A psoríase é uma doença ainda de causas desconhecidas, que atinge a pele e articulações de homens e mulheres na mesma proporção.
Psoríase é uma desordem inflamatória crônica que acomete pele e articulações. A doença apresenta surtos de intensidade variável, que se alternam entre os períodos de remissão. Atinge homens e mulheres em igual proporção e é considerada uma doença bastante frequente, principalmente na segunda e quinta década de vida.
Acredita-se que um paciente ao nascer apresenta uma predisposição à doença, o que a relaciona com fatores genéticos. Entretanto, é importante frisar que sua causa ainda não é totalmente compreendida. Apesar disso, pesquisadores sugerem que trauma físico, infecções bacterianas, HIV, estresse, uso de corticoesteroides, antimaláricos, anti-inflamatórios, entre outros medicamentos, estão relacionados com o surgimento da patologia.
O tipo mais comum é a psoríase vulgar, que representa aproximadamente 80% dos casos. Nesse tipo, são observadas diversas placas no corpo do paciente em decorrência de uma hiperproliferação queratinocítica, com formato arredondado e tamanhos variados. As placas são avermelhadas, secas e com escamas prateadas. Em alguns pacientes, é possível observar a presença do anel de Woronoff, um halo esbranquiçado ao redor da placa. A psoríase vulgar atinge cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar.
A psoríase comumente atinge cotovelos (foto), joelhos, couro cabeludo, dobras de pele e unhas
Além dessa forma mais comum, podem ser diagnosticados outros tipos de psoríase, como a gutata, palmoplantar, inversa, eritrodérmica, pustulosa, ungueal e artropática.
Na psoríase gutata, o paciente apresenta pequenos pontos avermelhados em forma de gota, geralmente após infecções bacterianas ou virais, estresse e utilização de determinados tipos de medicamento, como antimaláricos. As lesões surgem principalmente em pernas e braços.
A psoríase palmoplantar desencadeia o aparecimento de lesões em placas nas mãos e nos pés. Essas placas podem apresentar fissuras e causar dor ao paciente.
Na psoríase inversa, as lesões estão localizadas em regiões de dobras de pele, como axilas, embaixo das mamas e nas dobras de joelho e cotovelo. As lesões são planas, brilhantes, sem escamação, sendo que o suor e o atrito podem desencadear irritações.
Diferentemente das outras psoríases, na eritrodérmica, o paciente apresenta grandes áreas afetadas, em muitos casos o acometimento chega a mais de 90% do corpo. As lesões são avermelhadas com escamas relativamente finas. Podem ocasionar coceira e dor, além de, em alguns casos, inchaço.
A psoríase pustulosa desencadeia o aparecimento de pústulas, que são elevações na epiderme com a presença de pus. Esse tipo pode ser classificado em generalizado e localizado.
O tipo ungueal desenvolve-se nas unhas. O paciente com esse tipo de psoríase pode apresentar depressões irregulares, manchas salmão, descoloração e estrias longitudinais nas unhas, além do acúmulo de detritos córneos sob ela.
A psoríase artropática afeta as articulações, que ficam inchadas e dolorosas e frequentemente causam deformidades permanentes. Normalmente está associada a uma psoríase de pele ou unha.
O diagnóstico dessa enfermidade pode ser feito através do exame clínico e biópsias. É uma doença sem cura e o tratamento baseia-se em técnicas que diminuem os sintomas. Em lesões mais leves, a utilização de cremes e pomadas pode ser aconselhada, além da exposição ao sol e luz ultravioleta. Em formas mais graves de psoríase, o paciente pode utilizar medicamento por via oral, intravenosa ou intramuscular. Sendo assim, o tratamento dependerá da gravidade da lesão e da resposta do paciente à terapia utilizada.
A doença não causa risco de morte ao portador e não é contagiosa, entretanto, pode diminuir a qualidade de vida em virtude do aspecto das lesões. Sendo assim, o tratamento da psoríase é de fundamental importância para amenizar os surtos e aumentar os tempos de remissão.
Ao perceber lesões com aspecto estranho na pele, procure imediatamente seu médico.
Curiosidade: Em alguns locais do mundo, como Turquia e Irlanda, pessoas com psoríase vulgar são tratadas através da limpeza por peixes. O paciente é colocado em piscinas termais com peixes que se alimentam de escamas de pele. Estudos comprovam a eficácia do método.