Tarsila do Amaral é uma das pintoras brasileiras mais famosas. Suas principais obras possuem características modernistas, e sua pintura mais conhecida é a obra Abaporu.
Tarsila do Amaral é uma pintora brasileira. Ela nasceu em 1º de setembro de 1886, na cidade de Capivari. Mais tarde, tornou-se uma artista modernista, expôs obras em Paris, Moscou e no Brasil. Além disso, foi diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ela se casou mais de uma vez, e seu marido mais famoso foi o escritor Oswald de Andrade.
A artista, que faleceu em 17 de janeiro de 1973, é um dos principais nomes da arte modernista brasileira. Sua fase pau-brasil é marcada pelo nacionalismo. A fase antropofágica, pela influência surrealista. Em seguida, a artista pintou obras de caráter social. Sua obra mundialmente conhecida é Abaporu, de 1928.
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Resumo sobre Tarsila do Amaral
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A pintora Tarsila do Amaral nasceu em 1886 e faleceu em 1973.
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Ela é um dos principais nomes da arte modernista brasileira.
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As principais fases da artista são:
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pau-brasil (1924-1928);
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antropofágica (1928-1930);
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social (década de 1930);
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neopau-brasil (a partir de 1950).
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A obra mais famosa de Tarsila do Amaral é Abaporu, de 1928.
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Biografia de Tarsila do Amaral
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Nascimento e origem de Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral nasceu na cidade de Capivari, no estado de São Paulo, no dia 1º de setembro de 1886. Era integrante de uma família rica, sendo seu pai um fazendeiro.
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Estudos de Tarsila do Amaral
A partir de 1904, estudou no Sacré-Coeur de Jésus, um colégio religioso na Espanha. Em 1917, no Brasil, aprimorou suas técnicas de desenho e pintura com o pintor Pedro Alexandrino (1856-1942). E em 1920, frequentou a Académie Julian, em Paris.
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Carreira de Tarsila do Amaral
Sua primeira obra — Sagrado coração de Jesus — foi produzida em 1904, quando a artista estudava na Europa. Assim, iniciou a carreira com obras tradicionais. Mas, em 1922, a pintora aderiu ao modernismo. No entanto, não participou da Semana de Arte Moderna, pois estava na França.
No ano de 1926, realizou sua primeira exposição individual em Paris. A segunda exposição nessa cidade europeia ocorreu em 1928. Já sua primeira exposição individual no Brasil aconteceu em 1929. No ano seguinte, assumiu o cargo de diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. E, em 1931, realizou exposição em Moscou.
Cinco anos depois, deu início à sua carreira de colunista, nos Diários Associados. Exerceu essa função até 1950, quando participou de exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo. No ano seguinte, participou da I Bienal de São Paulo. E, em comemoração aos 400 anos dessa cidade, em 1954, produziu a obra Procissão do Santíssimo.
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Relacionamentos de Tarsila do Amaral
Seu primeiro marido foi André Teixeira Pinto, com quem se casou em 1906. O casamento terminou em 1913. Aqui, é preciso lembrar que as separações conjugais no início do século XX, no Brasil, não eram vistas com bons olhos pela sociedade conservadora da época. Alguns anos depois, em 1922, começou a namorar o escritor Oswald de Andrade (1890-1954).
O casamento com o escritor modernista aconteceu em 1926. Porém, ela novamente se separou em 1930. Dois anos depois, Tarsila namorou o psiquiatra Osório Cesar (1895-1979). E, em 1933, envolveu-se amorosamente com o jovem escritor Luís Martins (1907-1981).
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Posição política de Tarsila do Amaral
Por volta de 1930, acabou se envolvendo com o comunismo. Porém, em 1932, depois de ser presa por questões ideológicas, a artista abandonou o partidarismo.
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Viagens de Tarsila do Amaral
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França — 1920.
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Portugal — 1923.
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Espanha — 1923.
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Itália — 1923.
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França — 1926.
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França — 1928.
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União Soviética — 1931.
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Morte de Tarsila do Amaral
Em 17 de janeiro de 1973, Tarsila do Amaral faleceu na cidade de São Paulo.
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Características da arte de Tarsila do Amaral
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Fase pau-brasil (1924-1928): cores fortes, elementos nacionais, contexto rural e urbano, traços cubistas.
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Fase antropofágica (1928-1930): cores fortes, caráter onírico, elementos surrealistas.
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Fase social (década de 1930): temática social.
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Fase neopau-brasil (a partir de 1950): retomada dos temas nacionais.
Tarsila do Amaral e o modernismo brasileiro
Apesar de não participar da Semana de Arte Moderna de 1922, Tarsila do Amaral se filiou a esse estilo de época nesse mesmo ano. A negra, de 1923, é a obra que a inicia no movimento. Mas é Abaporu, de 1928, que marca o auge modernista da artista.
Obras de Tarsila do Amaral
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Influência cubista
- Rio de Janeiro (1923)
- A negra (1923)
- Caipirinha (1923)
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Fase pau-brasil
- Morro da favela (1924)
- Carnaval em Madureira (1924)
- E. F. C. B. (1924)
- A Cuca (1924)
- A gare (1925)
- O mamoeiro (1925)
- Palmeiras (1925)
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Fase antropofágica
- Abaporu (1928)
- O touro (1928)
- Distância (1928)
- Floresta (1929)
- Cartão-postal (1929)
- Antropofagia (1929)
- Paisagem com ponte (1931)
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Fase social
- Operários (1933)
- Segunda classe (1933)
- Orfanato (1935-1949)
- Costureiras (1936-1950)
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Fase neopau-brasil
- Povoação I (1952)
- Lavadeira (1952)
- Porto I (1953)
- Batizado de Macunaíma (1956)
- Paisagem com dezesseis casas (1967)
Importância de Tarsila do Amaral para a história
Tarsila do Amaral é uma das principais artistas do Modernismo no Brasil. Sua obra Abaporu é conhecida no mundo inteiro. Símbolo do nacionalismo modernista, essa obra traz elementos marcadamente brasileiros. E não podemos deixar de observar que Tarsila é uma das poucas pintoras brasileiras mundialmente conhecidas.
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Curiosidades sobre Tarsila do Amaral
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Tarsila se separou de seu marido Oswald de Andrade porque descobriu que ele estava tendo um relacionamento extraconjugal com a escritora Pagu (1910-1962).
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A tela Abaporu foi vendida, em 1995, por 1,35 milhão de dólares para o colecionador argentino Eduardo Constantini (1946-).
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Em 2022, foi lançado o longa-metragem de animação Tarsilinha, produzido pela Pinguim Content e distribuído pela H2O Films.
Créditos da imagem
[1] Cesar Cardoso / Wikimedia Commons
Fontes:
ABAURRE, Maria Luiza M.; PONTARA, Marcela. Literatura: tempos, leitores e leituras. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
FUNARTE. Você conhece o Abaporu? Disponível em: https://www.gov.br/funarte/pt-br/assuntos/noticias/todas-noticias/voce-conhece-o-abaporu.
SALLES, Christian Bruno Alves. A utopia antropofágica: rastos e horizontes. Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 8, p. 273-295, jan./ abr. 2018.
TARSILA. Biografia. Disponível em: http://tarsiladoamaral.com.br/biografia/.
TARSILA. Obras. Disponível em: http://tarsiladoamaral.com.br/obras/.