Transtorno de personalidade borderline

No transtorno borderline, as oscilações de humor são muito rápidas.

O transtorno de personalidade borderline se caracteriza pela instabilidade de humor, idealização e apego precipitado a pessoas e situações, impulsividade sem considerar as consequências de seus atos, reações desproporcionais a determinados eventos da vida e, em muitos casos, comportamento autodestrutivo.

Suas causas não são completamente claras, no entanto, sabe-se que estão relacionadas a fatores genéticos e, não raros os casos, a traumas ocorridos na infância. Ele costuma se manifestar no fim da adolescência, geralmente relacionado a uma ou mais situações de muito estresse.


De ocorrência mais frequente em mulheres, tal transtorno é, muitas vezes, difícil de ser diagnosticado. Não são raros os casos em que a pessoa é identificada como sendo depressiva ou bipolar, antes de receber o laudo correto. No entanto, diferentemente dos depressivos e das pessoas bipolares, a depressão aqui não é associada a sentimento de culpa, autoacusação ou remorso e, além disso, a oscilação de humor dos borderlines ocorre em curto intervalo de tempo.

Nos borderlines, é constante o sentimento de mágoa, injúria e de feridas emocionais. Eles tendem a ser, principalmente com aqueles que amam, dependentes e manipuladores, além de agressivos, principalmente de forma verbal. Isto ocorre, sobretudo, quando em suas concepções correm o risco eminente de serem abandonados ou rejeitados - mesmo em casos de separações positivas e exigidas pelo cotidiano, como a aprovação para uma nova série escolar.

Tal tendência em atacar o outro é uma forma de camuflarem esse estado de dependência quase patológica; e se mostra um grande problema para ambos. Assim, as pessoas que convivem afetivamente com um borderline precisam trabalhar sua autoestima, como forma de não se levarem pelas duras críticas, muitas vezes irreais, que os mesmos podem fazer contra elas.
Quanto ao tratamento dos borderlines, este é feito com o uso de fármacos prescritos pelo médico psiquiatra, associado ao acompanhamento psicoterapêutico. Este último é muito importante, pois auxiliará a pessoa acometida a enxergar com novas perspectivas muitos de seus conflitos, evitando também comportamentos de risco, como promiscuidade, agressão a si mesma e pessoas de seu convívio, ou mesmo suicídio.


Vale lembrar que, em razão do alto grau de sensibilidade, alternância de humor e agressividade em potencial, encontrados no paciente em questão; é necessário que o borderline seja atendido por um especialista com experiência nesse transtorno.

Por: Mariana Araguaia

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