1º de maio — Dia da Literatura Brasileira

O Dia da Literatura Brasileira, que é celebrado em 1º de maio, é a data em que brasileiros e brasileiras rendem homenagens à literatura nacional. Afinal, não podemos esquecer que a literatura de um país é o retrato de seu povo; portanto, uma das responsáveis por definir e valorizar sua identidade.

Nesse dia, também homenageamos o escritor romântico José de Alencar, que nasceu em 1º de maio de 1829. Mas, além de Alencar, outros autores e autoras brasileiros são lembrados, bem como suas obras. Dessa forma, a data é mais uma oportunidade de incentivo à leitura e promoção da cultura nacional.

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Qual a origem do Dia da Literatura Brasileira?

O escritor José de Alencar é o grande homenageado no Dia da Literatura Brasileira.

Em 1o de maio de 1829, nascia José de Alencar, em Fortaleza, no Ceará. Mais tarde, esse escritor se tornou um dos grandes nomes do romantismo brasileiro. Ele também foi advogado, jornalista e deputado. O autor escreveu romances indianistas, urbanos, regionalistas e históricos, além de peças teatrais. Depois de um bem-sucedida carreira como romancista, faleceu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro.

Em homenagem a esse autor, o dia 1o de maio foi escolhido para ser o Dia da Literatura Brasileira. Isso porque Alencar é um dos principais autores de nossa literatura. Assim, nessa data, ele representa todos os outros autores e autoras nacionais. Além disso, o romantismo, estilo ao qual ele pertence, é considerado, por alguns estudiosos, o responsável pelo nascimento de uma literatura de fato nacional.

O que é comemorado no Dia da Literatura Brasileira?

No dia 1o de maio, rendemos homenagem à literatura brasileira, portanto celebramos obras, autoras e autores nacionais. Nessa data, escolas, bibliotecas e editoras se dispõem a divulgar narrativas, poesias e textos dramáticos escritos em território nacional. Dessa forma, leitores e leitoras são estimulados a conhecer a literatura de seu povo e, assim, valorizar nossa rica cultura.

O Dia da Literatura Brasileira é, também, uma homenagem ao escritor José de Alencar. Por isso, nessa ocasião, suas obras são reverenciadas. Assim, livros como Senhora, Iracema, O guarani e tantos outros de sua autoria são divulgados, analisados e valorizados, como forma de estímulo à leitura.

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Movimentos literários do Brasil

Grandes nomes da literatura brasileira

No Rio de Janeiro, estátua de Clarice Lispector, uma das escritoras mais famosas do Brasil. |1|

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Obras da literatura brasileira que você não pode deixar de conhecer

1. Iracema, de José de Alencar

Iracema é um romance indianista de José de Alencar. A obra, portanto, faz uma reconstrução do passado histórico do Brasil, ao mostrar o amor idealizado entre a indígena Iracema e o português Martim. Nessa obra, como em todo romance romântico, a heroína e o herói enfrentam obstáculos ao seu amor.

Porém, o diferencial desse livro é a sua protagonista. Como outras personagens femininas do autor, Iracema é forte e demonstra alguma independência. No século XIX, quando o livro foi escrito, a opressão sobre a mulher era bem maior. Nesse contexto, Iracema toma atitudes que poderiam ser consideradas inapropriadas na época, como a perda da virgindade e a escolha de desafiar os costumes de sua tribo.

2. Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Alguns críticos consideram Memórias póstumas de Brás Cubas a obra-prima de Machado de Assis. Esse romance inaugurou o realismo no Brasil e conta a história do burguês Brás Cubas, que, após a morte, resolve escrever as suas memórias. Desse modo, o “defunto autor” mostra um retrato nada lisonjeiro da elite burguesa carioca do século XIX.

Como típico representante de sua classe, Brás Cubas almeja a glória sem esforço, além de privilegiar as aparências e a hipocrisia. Seu relacionamento extraconjugal com Virgília nada tem de romântico. E, durante toda a vida, a única contribuição do protagonista para o crescimento da sociedade foi não ter filhos e, portanto, não transmitir “a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.

3. Vidas secas, de Graciliano Ramos

Vidas secas é talvez a obra mais famosa de Graciliano Ramos. Ela conta a história de uma família de retirantes que busca sobreviver apesar da seca do Nordeste. O sucesso da obra, provavelmente, deve-se à sua linguagem direta, tão seca quanto o ambiente e os personagens da narrativa.

Apesar disso, grande parte de leitores e leitoras fica enternecida e cheia de compaixão pelos inesquecíveis protagonistas, isto é, Fabiano, Sinhá Vitória, O Menino Mais Novo, O Menino Mais Velho e, principalmente, a cachorra Baleia. Assim, o realismo da obra provoca em nós empatia e a consciência dos males causados pela desigualdade social.

4. Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva

Capa do livro Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva, publicado com o selo Alfaguara, do Grupo Companhia das Letras. |2|

Feliz ano velho é o livro de estreia do escritor Marcelo Rubens Paiva. Nessa obra autobiográfica, ele conta a sua experiência com a tetraplegia, após sofrer um acidente, ocorrido em dezembro de 1979, ao mergulhar em um lago. Mas o narrador também encontra espaço para o debate político, ao falar de seu pai, o ex-deputado Rubens Paiva (1929-1971), um dos desaparecidos políticos da ditadura militar no Brasil.

5. Barulhos, de Ferreira Gullar

Barulhos é um livro de poesia de Ferreira Gullar. Ele é composto de poemas escritos entre 1980 e 1987, que demonstram a capacidade do poeta de fazer poesia com elementos do cotidiano. Com sua linguagem enxuta e plurissignificativa, o autor faz crítica sociopolítica e metalinguagem. Assim, se destacam os poemas: “Exercício de relax”, “Poema poroso”, “O lampejo”, “Desastre”, “Barulho” e “O cheiro da tangerina”.

Nota

1 Alguns estudiosos consideram que esse período ainda faz parte do modernismo.

Créditos da imagem:

|1| Simon Mayer / Shutterstock.com

|2| Grupo Companhia das Letras (reprodução)   

Por: Warley Souza

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