Por muitos alunos, a Física é entendida como uma disciplina difícil e complexa. Mas se você parar para observar o que acontece à sua volta, perceberá que praticamente tudo está ligado à Física. Para que você possa entendê-la melhor e também como forma de gostar mais dessa disciplina, é interessante observar o que está acontecendo no cotidiano.
Por exemplo, quando uma máquina de lavar roupas está centrifugando, o que acontece com a água? E com a roupa?
Se você observar bem, verá que a roupa molhada está dentro de um cilindro cheio de furos em sua lateral. Quando colocada para centrifugar, o cilindro gira em alta velocidade, fazendo com que a água saia pelos furos laterais. Nesse momento (da centrifugação), a roupa encosta na lateral do cilindro e uma força de contato, que funciona como força centrípeta, mantém a roupa em movimento circular. O mesmo não acontece com a água, pois através dos furos ela não encontra resistência e sai pela tangente do cilindro em linha reta.
Diversos equipamentos, conhecidos como centrífugas, usam esse princípio para separar misturas. Essa denominação deriva do nome da força centrífuga. Mas pense na seguinte questão: a força centrífuga é a mesma que a centrípeta?
Vamos a outro exemplo: suponha que você está dentro de um automóvel que se encontra em movimento. Depois, suponha que você está em uma cadeira em repouso (parada). Podemos dizer que em ambos os casos você está sentido as mesmas forças atuando sobre você. Mas se por ventura o automóvel fizer uma curva em alta velocidade, você sentirá atuando outra força, ou seja, sentirá a força centrípeta que faz com que você acompanhe o movimento do carro, sendo esta força aplicada sobre você pela lateral do carro.
Se tomarmos o carro como referencial, ou seja, considerando-o em repouso e o restante em movimento, temos a sensação de que outra força está atuando sobre as pessoas no veículo, jogando-as para a lateral do carro. Essa força que nos dá a sensação de estarmos sendo jogados para fora, é a força centrífuga – que atua, nesse caso, do centro para fora da curva.
Para uma pessoa (observador) que se encontra em pé fora do carro, a força centrífuga não existe. Ele vê o carro acelerando para o centro da curva em virtude da força centrípeta (provocada pelo atrito dos pneus com a pista) e vê as pessoas fazendo a curva por causa da força de contato com a lateral do carro. Por esse motivo, a força centrífuga é denominada força fictícia.
Sendo assim, conclui-se que as forças centrípeta e centrífuga são completamente diferentes. A força centrífuga só tem validade em um referencial ligado ao objeto que gira.