A rubéola é uma doença viral de grandes riscos, principalmente para mulheres grávidas, uma vez que pode desencadear aborto e malformações fetais.
A rubéola é uma doença viral extremamente contagiosa e que, geralmente, afeta crianças. Na maioria dos casos, não causa manifestações clínicas graves, sendo perigosa, especialmente, para mulheres grávidas.
→ Agente etiológico
A rubéola é causada por um vírus de RNA da família Togaviridae e do gênero Rubivírus. O homem é o único hospedeiro conhecido do vírus e, normalmente, após uma contaminação, não ocorre um novo aparecimento da doença.
→ Transmissão
A transmissão da rubéola pode ocorrer pelo contato com gotículas respiratórias que contenham o vírus e pela via transplacentária. Alguns autores também admitem a transmissão por contato com objetos recém-contaminados por secreções oronasais de pacientes.
→ Sinais e sintomas
A rubéola pode ser assintomática em até 50% dos casos ou gerar sinais e sintomas pouco específicos. Ela pode provocar febre baixa, aumento dos gânglios na orelha e pescoço, dores de cabeça, mal-estar, coriza, dores de garganta, dores nas articulações e náuseas.
A fase mais característica da doença é chamada de período exantemático, em que há o surgimento de pontos rosados em toda a pele (exantemas). O surgimento dos pontos começa pelo rosto e, posteriormente, espalha-se pelo corpo. O indivíduo infectado é capaz de transmitir a doença, em média, uma semana antes do aparecimento desses sinais na pele e até uma semana após o início dessa manifestação clínica.
→ Síndrome da rubéola congênita
Quando uma mulher está grávida e contrai rubéola, o vírus pode afetar o bebê e desencadear a Síndrome da Rubéola Congênita. Na gestação, principalmente no primeiro trimestre, o vírus pode provocar aborto, morte do feto e causar malformações congênitas. Entre essas malformações, destacam-se a surdez, problemas cardíacos, glaucoma, microcefalia, pneumonite, cegueira e lesões no sistema nervoso.
→ Tratamento
O tratamento da rubéola é feito por meio medicamentos que diminuem os sintomas característicos da doença. São recomendados antitérmicos para diminuir a febre e analgésicos para reduzir as dores.
→ Vacinação
A melhor forma de se prevenir da rubéola é por meio da vacinação, que pode ser feita em crianças, adolescentes e adultos. A vacina pode ser encontrada na forma isolada, garantindo proteção apenas contra essa doença, ou combinada com a vacina contra sarampo ou com a vacina contra sarampo e caxumba, que são chamadas, respectivamente, de dupla viral e tríplice viral.
A vacina contra rubéola possui índice de eficácia de mais de 95%. Seu papel protetor inicia-se cerca de 15 dias após a aplicação, e a proteção, aparentemente, é garantida por toda a vida do paciente. Na criança, a vacina deve ser administrada aos 15 meses de vida.
É importante destacar que mulheres grávidas não podem ser vacinadas contra rubéola. Essa medida visa a evitar que algum dano possa ser ocasionado ao bebê, mesmo que estudos indiquem a segurança da vacina.