O tigre-dentes-de-sabre foi um grande carnívoro que viveu durante a Era Cenozoica.
O tigre-dentes-de-sabre viveu durante a Era Cenozoica, e sua extinção deve ter ocorrido há aproximadamente 10 mil anos. Esses animais surgiram no Oligoceno, entretanto, nos países da América do Sul, só há registros fósseis da sua presença no Pleistoceno. A espécie mais comum desses tigres é o Smilodon populator, encontrada ,inclusive, no Brasil.
Ele é considerado o maior e mais perigoso carnívoro da Era Cenozoica. Sua característica principal é a presença de dentes de proporção descomunal, chegando a ter cerca de 20 cm. Acredita-se que sua presa era usada para perfurar o corpo do animal após a vítima ter sido derrubada com o peso de suas enormes patas.
Por ser muito grande e possuir um rabo relativamente curto, acredita-se que ele não atingia grandes velocidades, motivo pelo qual sua principal forma de ataque era a emboscada. Quando a presa chegava próximo ao local em que o tigre-dentes-de-sabre a esperava, ele atacava com suas patas grandes, assim como os ursos.
Pesquisas sugerem que, ao matar a presa, esse animal cortava a sua garganta e abria sua barriga. Apesar de seus imensos dentes, acredita-se que sua mordida era muito mais fraca do que a de um leão atual.
Observando os registros fósseis, foi possível concluir que os tigres-dentes-de-sabre apresentavam cerca de 1 metro de comprimento e até 200 quilos. Eles eram um pouco maiores que os tigres que existem hoje, mas eram mais pesados.
Até os dias atuais ainda não se sabe o real motivo de sua extinção, que ainda é motivo de diversas pesquisas. Estudos sugerem que o desaparecimento da espécie ocorreu graças às mudanças climáticas frequentes nesse período e também em decorrência da ação do homem. Assim como agora, os homens sempre causaram muito impacto nas outras espécies de animais e plantas. Aparentemente, com os tigres-dentes-de-sabre, não foi diferente.
Alguns projetos estão estudando técnicas para trazer esse e outros animais de volta à vida. Para isso, é necessário conseguir o genoma completo desses seres, processo bastante difícil, dependendo do estado de conservação do fóssil. Diante dessa possibilidade, uma série de dúvidas vem à cabeça. Até que ponto a ciência deve influenciar nos processos naturais? Essas espécies adaptar-se-iam a esse novo ambiente? Temos direito de trazer à vida uma espécie apenas para tentar responder a algumas questões inexplicadas?