O efeito Doppler, fenômeno que ocorre com o som e a luz, pode ser usado para diagnósticos por imagens.
O efeito Doppler foi proposto em 1842, por Johann Christian Doppler, e consiste na percepção alterada que um observador tem da frequência sonora emitida por uma determinada fonte. A alteração da frequência decorre de um movimento relativo entre a fonte emissora de ondas e o observador.
A comprovação experimental do efeito Doppler ocorreu em 1845, quando Buys Ballot observou a alteração na frequência das notas tocadas por trompetistas que ocupavam o vagão de um trem. Esse fenômeno não é exclusivo das ondas sonoras e pode ocorrer com ondas eletromagnéticas. Por meio do efeito Doppler da luz, no início do século XX, Edwin Hubble determinou a expansão do universo, observando as mudanças na frequência da luz emitida por galáxias distantes.
Efeito Doppler na Medicina
O efeito Doppler é aplicado à medicina, por exemplo, na determinação da velocidade e do sentido do fluxo do sangue nos vasos sanguíneos e nas cavidades cardíacas. Para gestantes, o diagnóstico feito por meio desse exame pode mostrar as condições de irrigação e oxigenação na formação dos órgãos do feto.
Como o exame é feito?
O paciente é exposto a uma fonte que emite ondas sonoras inaudíveis, ondas que estão fora do intervalo audível do espectro sonoro. As ondas atingem as hemácias (glóbulos vermelhos) que compõem o sangue e sofrem reflexão. Os ecos dessas ondas e as variações de frequência por causa do movimento das hemácias proporcionam o mapeamento da circulação do sangue.
Dois pontos positivos desse exame são a oferta de imagens em tempo real do sistema circulatório, sem que haja necessidade de expor o paciente a nenhum tipo de radiação, e a ausência de efeitos colaterais.
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