25 de dezembro – Dia de Natal

O 25 de dezembro é uma das datas mais conhecidas no Ocidente por ser o Dia de Natal, a data do nascimento de Jesus. O período natalino se encerra somente no Dia de Reis.

A decoração com luzes é uma das tradições mais populares do Natal.

O Dia de Natal é celebrado em 25 de dezembro. Acredita-se que é assim desde o século IV d.C., quando, supõe-se, a data foi determinada pelo papa Júlio I. O período natalino, na tradição liúrgica,  estende-se de 25 de dezembro até 6 de janeiro, Dia de Reis. Muitas outras tradições se consolidaram nesse período, como a montagem de presépios e árvores de Natal.

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Quando surgiu o Natal?

A data do nascimento de Jesus Cristo é um dos grandes mistérios do cristianismo, embora seja celebrada há séculos no dia 25 de dezembro. Acredita-se que a prática de celebrar o Natal nessa data tenha sido oficializada no século IV d.C., durante o pontificado de Júlio I. Essa teoria afirma que esse papa oficializou a celebração nesse dia, mas que ela supostamente já era comemorada desde a década de 330.

De toda forma, não existe uma comprovação histórica disso e sabemos que o ato de celebrar o nascimento de Jesus Cristo se consolidou entre os séculos II d.C. e IV d.C. Um registro de Clemente de Alexandria, um padre do século II d.C., fala que naquela época existiam diferentes tradições sobre a data do nascimento de Jesus.

Havia muita divergência acerca de quando Jesus tinha realmente nascido e, durante esses séculos, o 25 de dezembro foi conquistando influência. Muitos historiadores teorizam dizendo que a escolha  foi proposital e fazia parte de uma estratégia de cristianização e de aculturação da Igreja Católica.

Isso porque, no dia 25 de dezembro e nos dias próximos a ele, era costume nas terras romanas a celebração do Dies Natalis Solis Invicti, uma festa em homenagem ao deus Sol Invicto, bem como a Saturnália, uma festa em homenagem ao deus Saturno. A colocação do nascimento de Jesus na mesma época que essas festas tinha como objetivo esvaziar as celebrações pagãs e convencer as pessoas de que o que elas estavam celebrando era, na verdade, o nascimento de Jesus.

Por isso, acredita-se que o Natal tenha se consolidado a partir do século II d.C., uma vez que pouco a pouco essa comemoração foi ganhando influência, à medida que o Império Romano foi sendo cristianizado. Em 336 d.C., sabe-se que o imperador Constantino comemorou o primeiro Natal no Império Romano, o que demonstra que a tradição tinha ganhado influência a ponto de ser comemorada pelo próprio imperador.

O primeiro registro que existe e que afirma que o Natal era celebrado em 25 de dezembro é um calendário que foi produzido em 354 d.C. por um calígrafo romano chamado Fúrio Dionísio Filócalo. Esse calendário ficou conhecido como Cronógrafo de 354.

Tradições de Natal

Como já sabemos, o dia de Natal acontece todo 25 de dezembro e, do ponto de vista religioso, inicia o período natalino, que se estende até o Dia de Reis, em 6 de janeiro. Do ponto de vista secular, é comum que o clima natalino seja manifestado por meio de decorações com luzes e árvores de Natal, bem como pela compra de presentes.

Assim, quando o assunto é o Natal na liturgia cristã, estamos falando de um período que se estende por 12 dias. O nascimento de Jesus Cristo é a abertura da temporada natalina e outras datas importantes são celebradas no período, como o Dia dos Santos Inocentes, celebrado em 28 de dezembro, e o Dia da Circuncisão de Jesus, no dia 1º de janeiro.

O encerramento do período de Natal se dá com a Festa da Epifania, que acontece durante o dia 6 de janeiro, no mencionado Dia de Reis. O período anterior ao 25 de dezembro e aos 12 dias de Natal é o período do “Advento”, isto é, o período da espera do nascimento de Jesus.

Além desse calendário natalino, existem outras tradições religiosas ou seculares que se manifestam durante o período de Natal. Vamos destacar algumas delas..

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  • Missa do Galo

A Missa do Galo é uma celebração que acontece a partir da meia-noite do dia 25 de dezembro e é realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Não se sabe ao certo quando essa prática se consolidou, mas, acredita-se, que ela tenha sido criada no século V, durante o pontificado de Sisto III.

  • Presépio

A prática de construir presépios foi instituída por São Francisco de Assis, no século XIII.

Quando falamos de presépio, estamos falando daquela pequena encenação do nascimento de Jesus Cristo. No período natalino, é comum ver presépios de todos os tamanhos, e essa prática foi iniciada por São Francisco de Assis, no ano de 1223. Isso aconteceu durante uma pregação do frade sobre o nascimento de Jesus na qual ele construiu o primeiro presépio. Seu objetivo era auxiliar os fiéis na compreensão do que ele estava pregando.

  • Papai Noel

A crença no Papai Noel é um elemento do Natal que mescla tradição cristã e pagã e que teve grande assimilação na cultura secular. Tradicionalmente o Papai Noel é o velhinho que mora no Polo Norte e visita as casas das pessoas na noite da véspera de Natal para deixar os presentes. Na tradição do Hemisfério Norte, o Papai Noel voa pelos céus no trenó puxado pelas renas e entra nas casas das pessoas pela chaminé.

A origem dessa figura remonta aos séculos III d.C. e IV d.C., período em que São Nicolau de Mira viveu. São Nicolau era um bispo de origem grega que viveu na região da Ásia Menor e que ficou conhecido por ser extremamente generoso com as pessoas, ajudando crianças órfãs e outras pessoas necessitadas.

A crença no Papai Noel deriva de São Nicolau, bispo grego do século IV d.C. conhecido por sua generosidade com os necessitados.

A imagem tradicional de São Nicolau de Mira é parecida com a do Papai Noel moderno: um homem idoso com barba longa e que usa roupas vermelhas. A crença no São Nicolau se espalhou pela Europa cristianizada e chegou aos Estados Unidos por meio de imigrantes holandeses que conheciam o bispo grego como Sinterklaas.

O Sinterklaas acabou tendo sua crença modernizada e se transformou em Santa Claus (possui sonoridade parecida com o termo em holandês). O Papai Noel moderno surgiu de um poema escrito no século XIX e a imagem moderna dessa figura se estabeleceu a partir de propagandas veiculadas pela Coca-Cola nas décadas de 1920 e 1930.

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  •  Árvore de Natal

Diferentemente do Papai Noel, a árvore de Natal é um símbolo pagão, uma vez que foi herdada de tradições antigas de usar árvores como decoração. Para muitos povos, as árvores eram itens importantes de festivais religiosos. Uma associação direta que é realizada por estudiosos é a da árvore de Natal com a julgran, uma árvore decorativa que era montada durante o Jól, festival nórdico realizado durante o solstício de inverno (inicia-se no final de dezembro).

Sabemos que as primeiras árvores de Natal começaram a ser oficialmente montadas entre os séculos XIV e XVI. Não se sabe ao certo o local da primeira árvore de Natal, mas é sabido que isso aconteceu no norte da Europa. As árvores natalinas se popularizaram como item de decoração durante o reinado da rainha Vitória, que reinou no Reino Unido de 1837 a 1901.

Por: Daniel Neves Silva

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