Segunda lei de Mendel

A segunda lei de Mendel, ou lei da segregação independente, explica como os alelos de duas ou mais características se distribuem de forma independente para os gametas.

Gregor Mendel é considerado o pai da genética. [1]

A segunda lei de Mendel explica como alelos de dois pares de genes segregam-se, independentemente, na formação dos gametas e depois se juntam, de forma aleatória, na fecundação. As leis de Mendel são um marco no desenvolvimento da genética clássica, e por isso Mendel é considerado o pai da genética. O cientista tcheco, ao estudar a prole de cruzamentos entre uma variedade de ervilhas, descobriu os princípios da hereditariedade.

A segunda lei de Mendel é um desdobramento da primeira, por isso, é importante fazer a leitura e compreensão da primeira lei de Mendel.

Leia também: Como analisar um heredograma?

Resumo sobre a segunda lei de Mendel

  • Os estudos de Gregor Mendel abriram o caminho para as investigações sobre hereditariedade, por isso, ele é considerado o pai da genética.

  • Na segunda lei de Mendel, foram analisadas a formação dos gametas e a manifestação da segregação independente dos fatores.

  • Por meio dos genes, as características são transmitidas da geração parental para os descendentes.

  • Quando dois pares de alelos são analisados ao mesmo tempo, usamos o termo di-hibridismo.

  • Mendel realizou os cruzamentos di-híbridos entre linhagens puras para duas características ao mesmo tempo.

  • Foram utilizadas ervilhas verdes e amarelas, lisas e rugosas nos experimentos.

  • Ele concluiu que alelos diferentes de genes que atribuem duas ou mais características se distribuem de forma independente.

Videoaula sobre a segunda lei de Mendel

Enunciado da segunda lei de Mendel

A segunda lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte forma:

Os fatores de duas ou mais características se dividem de maneira independente na formação dos gametas e, posteriormente, se combinam ao acaso.

Experimentos de Mendel

Gregor Johan Mendel nasceu na época do império austro-húngaro, e, aos 21 anos de idade, iniciou sua vida como monge no monastério de St. Thomas, onde iniciou seus experimentos genéticos.

Os experimentos de Mendel foram fundamentais para a compreensão da hereditariedade, e vale ressaltar que, na época em que ele estava os fazendo, o DNA ainda não tinha sido descoberto, por isso, seus estudos foram tão impactantes para a genética.

Mendel tinha uma plantação de ervilhas que foi fundamental para o desenvolvimento de suas leis. Na primeira lei, havia estudado cruzamentos considerando apenas uma característica, utilizando duas ervilhas de linhagens puras, ou homozigotas, verdes e amarelas. Ao cruzá-las, na sua primeira geração, obteve-se 100% de ervilhas amarelas. Como conclusão, ele definiu que existe uma característica dominante sobre as outras.

Após analisar as características isoladas das ervilhas, ele resolveu estudar a transmissão combinada de duas ou mais características, gerando a segunda lei. Assim, ele avaliou a cor da semente, nesse caso, amarela ou verde, e a textura da casca da semente, que poderia ser lisa ou rugosa. Além disso, ele cruzou as características diferentes das ervilhas, cruzando ervilhas lisas e de cor amarela com ervilhas de superfície rugosa e cor verde.

Como resultado, a primeira geração, denominada (F1), foi toda lisa e amarela, dando a entender que essas características dominavam em relação às outras. Depois, Mendel cruzou as plantas da F1, criando a geração F2, que, por sua vez, apresentou todas as combinações possíveis das quatro características observadas nas primeiras ervilhas cruzadas, denominas parentais (P1).

Modelo de ervilhas da herança mendeliana

Para exemplificar o experimento do Mendel, precisamos entender as características que ele usou nos cruzamentos. No quadro abaixo, podemos ver os alelos de cada ervilha e as características que apresentam. Nos cruzamentos, os genes são representados por letras, sendo a forma maiúscula para o gene da característica dominante e a minúscula para o recessivo.

ALELO

Cor e aspecto

Y

Amarela

y

Verde

R

Lisa

r

Rugosa

Mendel então fez o seguinte cruzamento:

YYRR x yyrr

E teve como resultado a origem de diferentes gametas.

As plantas com sementes amarelas e lisas originaram gametas YR, e as plantas com sementes verdes e rugosas originaram aos gametas yr. Depois desse cruzamento, a próxima geração nasceu com todos os elementos sendo YyRr, ou seja, as sementes eram todas amarelas e lisas. Essa geração teve os mesmos elementos por se tratar de uma planta heterozigota.

O cruzamento entre dois di-híbridos, ou a autofertilização dessa geração de plantas, resultou em quatro categorias diferentes de sementes. Isso porque os alelos recessivos estavam presentes em indivíduos heterozigotos e as características determinadas por eles se encontravam encobertas. Na imagem abaixo, esses cruzamentos estão dispostos em quadro para melhor visualização.

As sementes dessa geração apresentaram então os seguintes genótipos: amarelas e lisas (YYRR ou YyRr), verdes e lisas (yyRR ou yyRr), amarelas e enrugadas (YYrr ou Yyrr), e verdes e enrugadas (yyrr). A proporção das sementes, nesse caso, foi de 9:3:3:1, sendo:

  • 9 sementes amarelas e lisas;

  • 3 sementes verdes e lisas;

  • 3 sementes amarelas e rugosas;

  • 1 semente verde e rugosa.

No final, foi obtido um total de 16 sementes, e os gametas dessa geração foram YR, yR, Yr e yr.

Leia também: Diferença entre heterozigotos e homozigotos

Conclusões da segunda lei de Mendel

As leis de Mendel, publicadas em fevereiro de 1865, foram tão importantes que, até hoje, se estuda características transmitidas por um ou dois genes em plantas.

Na segunda lei, Mendel concluiu que alelos diferentes de genes que atribuem duas ou mais características se distribuem de forma independente na formação dos gametas, e, depois, na formação do zigoto, eles se juntam ao acaso para estabelecer um par de genes.

Os fatores dominantes e recessivos também foram importantes nesses cruzamentos, nos quais Mendel verificou que, em indivíduos híbridos ou heterozigotos, o fator recessivo é presente, porém se encontra latente ou oculto pelo fator dominante.

Créditos da imagem

[1] catwalker / Shutterstock

Por: Aline Oliveira Silva

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