Exoplanetas

Exoplanetas são os planetas que se encontram fora do Sistema Solar. Eles são descobertos por meio de técnicas avançadas de imagem que são capturadas pelas lentes de grandes satélites e telescópios.

A busca por exoplanetas tem recebido bastante atenção de pesquisadores do mundo todo que são motivados a entender mais sobre a origem e a evolução de planetas parecidos com a Terra.

Veja também: 5 grandes marcos da Astronomia

Quantos exoplanetas são conhecidos?

O número de exoplanetas descobertos aumenta a cada dia, no entanto, além da observação, é necessário que alguns critérios sejam atendidos para que a descoberta seja validada, confirmando-se assim que o que fora observado trata-se de um exoplaneta. Para tanto, são realizados diversos experimentos destinados a determinar:

  • massa,
  • aceleração gravitacional,
  • órbita,
  • até mesmo a temperatura do planeta.

Até meados de 2020, a Agência Espacial Norte-Americana já havia confirmado a existência de mais de 4280 exoplanetas. Além desse número, há, pelo menos, outros 5500 candidatos a exoplanetas, que carecem de confirmação experimental.

Exoplanetas existem em diferentes formas, alguns deles, inclusive, são bastante parecidos com a Terra.

Como os exoplanetas são descobertos?

Os planetas não têm luz própria como as estrelas, por esse motivo é muito mais difícil detectar um planeta do que detectar uma estrela. A forma mais “simples” de se detectar um exoplaneta é baseada em focalizar-se a atenção a um minúsculo ponto do céu e esperar que se detecte uma variação considerável no brilho de alguma estrela presente na imagem. Essa diminuição de brilho carrega consigo uma vasta quantidade de informações:

  • É provável que tal variação de luminosidade tenha sido produzida por um planeta que passou na frente daquela estrela,
  • Por meio de cálculos e com base nas observações astronômicas, os cientistas podem estimar a distância entre o planeta e a estrela, bem como o diâmetro do planeta e até mesmo a composição de sua atmosfera, caso haja uma.

Outro método, um pouco menos popular, consiste em detectar a variação da frequência de ondas eletromagnéticas que é emitida pela estrela. Essa variação surge por conta do efeito Doppler. A “vibração” da estrela, por sua vez, surge graças à força gravitacional entre planetas massivos e suas respectivas estrelas (esse método não é muito eficiente para planetas de massas pequenas, como a Terra).

Por fim, o método de detecção de exoplanetas menos popular de todos, mas igualmente importante, é conhecido como microlente gravitacional. Para que esse método possa funcionar, é importante que a luz emitida por uma estrela seja refratada pela curvatura espacial, produzida por uma outra estrela de grande massa. Quando um exoplaneta move-se entre essas estrelas massivas, uma “lente” faz com que a observação do astro fique muito mais simples, por conta da ampliação da imagem produzida pela lente gravitacional.

Veja também: O que é espectro solar?

Qual é o exoplaneta mais próximo da Terra?

A maior parte dos exoplanetas que já foram descobertos até hoje encontram-se em grandes distâncias da Terra, entretanto, o exoplaneta mais próximo de nós, encontra-se em órbita da estrela mais próxima do Sol, conhecida como Proxima Centauri. O exoplaneta de mesmo nome (Proxima Centauri B) está a uma distância de aproximadamente 32,6 anos-luz. Isso indica que, ao observarmos esse exoplaneta daqui da Terra, estaremos vendo uma imagem do planeta de 32,6 anos atrás.

Existe vida em algum exoplaneta?

A busca por novos mundos é fascinante em todos os sentidos, entretanto, esse não é o principal objetivo dos pesquisadores que buscam pela existência dos exoplanetas, uma vez que não dispomos de uma tecnologia que seja capaz de indicar a existência de vida em um exoplaneta nos dias de hoje.

Apesar de não termos como afirmar se um exoplaneta abriga vida, é possível inferir se é provável haver vida graças a alguns parâmetros, como a distância com relação à estrela que orbita, o diâmetro do planeta, sua massa etc.

Por: Rafael Helerbrock

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