Leitura nas férias

Quem não gosta de ouvir uma boa história? Melhor ainda quando a história é tão legal que merece ser compartilhada com os amigos, com a família ou até mesmo nas redes sociais, não é mesmo?! Contos, poemas, crônicas, piadas, quadrinhos ou até mesmo o cordel, quem não se recorda com carinho de algum texto que ouviu ou leu na infância e na adolescência?

O poder da leitura atravessa gerações, mas que, muitas vezes, pode ficar esquecido, guardado em um cantinho da memória por causa da correria do cotidiano. Mesmo que você não seja um leitor frequente agora, existe a possibilidade de já ter tido o contato com a literatura infantojuvenil em algum momento da sua vida.

O hábito da leitura é algo que começa na infância, na maioria dos casos. É comum que a criança inicie o contato com literatura por meio da oralidade, já que muitos pais costumam contar histórias para os filhos desde os primeiros meses de vida. De acordo com especialistas, essa é a melhor maneira de incentivar o gosto pela leitura. Livros interativos também são uma boa opção para as primeiras fases, pois trazem sons, texturas e figuras atrativas para os bebês, criando um momento lúdico e divertido com a família, sensação que ficará guardada na memória da criança.

Leitura nas Férias

Caso você ainda não tenha decidido o que fazer nas férias, que tal dar uma chance para os diversos tipos de livros disponíveis no mercado? Existe literatura para todos os gostos, idades e de diferentes preços. Algumas obras clássicas que podem lhe ajudar nos estudos, além de divertir, podem ser encontradas no site Domínio Público, de forma gratuita.

Opção para ler é o que não falta, assim como é possível ter diferentes experiências no momento da leitura. Atualmente, é possível conciliar o velho e querido livro de papel, que muitas vezes acaba tendo um preço elevado para algumas pessoas, com os e-books, já que os livros on-line são mais baratos e podem ser levados para qualquer lugar no smartphone, notebook, tablet e outros dispositivos móveis próprios para leitura.

Alguns autores procuram proporcionar um misto de sensações em seus leitores com diferentes ferramentas. Existem livros que trazem sugestões de músicas para ouvir em cada parte da obra, outros contam com trilhas compostas especialmente para a história e que são disponibilizadas gratuitamente em aplicativos para smartphones ou em sites e blogs das editoras.

Por qual motivo devo ler?

A leitura é muito importante em todas as fases da vida. No entanto, o estímulo para que crianças e adolescentes leiam é algo fundamental para um bom desempenho escolar. Ler estimula a criatividade, já que o leitor precisa criar cenários, imaginar situações, fisionomias e o tom de voz dos personagens; reforça a memória e melhora a escrita e a produção textual, pois traz para quem lê um conhecimento de vocabulário e da correta utilização da gramática.

Muitas pessoas não leem por considerar a leitura algo pesado e cansativo, ainda mais com tanta oferta de tecnologia e entretenimento ao alcance das mãos. Mas já parou para pensar que muitos dos filmes que você adora ou até mesmo as séries das quais é superfã surgiram de livros? Sim, esses mesmos objetos que tantas vezes são deixados de lado pelos jovens por serem considerados longos e chatos. Será que não está na hora de rever essa opinião e dar uma chance para os autores que imaginaram o mundo de fantasia e mistério tão presente no cinema e na TV?

Pensando em atrair o público jovem, as editoras estão aderindo cada vez mais à produção de livros voltados para crianças e adolescentes, além dos jovens adultos. A tática mostrou resultados nos últimos anos. Um exemplo de obra que estimulou o reencontro desses leitores com o gosto pela leitura é Harry Potter. Os livros da escritora J.K. Rowling viraram febre mundial, conciliando a literatura e o cinema na paixão dos fãs.

Acessibilidade

Não só de escrita é feita a literatura. Como sabemos, uma dificuldade encontrada pelos jovens com diferentes tipos de deficiência visual é o acesso ao conteúdo literário. Os livros em braille ainda possuem um alto custo de produção e costumam ser disponibilizados às bibliotecas públicas, escolas e institutos. Felizmente, a produção e transcrição de obras para o braille, livro falado e similares tem crescido no Brasil, como é o caso do trabalho feito pela Fundação Dorina Nowill, que existe há mais de 60 anos e não possui fins lucrativos.