiro a identificar elementos importantes sobre a superfície lunar, como a sua forma e a presença das crateras. Isso foi possível com a utilização de telescópio.
À medida que a Astronomia evoluiu, especialmente a partir do século XIX, os estudos e conhecimentos a respeito da lua se aprimoraram. Principalmente em função da corrida espacial travada pelas superpotências da Guerra Fria, Estados Unidos e ex-União Soviética, foi no século XX que, com estudos mais apurados sobre o satélite, os conhecimentos sobre a lua permitiram a chegada do ser humano a ela em janeiro de 1969, com a missão estadunidense Apollo 11.
Os estudos científicos, que só aumentam com o passar dos anos, permitem o estabelecimento de certezas sobre a lua que envolvem sua estrutura física e química, atmosfera, relação com o planeta Terra, movimentos e até presença de água congelada. Atualmente, os países que mais financiam estudos sobre ela são: Estados Unidos, Rússia, China, Índia e Japão.