O telescópio espacial Hubble foi lançado pela NASA em 1990 e é um dos principais instrumentos para coleta de dados astronômicos utilizados atualmente.
O telescópio espacial Hubble, nome dado em homenagem ao astrônomo estadunidense Edwin Hubble, é um dos mais importantes aparelhos para captação de imagens do Universo já construídos pelo homem. A sua importância vem do fato de que ele orbita a Terra a uma altitude de 600 km, captando imagens de um ponto fora da atmosfera terrestre. Assim, as imagens obtidas não apresentam interferências da atmosfera e as observações não ficam condicionadas a aspectos climáticos.
Lançamento e objetivos
O telescópio Hubble foi lançado pela NASA a bordo da nave Discovery, em abril de 1990. A primeira visita para manutenção do telescópio ocorreu em dezembro de 1993. Nessa ocasião astronautas corrigiram uma distorção óptica do espelho principal que impossibilitava o equipamento de focalizar objetos.
Por intermédio do telescópio espacial Hubble, pretende-se investigar a composição e características físicas de corpos celestes, observar galáxias e estrelas para entender melhor a sua formação e levantar dados para a compreensão da história e evolução do Universo.
Estrutura do Hubble
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Tipo de telescópio: O Hubble é um telescópio refrator. Seu principal elemento é um espelho de 2,4 m de diâmetro;
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Órbita: 600 km;
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Período de translação ao redor da Terra: 95 min;
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Fonte de energia: Energia solar captada por painéis solares de aproximadamente 30 m2;
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Massa: 11.600 kg;
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Comprimento: 13,2 m.
Importância para Astronomia
As informações conseguidas por meio do telescópio Hubble têm gerado inúmeros avanços na Astronomia, possibilitando a descoberta de novos dados sobre o Universo.
Veja alguns avanços proporcionados pelo telescópio Hubble:
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Possibilitou uma medida mais precisa das distâncias de estrelas gigantes e supergigantes, o que possibilitou uma melhor compreensão da medida da taxa de expansão do universo;
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Forneceu características importantes de exoplanetas, planetas fora do nosso Sistema Solar;
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Detectou a colisão de cometas em Júpiter no ano de 1994, possibilitando uma maior compreensão do maior planeta do Sistema Solar;
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Mostrou a abundância de buracos negros. Quase toda galáxia observada apresenta um buraco negro em seu interior;
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Captou imagens de espaço profundo e ultraprofundo, onde é possível perceber galáxias com bilhões de anos-luz da Terra.
Estrutura do telescópio Hubble
O telescópio Hubble é uma Máquina do Tempo?
Para enxergarmos determinado objeto, é preciso que a luz saia desse objeto e atinja nossos olhos. Para objetos do nosso cotidiano, o intervalo de tempo entre a emissão e a detecção da luz pelos nossos olhos é praticamente nulo, mas como fica a observação no Universo?
A imagem a seguir foi captada pelo telescópio Hubble em 1995 e representa a Nebulosa da Águia, também conhecida como Pilares da Criação. A distância entre essa nebulosa e a Terra é de aproximadamente 7000 anos-luz. Isso nos diz que a luz que sair dessa nebulosa hoje chegará à Terra somente daqui a 7000 anos! Nessa perspectiva, as imagens captadas pelo Hubble mostram o passado distante dos objetos, o que pode caracterizar esse telescópio como uma “máquina do tempo”.